A crise que nasceu ao redor do programa nuclear da Coreia do Norte e da reação do governo dos Estados Unidos gerou o temor de uma possibilidade concreta de conflito nuclear. O antigo provérbio latino “Se queres a paz, prepara-te para a guerra” atualmente não tem mais sentido. As consequências de um conflito, considerando o uso de armas nucleares, seriam destruidoras para o planeta inteiro. A paz deve ser estabelecida a todo custo onde foi rompida e deve ser mantida onde já foi alcançada. Nos membros do Movimento dos Focolares cresce a consciência do papel que cada um, pessoalmente e comunitariamente, tem neste processo. Além das orações não faltam os envolvimentos de diferentes maneiras neste esforço comum, muitas vezes inspirados por iniciativas de outras organizações ou movimentos com os quais os Focolares colaboram. Neste sentido não podemos deixar de recordar o quanto a amizade espiritual entre Chiara Lubich e Nikkyo Niwano, fundador do movimento budista japonês Rissho Kosei kai, contribuiu na causa da paz e para formar as novas gerações a este valor. “Não obstante existam dificuldades, a nossa colaboração gera a esperança de que seja possível trabalhar todos juntos pela paz”, escreveu Niwano a Chiara. Por ocasião do 50° aniversário do nascimento dos Focolares, o fundador do movimento budista e seu filho, Nichico, renovaram este empenho comum para “tornar a nossa família humana mais unida.” A Rissho Kosei kai expressou-se também nos últimos dias por meio de um comunicado oficial que a presidente designada, Rev. Sra. Kosho Niwano, enviou a líderes do mundo inteiro, políticos e religiosos, renovando o empenho do seu movimento em continuar tentando todas as formas para que a paz seja preservada na península coreana. O apelo se inspira no pensamento do fundador Niwano que, por ocasião do seu discurso na Assembleia das Nações Unidas, em 1978, em um clima de plena Guerra Fria dirigiu-se aos representantes dos EUA e da URSS nesses termos: “Ao invés de arriscar com as armas, por favor, arrisquem pela paz e pelo desarmamento.” Niwano – como muitos líderes religiosos do seu tempo, entre eles Paulo VI, João Paulo II e também Chiara Lubich – tinha intuído o papel que as religiões podem exercer para realizar e manter a paz mundial. A mensagem enviada pela Sra. Niwano também a Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, é proveniente da filha de um povo que sofreu de maneira indescritível durante o último conflito mundial, e coloca os líderes políticos do mundo diante do perigo dos efeitos das sanções que poderiam causar reações imprevisíveis. Também no Ocidente se procura sensibilizar as pessoas quanto ao perigo de uma ampliação nuclear. Por ocasião da comemoração da Jornada de Oração pela paz, instituída por João Paulo II em 1986, o Comitê por uma Civilização do Amor organizou uma reflexão com o título “Projeto de pacificação da área coreana.” Trata-se de um simpósio que se realizará no Sacro Convento de Assis (Itália), no próximo dia 28 de outubro. Leia o comunicado original
Colocar em prática o amor
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