Movimento dos Focolares

Pontes entre as diversidades de religião e de cultura

Set 11, 2012

Entre os protagonistas do Genfest (Budapeste, 31 de agosto – 2 de setembro) presentes também jovens de outras religiões: 160, provenientes do mundo inteiro.

“Se cada um de nós se comprometesse a comunicar, pelo menos a cinco jovens, aquilo que nós vivemos durante esses dias, aqui em Budapeste, talvez pudéssemos realmente transformar o mundo”. Essa afirmação, dita com determinação e coragem, é de um jovem muçulmano palestino de Jerusalém, que assim a concluiu: “Não se esqueçam de rezar pela situação da Palestina”. Essas palavras ressoaram em um jovem argelino, também ele muçulmano: “Se foi possível viver durante esses dias com jovens de etnias, culturas e religiões diferentes, então, é possível fazê-lo também nos ambientes dos quais viemos”. São algumas afirmações feitas na conclusão da manhã do último dia do Genfest, dedicada ao diálogo interreligioso.

Entre os protagonistas do Genfest, realizado no Sport Arena estavam presentes, de fato, jovens muçulmanos, budistas e hinduístas, comprometidos na linha de frente na preparação e realização do evento. Na manhã do domingo, enquanto os jovens católicos participavam da missa na grande Praça Santo Estevão, os jovens de outras denominações cristãs participaram das várias celebrações segundo a própria igreja: ortodoxos – de oito Patriarcados e Igrejas – coptas ortodoxos, anglicanos, luteranos, metodistas, batistas e pentecostais. A Santa Ceia, que luteranos e reformados desejaram celebrar juntos, foi presidida pelo Secretário Geral do Sínodo da Igreja Reformada Húngara, pastor Zoltan Tarr.

Aos fiéis de outras religiões foi oferecida uma programação alternativa que permitia encontrar-se para uma troca de experiências vividas e do próprio compromisso com o diálogo.

Um encontro interreligioso que tocou o coração e a mente de todos os presentes. Um momento especial, que reforçou as pontes entre as diversidades de religião e de cultura. Os moderadores eram um muçulmano argelino, um budista japonês e uma cristã jordaniana.

A plateia oferecia a visão de um verdadeiro caleidoscópio: os participantes eram dos EUA, Uruguai, Japão, Tailândia, Índia, Argélia, Líbano, Israel e Territórios Palestinos, Macedônia, Bósnia, Bulgária, França, Itália e outros países ainda. Entre eles, judeus, muçulmanos, budistas mahayana e theravada, hinduístas, uma janaista, e representantes da Tenri-kyo, umas das religiões originárias do Japão do século XIX. Presentes também alguns jovens católicos que quiseram partilhar aquele momento com os seus amigos.

O trabalho em prol dos direitos humanos das organizações jovens hebraicas no Uruguai, país leigo; o empenho de jovens muçulmanos argelinos e macedônios de viver a fraternidade cotidianamente no trabalho e nas universidades; ações sociais com as organizações que seguem o ensinamento de Gandhi, no sul da Índia: os representantes das diversas tradições religiosas partilharam quanto já fazem para construir a paz e a fraternidade universal. Os jovens da Tenri-kyo explicaram como procuram levar a alegria ao mundo; os budistas da Myochikai, a sua proposta para a educação ética dos jovens por meio de uma rede interreligiosa; os da Rissho Kosei-kai, as suas atividades pela paz, entre as quais, a campanha “ofereça uma refeição!”.

Depois de quase duas horas de partilha houve um minuto de profundo silêncio, no qual cada um, com as palavras e com a sensibilidade da própria fé, rezou profundamente pela paz no mundo e pelo compromisso com a fraternidade, para ser realmente um construtor de pontes. Na saída, dois jovens judeus do Uruguai comentaram: “Uma experiência incrível! Devemos trabalhar juntos para levar este espírito lá onde vivemos!”. Dois jovens hinduístas: “Não existem palavras que expliquem o que vivemos nesses dias”. Uma budista japonesa: “Encontrei a força para posicionar-me, com amor, diante das situações difíceis” e, com os outros, gritava: “Construir pontes!” (Let’s bridge!).


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