Concluiu-se o encontro “Co-Governança, corresponsabilidade nas cidades hoje”, com um documentos que propõe, aos cidadãos e à administração pública, a prática da participação e da construção de redes de cidadãos, atores sociais e cidades. “A política é o amor dos amores que reúne na unidade de um desígnio comum a riqueza das pessoas e dos grupos, permitindo a cada um realizar livremente a própria vocação”(1). Conclui-se com as palavras desafiadoras de Chiara Lubich, fundadora dos Focolares, o congresso intitulado “Co-Governance, responsabilidade conjunta nas cidades hoje”. O evento dedicou-se ao governo participado das cidades e foi promovido pelo Movimento Humanidade Nova, Movimento Político pela Unidade e a Associação “Città per la Fraternità” (Cidades pela Fraternidade), expressões do compromisso social e político dos Focolares. Foi a primeira edição do evento que será realizado no Brasil em 2021. Participaram do encontro mais de 400 administradores públicos, políticos, empresários, professores e estudantes universitários e cidadãos de 33 países. Os trabalhos contaram com a participação, apresentada nas suas numerosas aplicações, como demonstraram as histórias e as praxes partilhadas por mais de 60 especialistas nos campos do urbanismo, da comunicação, dos serviços, da economia, da política e do ambiente. “Estamos convencidos de que a participação seja uma escolha estratégica, o modo mais consoante para viver bem na cidade – explica Lucia Fronza Crepaz, ja parlamentar, formadora na “Escola de preparação social” em Trento (Itália) e membro do comitê científico do evento. “Uma participação não concebida como substituição dos procedimentos da representação, mas uma escolha, como uma modalidade eficaz para enfrentar a complexidade dos problemas e devolver consistência ao mandato democrático”. Resultado dos trabalhos foi a aprovação e a assinatura do “Pacto por uma nova Governança” com o qual os participantes se comprometeram em “contaminar” as próprias comunidades e administrações públicas. Os 400 firmatários do acordo comprometeram-se em compor três redes para agregar as diversidades e responder à complexa realidade. São redes de cidadãos: “todos aqueles que moram no território urbano, que mantêm a diversidade de funções e tarefas, mas inspirados pela mesma responsabilidade”; as redes de agentes coletivos: isto é, os grupos profissionais e econômicos, os sujeitos do voluntariado e do âmbito religioso, da cultura e da universidade, da informação e da comunicação…”; as redes entre as cidades: “…propõem-se fazer colaborar em primeiro lugar a cidadania, com a criação de plataformas acessíveis a todos e fáceis de usar; cooperam superando os interesses particulares e os preconceitos que minam a confiança, fundamento indispensável para a construção de uma rede; miram a compartilhar programas e informações, recursos humanos e materiais, mas também fracassos e experiências problemáticas, para se ajudarem reciprocamente e abrirem visões e colaborações operativas; pedem para serem reconhecidas como agentes essenciais dentro das organizações e das instituições inter e transnacionais, de modo a integrar com a voz dos povos a representatividade dos governos”.
Stefania Tanesini
Informações e textos da conferência: www.co-governance.org
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