Doze faixas que marcaram a história desse grupo viraram uma coletânea, levada na turnê mundial “Life” que continuará pelos próximos meses. No futuro do Gen Rosso, também estão incluídos cursos, projetos educativos, coproduções e a terceira edição do “Gen Rosso Music and Arts Village”. Mais de cinquenta anos de vida e uma proposta artística capaz de se renovar continuamente, mas mantendo a bússola em alguns pontos cardeais: uma vida vivida com a insígnia da fraternidade; uma produção, fruto da colaboração entre artistas de várias nacionalidades, que fala de unidade entre homens e povos; uma mensagem que, atenta aos desafios do nosso planeta, propõe uma cultura do dar e do compartilhar. Esse é o conjunto internacional Gen Rosso, formado por músicos e técnicos de diversas vocações provenientes da Europa, Ásia e América Latina. Recentemente, a turnê “Life” virou um álbum com dezoito faixas escolhidas entre as canções que construíram a história do Gen Rosso. Falamos com um dos seus integrantes, Michele Sole. – No dia 01 de julho, foi lançado o álbum ao vivo da turnê “Life”. Como nasceu esse novo trabalho e quais são as suas características? Desde o outono de 2018 até hoje, fizemos apresentações belíssimas em toda a Itália com o nosso show “LIFE” e dali nasceu o desejo de colocar em um CD esse trabalho “ao vivo” que deixou o público muito entusiasmado e nós também. Depois de copiar as gravações feitas no palco, nós as mixamos procurando manter toda a energia e a emoção que respiramos nos nossos shows. Dá para ouvir o público cantando conosco, com seus aplausos e vozes que dão aos ouvintes a sensação de estar bem ali conosco no palco. Enfim, é realmente um disco ao vivo! – Recentemente, vocês deram vida, na cidadela internacional de Loppiano onde fica a sede do conjunto, ao “Gen Rosso Music and Village”. Do que se trata e quais são os objetivos? O “Gen Rosso Music and Arts Village” chega nesse ano (27 de dezembro de 2019 a 05 de janeiro de 2020) à sua terceira edição e é uma experiência de aprofundamento artístico e de compartilhamento de valores à luz do carisma da unidade. Inclui jovens profissionais e estudantes maiores de 18 anos de diversas disciplinas como música, dança, canto e teatro. A metodologia didática foi projetada por tutores do Gen Rosso juntamente com docentes de capacidade reconhecida e com experiência artística. O programa prevê o aprofundamento de temas específicos do mundo da arte, a troca de experiências, espaços criativos e laboratórios práticos que convergirão em uma performance final. É possível se inscrever pelo email village@genrosso.com. O programa começará no dia 27 de dezembro de 2019 e se concluirá no dia 05 de janeiro de 2020. – Em suas viagens, vocês participam de encontros que promovem a paz, a amizade entre os povos e a fraternidade universal. Há algum recente de que se lembram em particular e por quê? Sim, na primavera, tivemos a alegria de estar na Jordânia, graças à “Caritas Jordan”, para realizar o projeto “Be the change” juntamente a centenas de estudantes de diversas classes sociais, de diversas religiões e diversas nacionalidades para promover o diálogo e uma cultura de paz e amizade, sendo eles mesmos os promotores de uma troca em suas vidas e cidades por um futuro melhor. – Quais são os projetos e encontros futuros de vocês? Antes de tudo, retomaremos as turnês pelo mundo com o show “Life” acompanhado por projetos educativos e participação no palco de jovens preparados em vários workshops. Serão primeiro na Itália (28 de setembro em Venosa; 12 de outubro em Placência; 23 e 24 de outubro em Acerra; 26 de outubro em Prato, 01 de novembro em Teano), depois faremos uma turnê asiática na Indonésia por quase todo o mês de novembro de 2019. Enquanto isso, continuaremos com os cursos na cidadela de Loppiano com trocas de experiências, formação e arte. De 15 a 17 de outubro, aprofundaremos o light design, destinado a pessoas interessadas a ampliar os próprios conhecimentos no campo de estudo da luz e das cores. Além disso, para sustentar jovens artistas emergentes, começamos as coproduções. A primeira é Stabat in Silentium, a obra teatral do jovem escritor Francesco Bertolini, que nasceu de uma profunda experiência de solidariedade feita depois do terremoto em Amatrice (Itália). “Como pode-se continuar acreditando em Deus depois de um terremoto?” é a pergunta “incômoda” de que parte essa obra em que os protagonistas são as jovens vítimas, mas também os voluntários que deixaram sua tranquila realidade para ir até onde a tragédia ocorreu.
Anna Lisa Innocenti
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