“A fé”, escrevia Chiara Lubich, “é o novo modo de ‘ver’, por assim dizer, de Jesus” . Com ela, podemos nos aproximar d’Ele em cada próximo e compreendê-Lo em profundidade, encontrá-Lo no mais profundo do coração. Não nos faltou nada Um dia, o dono da empresa em que trabalho reuniu o pessoal e, depois de ter enumerado os problemas para conduzi-la adiante, nos fez a proposta de reduzir o número de horas de trabalho, com 30% a menos do salário, para evitar demissões e manter todos os funcionários. O que poderia ser feito? Foi um momento difícil, considerando que tenho uma família numerosa e tantos gastos… mas, como isso permitiria que muitos de nós continuássemos a trabalhar, aceitei. Em casa, eu e minha esposa nos empenhamos em confiar na providência de Deus e também envolvemos as crianças para rezar, não só pelas necessidades da nossa família, mas também pelas outras famílias em dificuldade. Um dos primeiros sinais de que Deus havia nos escutado foi a chegada de uma quantia de dinheiro que eu havia emprestado a um amigo há muito tempo e que já tinha quase desistido de recuperar. Agora que já se passaram tantos meses, nos damos conta de que não só não nos faltou nada, mas cresceu a sensação de responsabilidade dos nossos filhos. S.d.O. – Brasil Telemarketing Muitas vezes, encontro-me na situação embaraçosa de ter de dizer não a uma pessoa de telemarketing. Geralmente, esses telefonemas indesejados vêm no momento menos propício do dia. Com o passar dos anos, adotei uma variedade de respostas que vão desde fingir um sotaque estrangeiro e não entender o que está sendo dito até o comum “estou sem tempo”, e desligo rapidamente. Porém, cada vez que uso essas e outras táticas similares, me sinto incomodada, sabendo que passei uma negatividade a uma pessoa que não teve escolha a não ser trabalhar com telemarketing. Então, o que fazer? Recusar delicada, mas firmemente antes que a pessoa faça suas propostas para evitar que perca tempo comigo? Quando lembro que a pessoa que está prestando aquele serviço é sempre um próximo que deve ser amado, mais escuto e mais fico triste quando finalmente devo recusar a oferta. Estou procurando aprender a dizer ao menos um rápido “tenha um bom-dia” antes de desligar. C.C. – EUA Sentir o amor No meu setor, estava internado um homem de 52 anos que tinha atirado na própria cabeça por conta de problemas familiares. Por sorte, o cérebro não tinha sofrido danos, mas os olhos estavam comprometidos. A cirurgia foi muito complicada. Durante as visitas, não dizia outra coisa a não ser que queria morrer. Depois do período de tratamento intensivo, foi levado ao meu setor, onde eu não perdia nenhuma oportunidade de cumprimentá-lo. Um dia, perguntei: “Sabe quem está ao seu lado?”, e ele: “Não vejo, mas acho que é a doutora que me operou. Durante a cirurgia, senti muito amor”. Prometi que faria o possível para salvar pelo menos um olho. A confirmação veio quando ele disse em uma manhã que havia começado a perceber um vislumbre de luz. A visão foi melhorando dia após dia. Alguns meses depois de ter recebido alta, veio me visitar. Era outra pessoa: para ele, uma nova vida havia começado, inclusive no casamento. Mas sobretudo, dizia, havia encontrado a fé. Eu lhe disse, fazendo uma brincadeirinha, que ele teve de perder um olho para enxergar melhor! F.K. – Eslováquia
por Stefania Tanesini
(tirado de Il Vangelo del Giorno (O Evangelho do Dia), Città Nuova, ano VI, n.2, março-abril/2020)
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