Curitiba, capital do Estado do Paraná (Sul do Brasil), ficou famosa internacionalmente pelas suas inovações urbanísticas e cuidado com o meio ambiente e em ser ecologicamente sustentável. Também conta com elevada posição nos indicadores de educação, a menor taxa de analfabetismo e a melhor qualidade na educação básica entre as capitais. A Universidade Federal do Paraná é a primeira do Brasil. Nesta capital dos primados, devido a um longo e profícuo caminho ecumênico entre católicos e luteranos, a Comissão de Diálogo Bilateral Católico-Luterano, da Comissão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e Diálogo Inter-Religioso da CNBB e do Núcleo Ecumênico e Inter-religioso em colaboração com a Universidade Catolica do Paraná – PUCPR, escolheram a “Cidade Verde”como Sede do Simposio Mariológico ecumênico nos dia 1,2 e 3 de setembro. Duas datas motivaram a realização do evento: A primeira foi a comemoração dos 300 anos da descoberta, nas águas do rio Paraíba do Sul, da estátua de Nossa Senhora de Aparecida.O povo brasileiro conhece bem a história de alguns pobres pescadores que, em 1717, depois de um dia de pesca mal sucedido, em vista de um grande banquete organizado durante a visita do governador do Estado de São Paulo, lançaram novamente as redes no rio. Para a surpresa deles, veio na rede uma pequena estátua de “Nossa Senhora” coberta de lama, primeiro o corpo, depois de outras tentativas rio abaixo veio a cabeça. Os pescadores que antes não tinham conseguido pescar nada, encheram suas redes com uma quantidade abundante de peixes. A segunda data é o quinto centenário da Reforma Protestante, cujas celebrações foram lançadas em conjunto com o histórico evento de Lund, em outubro de 2016, por igrejas católicas e luteranas no espírito de comunhão, diálogo e ação de graças. O Simpósio de Curitiba enquadra-se, portanto, dentro de um importante caminho ecumênico. Entre os muitos participantes, entre eles havia quatro bispos católicos, cinco pastores sinodais luteranos, especialistas em ecumenismo na Conferência Episcopal Nacional no Brasil, responsáveis pelo ecumenismo nas regiões episcopais e muitos teólogos, religiosos, sacerdotes e leigos , incluindo alguns membros do Movimento dos Focolares. O bispo Dom Biasin, presidente da Comissão Ecumênica, convidou como um dos relatores o teologo focolarino Hubertus Blaumeiser, docente da Universidade Gregoriana de Roma, especialista na teologia de Lutero. O tema principal que fundamentou as conferências do Simpósio foi o comentário de Martinho Lutero sobre o Magnificat. Publicado recentemente em co-edição luterana e católica. Minha tarefa – escreveu Blaumeiser – foi realizar duas palestras introdutórias sobre Lutero, um estímulo para conhecê-lo e estudá-lo mais profundamente. A palestra de Blaumeiser foi muito apreciada, pois ele, vindo de Roma, sendo católico, perito em Lutero e fazendo parte do Movimento dos Focolares, expôs de maneira clara e atraente pontos do pensamento de Lutero que são atuais e renovadores, como também fez uma síntese sobre o ponto atual do diálogo entre católicos e luteranos, evidenciando o maravilhoso caminho que tem se desenvolvido ultimamente Como se verificou, espera-se de poder promover entre as duas igrejas uma declaração comum, prevista para o fim das celebrações do centenário. Blaumeiser foi então recebido como hóspede na cidadela do Movimento dos Focolares – Mariápolis Ginetta, onde pode relatar sua experiência vivida em Curitiba, com transmissão ao vivo em mais de 650 pontos nas regiões sul e sudeste do Brasil. Entre os presentes, estavam os bispos metodistas Nelson Leite e Adriel de Souza, o prefeito de Vargem Grande Paulista e membros de várias igrejas. A transmissão também foi muito apreciada pelos jovens, afascinados por essa visão do ecumenismo como uma oportunidade para descobrir os tesouros que várias tradições cristãs preservam. Como um dom para todos.
Colocar em prática o amor
Colocar em prática o amor
0 Comments