Movimento dos Focolares

Uma jornada extraordinária

Jan 26, 2019

Lembrar-se de Alberta Levi Temin por meio de sua história, falar do holocausto com adolescentes de uma escola de ensino fundamental e lançar a Regra de Ouro para construir desde já um mundo de mais paz, mais unido

Lembrar-se de Alberta Levi Temin por meio de sua história, falar do holocausto com adolescentes de uma escola de ensino fundamental e lançar a Regra de Ouro para construir desde já um mundo de mais paz, mais unido

Alberta Levi Temin

O sol esplêndido serviu de moldura para uma jornada especial em Ísquia – uma ilha do golfo de Nápoles (Itália) – onde, em 23 de janeiro, alguns adolescentes da escola de ensino fundamental “Giovanni Scotti” puderam conhecer a história de Alberta Levi Temin, admiradora de Chiara Lubich e testemunha direta da tragédia do holocausto, pela apresentação do livro Finché avrò vita parlerò, em tradução livre, Enquanto Estiver Viva, Falarei, (Ed. L’Isola dei Ragazzi). Na presença de um grupo de amigos do Movimento dos Focolares entre docentes, alunos e pais, e também do autor do livro Pasquale Lubrano Lavadera e da professora Diana Pezza Borrelli (que tinha um um relacionamento fraterno com Alberta, alimentado também na Associação “Amicizia Ebraico-Cristiana” de Nápoles), os adolescentes escutaram sua emocionante história. “Alberta veio um dia falar na minha escola”, conta Pasquale, “ela, hebreia, junto com sua querida amiga Diana, católica. Foi convidada a contar a todos os adolescentes e a nós, docentes, o horror do holocausto, mas também a testemunhar que o diálogo é possível entre todos os homens sem distinção de raça, fé ou convicção. Esta frase dela me tocou: A família humana é uma e somos todos irmãos”. Alberta morreu em 2016, mas durante a sua vida teve um único pensamento que a inspirou e sempre lhe deu alegria: a Regra de Ouro “Faça aos outros o que gostaria que fosse feito a você, não faça aos outros o que não gostaria que fosse feito a você”. Estava sempre aberta ao diálogo na sociedade em todos os níveis. “Hoje, mais do que nunca, entendo que é preciso ter um amor maior”, afirmava Alberta, “e, como diz Chiara Lubich, é preciso amar a pátria do outro como a própria. Devemos ter amor por toda a humanidade, só nesse húmus pode nascer o diálogo”. “Toda escola deveria dedicar em cada sala uma ou duas horas por semana para ensinar o bem relacional, aquele que pode ajudar os adolescentes a conviver entre si com serenidade e estudar juntos em um espírito de colaboração e de busca comum. Mirar em fazer da experiência escolar, que é a primeira e fundamental experiência social do homem, uma verdadeira experiência de ajuda recíproca.” Alberta estava convicta de tudo isso. Ao fim da história, foi proposto aos adolescentes viver a Regra de Ouro, instrumento de paz e de diálogo, comum a todas as religiões. Como selo da jornada, a diretora da escola, professora Lucia Monti, colocou uma placa em uma oliveira dedicada a ela, para agradecer e para que seu testemunho continue a falar. “Obrigada”, disse também Chiara, uma aluna da escola, “pela mensagem de fraternidade que nos transmitiram, me tocou muito que os católicos se encontrem com hebreus e pessoas de outras religiões para construir o mundo unido”. “Sinto que devo agradecer Alberta pela sua vida, sua sabedoria”, afirmou Pasquale Lubrano, “e gostaria que cada um de nós, lendo sua história, agora que ela não está mais entre nós, possa participar plenamente daquela ‘beleza’ interior que faz dela única, para poder doá-la depois a muitas pessoas”. E concluiu: “hoje, experimentei uma grande emoção na escuta atenta dos adolescentes, na sua reação vivaz, nos olhares indagadores, em ter vislumbrado em cada estudante a exigência de viver o Amor por cada homem com a consciência de que a família humana é uma só”.

Lorenzo Russo

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