Movimento dos Focolares

Sengsoury Francesca Cheangsavang

Nov 2, 2017

Logo GenfestEnquanto os jovens dos Focolares se preparam para o Genfest 2018, que será realizado nas Filipinas publicamos o perfil de uma deles que faleceu aos 29 anos. Um exemplo luminoso do Evangelho transformado em vida.

Sengsoury Francesca CheangsavangUma história emocionante. Inicia quando os seus pais, muito jovens, atravessam nadando o rio Mekong, abandonando o regime do próprio país, o Laos, para chegar à Tailândia. De lá, depois de vicissitudes indescritíveis, chegam à Itália, acolhidos por uma família que eles conheciam e que mora em Loppiano, a mariápolis permanente dos Focolares. E é justamente na casa de Raffaella e Roberto Cardinali que Sengsoury (raio de sol, na língua lao) e a irmã gêmea, Sourinia nascem, no dia 12 de setembro de 1979. Desde pequena Senny manifesta uma forte atração pelo espírito evangélico de unidade e de amor vivido em Loppiano e, aos nove anos de idade, pede para ser batizada escolhendo o nome Francesca. Dedicou-se com entusiasmo ao Movimento Gen e, quando adolescente esteve à frente, com Sourinia, na preparação do Supercongresso 1997. Aos 23 anos houve ela realizou um sonho: passou um ano na Mariápolis Lia, a cidadezinha dos Focolares na Argentina, meta de muitos jovens de vários países. Foi uma experiência que a conduzirá a uma escolha ainda mais decisiva de Deus e a um amor sempre mais concreto e refinado às pessoas que encontra. Sengsoury gosta de escrever poesias e compor canções que, junto à irmã canta com uma bela voz, acompanhada do violão. Ela frequentou o curso de esteticista em Florença. As pessoas a definem uma jovem que fascina pela sua particular sensibilidade e natural elegância, com os olhos luminosos. Mas, também, uma pessoa que, pela sua determinação a seguir Jesus, sempre surpreende. Com Marco, seu namorado, faziam planos para o futuro. Em 2004, aos 25 anos de idade, uma grave e fulminante doença autoimune transforma a sua existência. Quatro anos mais tarde dita uma carta, escrita por uma amiga, endereçada a Chiara Lubich, na qual descreve a própria situação: “Tenho uma doença rara que me causa dificuldades motoras para falar e sinto dores muito agudas – às vezes dilacerantes – nos ossos e nos músculos. Nesses últimos anos, graças ao apoio dos meus ‘avós’, Raffaella e Roberto, dos jovens do focolare e de muitas pessoas do Movimento, eu procurei transformar os momentos de dor em ‘gotas’ de amor por Jesus: os longos períodos de internação, os tratamentos, os exames. Passei o período do Natal em uma clínica de reabilitação, próximo a Florença. Mas, uma broncopneumonia causada por resíduos alimentares me obrigou a outra internação. Sofri muito, não só fisicamente. Eu me perguntava por que justamente eu estava naquela situação. Eu sou a mais jovem naquele setor, devo ser alimentada por meio de sonda e usar a máscara de oxigênio. Vi desmoronar muitos sonhos: o matrimônio, o trabalho, o desejo de viajar, tocar violão e cantar. Às vezes eu sinto que Jesus está distante; dirijo-me a Maria; mas, ela também não está próxima a mim. Contudo, eu sempre obtenho uma resposta: por meio de uma reflexão, um escrito espiritual, uma palavra dita por aqueles que vêm me visitar. Retorna a paz e, com ela, a força de dizer: ‘por ti, Jesus’, em toda situação, como passar a noite acordada e sentindo fortes dores. Eu não quero desistir. Peço a Jesus que me ajude a seguir em frente e a realizar o desígnio que Deus tem para mim. Eu gostaria muito de tornar-me santa!Sengsoury Francesca Cheangsavang-01A comunidade do Movimento se faz presente de diversas maneiras: com ajuda econômica e moral aos pais, alternando-se para estar ao lado de Senny também em momentos festivos ou de partilha dos próprios sentimentos; enquanto que, da sua cama, ela difunde um amor incomparável. Ela confidencia a uma gen: “Existe somente o momento presente!” e, com um fio de voz, começa a cantar para Jesus: “O’ sole mio”. E é sempre mais determinada a oferecer-lhe cada sofrimento e de transformá-lo, como gostava de dizer, em “pepitas de ouro.No dia 16 de setembro foi levada para a UTI. Nos dias que precederam a sua morte, 24 de setembro, torna-se mais que nunca, “raio de sol” que dissipa toda treva, repetindo muitos “sim” a Jesus. Quem está ao seu lado percebe isso pelo olhar, por um aceno ou um aperto de mão. Para eles, para os funcionários daquele setor e para todos os jovens do Movimento, mesmo aqueles distantes, que a acompanham com a oração, Sengsoury é, realmente, o significado do seu nome: um verdadeiro “raio de sol”, um exemplo luminoso, autêntica testemunha do Evangelho transformado em vida.

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