Lough Key Forest Park, 800 hectares de silêncio, percursos naturalistas, imponentes cedros e um lago, na costa meridional de Lough Key, 40 km a sudeste de Sligo Town, e 3 km a leste de Boyle, foi a moldura de um dia para as famílias, organizado pela diocese de Elphin, no final do mês de abril passado. Entre os promotores, em colaboração com o bispo Kevin Doran, também o Movimento dos Focolares. «Numa atmosfera de brincadeiras, partilha e amizade, todos são convidados – disse o bispo – inclusive as famílias de outras convicções religiosas, os vizinhos, os amigos». O objetivo era o de se preparar para o grande evento com o Papa Francisco, que reunirá na capital irlandesa, no final de agosto, famílias do mundo inteiro sobre o tema “O Evangelho da família: alegria para o mundo”. A cada três anos, este encontro marcado internacional traz de novo a família cristã ao centro da atenção, como pedra angular da sociedade. Após a abertura, no dia 21 de agosto, que se realizará simultaneamente em todas as dioceses da Irlanda, em Dublin haverá um Congresso internacional de três dias (22 a 24) com conferências de especialistas de várias partes do mundo, testemunhos, workshops e atividades para crianças e adolescentes. Com a chegada do Santo Padre, no sábado, 25 de agosto, um grande festival das Famílias será a ocasião para ouvir música e testemunhos vindos dos vários continentes, além, naturalmente, das suas tão esperadas palavras. A solene celebração eucarística do dia 26, presidida por ele no Phoenix Park de Dublin, encerrará o evento. «Não somos muitos nesta região da Irlanda, mas quisemos acolher o convite do bispo» escrevem da comunidade do focolare. Já faz um ano, a Irlanda mais atenta às dinâmicas complexas de cada família e ao seu papel na sociedade está se preparando, junto com todas as famílias da diocese, com uma reflexão comum à luz da exortação apostólica “Amoris Laetitia”. Evelyn, ajudada pela comunidade do Focolare, faz parte de uma comissão empenhada na preparação: «Para mim, uma grande ocasião para construir com todos relacionamentos de unidade. Cada pensamento, cada contribuição, cada decisão ou ação a ser empreendida foram o fruto desta caminhada entre nós, junto com o bispo. Criou-se um clima de amor recíproco entre todos». Na entrada do grande parque público, penduradas nos ramos das árvores, as seis faces do “dado do amor”, com as frases de Chiara Lubich e de “Amoris Laetitia” sobre a família, saudavam, movidas pelo vento, o público que chegava. O mesmo dado foi feito rolar no palco, no início do programa, para se sintonizar numa única mensagem: “ser o primeiro a amar”. O dia foi uma sucessão festiva de música e workshops: cuidado da natureza, brincadeiras em família, divertimento, pintura facial, dança, ajuda aos necessitados. Particularmente intenso o momento da oração em comum, conduzido pelos bispos católico e anglicano, que depois cortaram o bolo, não por acaso em forma de “cubo”, momento este imortalizado pelo jornal local “Roscommon Hearld” e por outros sites e noticiários. Como conclusão do dia, Andrew, um participante, cantou uma canção composta por ele, sobre as três palavras “Por favor, obrigado, desculpa” sugeridas pelo Papa Francisco para a vida de família. «Circulando entre as pessoas – foi o comentário de Áine, dos Focolares – eu pensava nas palavras “a grande atração do tempo moderno”, escritas por Chiara Lubich numa sua meditação. E as sentia atuais, no meio de uma multidão composta por pessoas provenientes de lugarejos e aldeias remotas, não só católicos, mas também de outras denominações religiosas, e remotíssimas, como os muitos recém-chegados, refugiados e solicitantes de asilo, vindos da África e do Oriente Médio, na maioria muçulmanos. Uma surpresa, para eles, encontrar também na Irlanda esta atenção sobre a família».
Colocar em prática o amor
Colocar em prática o amor
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