Amar nos impulsiona a sair de nós mesmos, fazendo o bem e nos aproximando do outro, ultrapassando a indiferença. Colocar a mão na massa e nos empenhar nos lembra o quanto Deus nos amou por primeiro e qual é o sonho que colocou no nosso coração. Dezessete mil quilos de livros Ao conversar com amigos sobre a crise na Argentina, soubemos da grande carência de textos escolares no país. Então, nasceu a ideia de fazer uma arrecadação entre as famílias que conhecíamos. A resposta foi imediata e generosa. Não faltaram outras iniciativas: inserções nos jornais, pedidos nas rádios, espaço para falar nas paróquias e em diversas associações de pais. Muitos se empenharam em primeira pessoa também em outras cidades. Arrecadamos dezessete mil quilos de livros de todos os níveis escolares para enviar à Argentina pelo mar. Teve até quem, em um mês, envolvendo outras pessoas, arrecadou duzentos quilos de livros e o dinheiro para o transporte. Em alguns casos, por falta de experiência, foi difícil pensar em muitos particulares importantes (por exemplo, as caixas adequadas para o transporte, as regras alfandegárias, etc). Mas para tudo se encontrava uma solução. Também pudemos contar a muitos o que nos impulsionava a fazer essa ação: o ideal de um mundo mais unido e solidário. (S.A. – Espanha) Juntos no trabalho Sou enfermeira em um centro de serviços sociais. Um casal pobre com uma criança de nove meses dirigiu-se a mim para serem atendidos. Não tinham dinheiro nem para o ônibus; a mulher havia machucado a mão e o menino precisava completar suas vacinas. Eu não podia atender os pedidos deles devido a procedimentos muito rígidos, mas dentro de mim sentia o impulso de fazer algo por aqueles irmãos. Depois de terminar de atender uma emergência, dei um jeito de responder a todas as exigências daquela família, para evitar que tivessem de comprar as passagens de ônibus para um próximo atendimento. A um certo ponto, espontaneamente, outra enfermeira se ofereceu para ajudá-los no meu lugar: cuidou da mão da senhora, a quem ofereceu também outros medicamentos, e vacinou o menino. Estava feliz por poder ajudá-los e eu também estava. (Maina – Canadá)
Por Maria Grazia Berretta
(trecho extraído de O Evangelho do Dia, Città Nuova, ano VIII, n.2, julho-agosto2022)
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