Quantas vezes se deve perdoar? «Há três anos o meu irmão mais velho, irmão natural, foi à minha casa e ofendeu minha mulher enquanto eu estava fora, trabalhando. Quando voltei eu fiquei muito nervoso, mas, junto com ela, decidimos não reagir. Mais tarde soubemos que a filha dele, que morava conosco naquele período, voltou para casa e disse que ela preparava o almoço sempre sozinha. Além disso, para nossa grande surpresa, meu irmão começou a dizer às pessoas da nossa comunidade que nós o insultamos e que nos perdoaria somente se pedíssemos desculpas. A essas alturas, era demais para nós e, por um ano, não conversamos. Um dia lembrei-me que Jesus nos ensinou que devemos perdoar “até setenta e sete vezes”, em qualquer situação que se apresentar e, ainda mais, rezar pelos nossos inimigos. Pensando nessas palavras, no último dia do ano eu organizei uma reunião de reconciliação entre nós, convidando também vários outros familiares. Eu fui o primeiro a falar. E disse aos membros da família que não estávamos ali para fazer longos discursos, nem para julgar uns aos outros, mas, simplesmente para pedir desculpas ao meu irmão mais velho e que nos sentíamos mal por tê-lo ofendido. Em seguida eu me ajoelhei diante dele, um gesto que significa humildade e magnanimidade, duas virtudes cristãs. Todos, inclusive o meu irmão, ficaram perplexos por este gesto e nenhum deles ousava dizer alguma coisa. Depois de alguns segundos ele disse que havia me perdoado. Voltamos para casa, felizes e tranquilos por ter restabelecido a paz entre as nossas famílias». (Christopher e Perpetua Idu – África) Uma pérola valiosa «Eu estava passando por uma grande dificuldade na vida matrimonial. Meu marido, que era um homem gentil, inteligente e culto, tornara-se alcoólatra durante o período que passou no serviço militar. Pouco depois que ele voltou para a Inglaterra, após o serviço militar, retomou a vida normalmente, mas, em seguida, o médico diagnosticou uma úlcera no duodeno e ele sentia muitas dores. Era incurável e muitas vezes o deixava sem condições de trabalhar. Ele descobriu que o álcool era um analgésico eficaz… E bebia de uma maneira inacreditável. Eu vivi com ele esta fase terrível. Foi um verdadeiro trauma, tanto físico quanto psicológico: eu não aguentava mais. Consultei diversos médicos e especialistas, mas sem êxito algum. Passados alguns anos tivemos contato com o Movimento dos Focolares. Eu escrevi a uma pessoa a qual eu respeitava muito e depositava nela grande confiança. A resposta dela me surpreendeu: “Obrigado por ter partilhado comigo a sua ‘pérola de grande valor’…”. Aquela enorme dificuldade que vivíamos, poderia ser chamada “pérola de grande valor”? Foram necessários muitos anos para começar a entender como eu poderia transformar o sofrimento em amor, para perder tudo o que eu acreditava que fosse necessário para nós, ser aceitos socialmente, e não fazer de conta que tudo estava no devido lugar. Na realidade tratava-se de dizer “sim”, ao invés de “não”. A certo ponto eu cedi, permitindo a Deus de envolver-me nos Seus braços. E Ele se manifestou. No último período da sua vida, meu marido fez uma profunda experiência do amor pessoal de Deus por ele e nunca mais bebeu. Eu também consegui sair da depressão. Certamente, para alcançar esta meta eu empreguei uma grande parte da minha vida. Mas, esta era e é a minha “pérola de grande valor.”» (Fonte: New City – Londres)
Colocar em prática o amor
Colocar em prática o amor
0 Comments