«O mundo é a palavra daquele Deus que o criou. E qual é o som de tal palavra? Ei-lo aqui: Eu te amo. E a quem é destinada esta palavra? Ela é destinada ao próprio mundo, o qual é precisamente esta palavra; é destinada a cada indivíduo que este mundo entrevê como quem sabe ser uma minúscula parte dele e, todavia, é capaz de mover-se livremente acima de si na direção do todo; é uma palavra destinada a cada homem. O mundo é a palavra do amor de Deus dirigida a quem quer que esteja nele; é olhar do amor divino por ele. E o que o mundo é no seu conjunto, o é igualmente em cada uma das suas partes: cada particular do mundo é um olhar do amor de Deus». (Cosmologia, antropologia, sociologia e religione) «Posso me dedicar inteiramente a este mundo porque sou cristão; de fato, tudo aquilo que investimos em amor neste mundo, marcará este último para sempre, o nosso amor se fará caráter indelével de cada um dos fragmentos da criação». (dezembro de 1980) «Interesse primário do cristão deve ser levar em frente, não só com aqueles que compartilham os seus ideais, mas com todos aqueles que têm responsabilidades no mundo, a edificação de um mundo humano». (novembro de 1978) «A vida e a unidade dos homens não podem ser consideradas nem como uma mera soma de indivíduos, nem como sistema coletivista no qual o indivíduo é engolido e desaparece. A alternativa é a communio. Eu sou eu mesmo, mas na medida em que sou para ti e contigo e na medida em que me recebo por ti. Somente neste relacionamento é possível definir o Eu do homem. Somente nesta relação trinitária o coletivismo não é dissolução do indivíduo. Somente nesta relação trinitária o indivíduo não é um meio que deve ser sacrificado à estrutura comunitária. Daqui, tenho certeza, se abrirão nove perspectivas inclusive para uma ordem econômica universal». (Dreifaltigkeit, p. 131) Fonte: Klaus Hemmerle, La luce dentro le cose, Meditazioni per ogni giorno, Città Nuova Ed, 1998, p. 287-293.
Colocar em prática o amor
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