Movimento dos Focolares

Eslovenia: a arte de amar na família

Jun 14, 2017

Damijan e Natalija da Eslovênia, casados há 12 anos, 4 filhos. Na espiritualidade da unidade encontram a força para superar duras provações familiares e econômicas.

Škofja Loka«Desde o início da nossa caminhada juntos, quisemos pôr Deus no primeiro lugar. Na prática, a cada dia decidimos escolher o perdão, o recomeçar, o ser o primeiro a amar, o amar a todos, inclusive quando custa e talvez estamos cansados. Procuramos não esperar algo do outro, mas antes de tudo, de nós mesmos e, como consequência, podemos sempre contar um com a outra. Para as crianças, procuramos dar valores sólidos para a vida – explica Damijan –. Isto exige paciência e perseverança no amor: não só carícias! De fato, às vezes o amor para com eles também nos impele a expor com muita clareza a nossa linha ou decidir o que é branco e o que é preto, mesmo se às vezes isto os deixa insatisfeitos ou revoltados. Achamos importante que os nossos filhos sejam, o mais possível, autônomos e independentes. Por isso, os incluímos em todos os trabalhos de casa (cozinhar, limpar, passar a roupa, ajeitar a roupa a ser lavada, etc.). No início é tudo sempre muito interessante, mas depois, quando o trabalho deve ser feito regularmente e cuidadosamente, algo se bloqueia. É então que nos encorajamos a viver os pontos da arte de amar, se quisermos que entre nós reine a harmonia. Agora as crianças já sabem que, se nos ajudarmos, terminamos antes e temos mais tempo para brincar e para fazer muitas outras coisas». 03B62561_resized«Mais ou menos um ano atrás – continua Natalija – vivemos uma provação particular. No verão, o menor dos nossos filhos fez um exame com o psicólogo, que se faz quando se chega aos três anos. A sua opinião e o diagnóstico que depois nos escreveu, realmente nos surpreendeu: Síndrome de déficit de atenção. Como pedagoga e ex-professora, passaram diante dos meus olhos todas as crianças com este tipo de problema e as grandes dificuldades que acompanham este diagnóstico. Assustada, voltei ao trabalho, na escola maternal Raggio di Sole, onde naquela época, trabalhávamos junto com Damijan. Conversamos muito e entendemos que, para cuidarmos do nosso filho, um dos dois devia deixar o trabalho». «Para ajudá-lo do modo justo – continua Damijan – era necessário dedicar-lhe tempo e energias. Estávamos conscientes de termos que pagar a previdência, de sermos seis na família e de não ter salários adequados. Exploramos todas as possibilidades financeiras e, apesar da incerteza, deixei o trabalho acreditando que Deus não nos abandonaria. Explicamos aos nossos colegas de trabalho a situação e a nossa consequente decisão. Somos muito agradecidos a cada um por tê-la aceitada e por nos ter apoiado. Já na semana seguinte, a nossa escolha se demonstrou acertada. Minha mãe, de noite, sofreu um AVC, ficando paralizada. Foi um choque para todos. Durante os primeiros dois meses, conseguia comer sozinha. Mas depois teve outro AVC que a levou à cegueira e, em seguida, à demência. Por isso tinha cada vez mais necessidade de atenções. Por quanto fosse trabalhoso, respeitamos o seu desejo de ficar em casa. E assim foi. Neste ínterim, a situação do nosso filho melhorou sensivelmente. Agora, as coisas prosseguem com mais calma porque, quando as crianças voltam da escola, existe alguém que as espera e que preparou o almoço. Assim também Natalija, quando volta do trabalho, pode se dedicar às crianças e a mim. Durante todo este tempo, mesmo se com só um salário, podemos dizer que não nos faltou nada, e se tivemos que renunciar a alguma coisa não vivemos isto como uma privação. Somos agradecidos a Deus por nos ter sustentado e ensinado a saborear os efeitos da arte de amar, que nos conquistaram completamente».

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