Movimento dos Focolares

Nasce o “Centro pela Unidade e pela Paz”

Mar 7, 2019

Ficará na fronteira entre a parte judaica e a árabe de Jerusalém. Será um lugar de espiritualidade, estudo, diálogo e formação para a Cidade Santa e o mundo inteiro.

Ficará na fronteira entre a parte judaica e a árabe de Jerusalém. Será um lugar de espiritualidade, estudo, diálogo e formação para a Cidade Santa e o mundo inteiro. Um historiador francês escreveu que Jerusalém não é de Jerusalém, mas é uma cidade-mundo, uma cidade onde o mundo inteiro se encontra periodicamente para afrontar-se, confrontar-se, medir-se. É um laboratório de convivência ou de guerra, de pertencimento comum ou de ódio pelo outro. De fato, é fácil ceder à tentação de ver só o que os noticiários nos mostram quase cotidianamente sobre a cidade santa: violência entre judeus e palestinos, a difícil resistência dos cristãos nos lugares santos, mas existe só essa Jerusalém? Ainda há espaço para a esperança e a profecia que essa cidade representa para todo o mundo? Chiara Lubich sempre teve certeza disso. Foi à Terra Santa pela primeira vez em 1956 e entre os lugares santos visitados, um em particular a impressionou: a escada, ou seja, aquela antiga escada romana de pedra branca, logo fora dos muros da Cidade Antiga, ao lado da igreja de São Pedro em Gallicantu. Uma tradição diz que Jesus passou por ali na noite depois da última ceia, indo para o horto de Getsêmani e que justamente naquelas pedras rezou a oração pela unidade: “Pai, que todos sejam uma coisa só”. Chiara descreveu assim a forte impressão que sentiu naquele lugar em uma página do diário: “Aqui o Mestre, já próximo da morte, com o coração cheio de ternura para com os discípulos, escolhidos pelo céu, mas ainda frágeis e incapazes de compreender, elevou ao Pai a Sua oração, em Seu nome e em nome de todos aqueles pelos quais tinha vindo e estava pronto a morrer: “Pai santo, conserva-os no teu nome, aqueles que me deste, para que sejam um como nós somos Um  ( Jo 17, 11)” . Ali, Jesus pedirá ao Pai para tornar-nos filhos, ainda que distantes por culpa nossa, e para tornar-nos irmãos entre nós, na mais compacta, porque divina, unidade.” (1) Já naquela época, Chiara desejou que, justamente naquele pedacinho de terra, nascesse um centro pelo diálogo e pela unidade. Um acontecimento importante ocorreu a partir dos anos 80: foi adquirido um terreno adjacente à escada romana e se desenvolveu o projeto, que foi aprovado em 2016. Ultimamente foram feitas as escavações preparatórias para o trabalho. O futuro “Centro pela Unidade e pela Paz” recebeu de Chiara uma ordem precisa: deverá ser um lugar de espiritualidade, estudo, diálogo e formação. Um lugar aberto a pessoas de diversas idades, culturas, crenças e proveniências, orientado a estimular o encontro, o conhecimento do outro, a favorecer relacionamentos autênticos. Outra etapa decisiva foi a de fevereiro passado, quando Maria Voce, presidente do Movimento dos Focolares, realizou um gesto importante, colocando no terreno uma pequena medalhinha de Nossa Senhora, como sinal inicial para a construção desse centro. O projeto apresenta uma estrutura multifuncional, adaptada para receber eventos e iniciativas de várias naturezas a nível internacional e local. É possível contribuir de vários modos para apoiar a construção do centro; aqui estão disponíveis todas as informações necessárias.

Stefania Tanesini

1)  (de Chiara Lubich, Escritos Espirituais/1: A atração dos tempos modernos, Cidade Nova, São Paulo 1983, pág. 162-169).

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