Movimento dos Focolares

Jovens, protagonistas da história

Ago 18, 2016

Nas montanhas Tatra, na Eslováquia, 600 jovens dos Focolare se reúnem depois da Jornada Mundial da Juventude, para aprofundar os desafios lançados pelo papa Francisco.

b_900_600_0_00_images_2016_GMG4Entusiasmo, vontade de entender e vontade de ser protagonistas do próprio futuro: são os pontos que caracterizaram a experiência após a JMJ, para o grupo de jovens que se reuniram de 1º a 6 de agosto, em Jasna, na Eslováquia. “Não poderíamos imaginar uma coisa semelhante. Se não nos contentamos com a comodidade, se não somos ‘cristãos de sofá’, poderemos ser, realmente, protagonistas da nossa história”, afirmou Anita, jovem argentina, na hora de retornar. “As propostas corajosas feitas pelo papa durante a JMJ solicitavam uma adesão imediata, mas, também, uma consciência que deve ser amadurecida, e é isto que procuramos fazer aqui em Jasna”, explica Gianluca Falconi, filósofo. Com o teólogo Michel Vandeleene e a psicóloga Antonella Deponte, eles proporcionaram momentos de aprofundamento, oferecendo uma trama de perspectivas diferentes e uma proposta multidisciplinar. Em Cracóvia, Francisco falou sobre abater o medo, defender a paz em um mundo tão cheio de ódio, do valor da misericórdia e da cruz, dos obstáculos a serem superados para encontrar Jesus. Mas, como concretizar esses desafios, realmente, na vida cotidiana? O encontro, na Eslováquia, foi uma ocasião para refletir sobre os particulares, para entender as razões, para interrogar-se e refletir sobre a própria vida. A experiência internacional ofereceu a possibilidade de um paralelo entre pessoas provenientes de contextos muito diversificados: do Líbano à Austrália, da França aos Estados Unidos, da Rússia à Ucrânia. “Uma das temáticas mais fortes – explicam os organizadores – não era tanto a existência de Deus ou os maiores questionamentos, mas a relação com o outro, com o diferente, polos em torno aos quais se desenvolveu a formação. Vinham à tona as perguntas de sentido pessoal, a questão do valor que cada um de nós é, as chances e as dificuldades das relações com o outro, com o inimigo, com quem pensa diferente de mim”. WYD_01Questões colocadas a partir da experiência pessoal. Como a da jovem do Iraque, que evidenciou as dificuldades de relacionamento que vive no seu país. Para alguns, dar o passo “em direção ao outro” resultava impossível. E, então, a “escola” ofereceu aprofundamentos em pequenos grupos, mas, também, colóquios pessoais, do ponto de vista espiritual, psicológico, ou para oferecer experiências relacionais. E falou-se ainda sobre a relação com o eu profundo, sobre autoestima, dignidade pessoal, emoções e abertura de mente. Outro assunto importante que surgiu: o futuro, ter em mãos a própria vida e dar a ela uma direção. Desta conversa participavam adolescentes, jovens universitários e trabalhadores; cristãos de diversas igrejas, agnósticos e que não professam nenhuma fé. Diferentes vocações, 13 línguas. Portanto, uma variedade imensa de público, mas, unificada por serem sedentos de verdade, de interesse e de ardor. “Uma maneira de apresentar-se, dos jovens, que não é usual na sociedade atual”, comentou Gianluca, que tem uma grande experiência como educador. Carla, italiana, nos disse: “Eu tenho 15 anos e no meu grupo havia pessoas com mais de 30 e foi maravilhoso porque eu pude fazer comparações, pedir explicações e adquirir confiança”. Um entrelaçamento de gerações, de línguas, de cultura: “No meu país a filosofia não é muito apreciada porque o contato com a realidade é diferente – diz Antoine, do Líbano – mas, fiquei feliz por conhecer outras mentalidades, diferentes da minha”. Fraternidade vivida como antídoto ao mal, sonhos que se tornam realidade, estão entre a nova bagagem que os jovens colocaram na própria mochila: “O Papa nos disse para não parar de sonhar – diz Anna, de Milão – e isto que vivemos é sonho que se tornou realidade”.

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