Movimento dos Focolares

Na Nicarágua, fragmentos de fraternidade

Out 21, 2016

A experiência dos Jovens por um Mundo Unido de Managua com uma pequena comunidade do Movimento, isolada e pobre de meios, mas rica de dignidade e fé no amor de Deus.

2016-10-Nicaragua-02Dar e receber, sem medir e com grande generosidade. Foi o que os Jovens por um Mundo Unido de Managua (Nicarágua) experimentaram ao visitarem a pequena comunidade do Movimento dos Focolares de La Cal, um povoado a 1200 metros de altitude, nos arredores de Jinotega, a chamada capital do café. Munidos de algumas sacolas com roupas, remédios e brinquedos obtidos com a ajuda da comunidade de Managua, chegaram primeiro em Jinotega (três horas de ônibus) para depois percorrer, de pick-up, 8 km de uma estrada que vai ficando cada vez mais acidentada, até o ponto que o próprio jipe precisou parar. Para chegar ao povoado faltava ainda um quilômetro e meio de terreno cheio de pedras, fendas e encostas íngremes, inacessível até para os cavalos. E foi o que os jovens enfrentaram a pé, com as sacolas nas costas, colocando à prova a forma física deles. «Não se pode imaginar a alegria e o entusiasmo com os quais fomos recebidos», eles contaram, e logo no primeiro contato se deram conta do estado de precariedade no qual se encontra La Cal. Os casebres, todos de madeira e cheios de crianças, não tem energia elétrica, água corrente, e não existe nenhuma assistência médica. Na vila há uma pequena loja com alguns artigos de primeira necessidade, uma escola que só tem uma sala de aula e um único professor, e uma capela, caso chegue algum sacerdote para celebrar a missa. Se não fossem os pequenos painéis de energia solar, há pouco instalados, todo o povoado estaria completamente no escuro. 2016-10-Nicaragua-01Junto com os jovens estavam dois médicos. Uma é dentista, e começou o dia com uma demonstração de higiene bucal para cerca de 30 crianças, felizes em poder usar pasta e escova de dentes levados pela doutora. Na hora do almoço uma família quis oferecer deliciosas tortillas ainda quentes, enquanto os jovens conversavam com as pessoas ou brincavam com as crianças. À tarde, uma conversa com os adultos sobre a prevenção da infestação de parasitas. O dia, muito intenso, concluiu-se com a leitura da Palavra de Vida, um momento de forte espiritualidade, que envolveu a todos. Comovente o gesto de um senhor que, no final, quis dar a sua benção aos jovens. Depois houve a distribuição de todos os presentes que haviam levado para eles. Para passar a noite havia um lugar, cuidadosamente limpo, preparado em um ex-galinheiro. «Foi uma emoção para nós – escreveram – poder reviver a experiência dos focolarinos de Trento, onde o primeiro focolare foi montado justamente num antigo galinheiro. Na manhã seguinte, após um bom café da manhã preparado pelas senhoras da vila e as calorosas saudações de todos, que pediam que voltássemos o mais breve possível, tomamos o caminho para Jinotega. Na Catedral fomos agradecer a Deus por uma experiência que nos transformou totalmente, que nos fez conhecer pessoas generosas, que lutam com dignidade para ir adiante, com alegria, sentindo-se imensamente amadas por Deus. E por ter construído, até no meio daquelas montanhas, fragmentos de fraternidade».

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