«A mulher de Nazaré, uma dona de casa, é um enorme desafio para nós: nos impele a nos despedirmos de uma espiritualidade baseada no fascínio do extraordinário para encontrar uma mística do quotidiano. De imaginações teóricas a uma realidade palpável na simplicidade do quotidiano … Ali Deus caminha por ele». (Ermes Ronchi: Le domande nude del Vangelo, p. 176) «… Nós precisamos mesmo da casa. A casa é importantíssima. […] Ela deve ser cuidada como Maria Santíssima cuidava da sua casa, que hospedava nada menos que Jesus. Portanto, era preciso fazer alguma coisa em harmonia com Ele, que era o Verbo de Deus, é a beleza de Deus, é a irradiação, é a glória. Glória significa a irradiação de Deus. Não sei se vocês conseguem imaginar, por assim dizer, Deus como um sol que se põe e os raios que dardejam são o Verbo e, portanto, o Verbo de Deus feito carne é Jesus. Logo, Ele é mesmo a glória, portanto, o máximo da beleza, o resplendor. E, portanto, Maria, […] daquela casinha […] ela sabia cuidar bem de modo que hospedasse bem Jesus. […] A nossa vocação, que é vocação mariana, é a da casa. Não se compreende Maria sem o seu aspecto de dona de casa, além de ser “sede da sabedoria” e, portanto, que sabe cuidar de uma casa ». (Chiara Lubich, Loppiano, 30 de maio de 1996, inauguração da casa Gen) «A mãe é mais objeto de intuição do coração do que de especulação intelectual, é mais poesia do que filosofia, pois é real e profunda demais, achegada ao coração humano. Assim é com Maria, a Mãe das mães, que a soma de todos os afetos, as bondades, as misericórdias das mães do mundo não consegue igualar. Maria é pacífica como a natureza, pura, serena, tersa, suave, bela […]. E é forte, vigorosa, ordenada, contínua, inflexível, rica de esperança. Maria é simples demais e próxima demais de nós para ser “contemplada”. […] Traz o divino à terra, suavemente, qual celeste plano inclinado que, da vertiginosa altura dos Céus, desce até a infinita pequenez das criaturas». (Chiara Lubich, Desenhos de luz, pp. 84-85)
Colocar em prática o amor
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