«A minha família é cristã e rejeita a ideia de matar ou de portar armas». São as palavras de George, jovem sírio de Homs. Estamos em Loppiano, a mariápolis permanente internacional dos Focolares perto de Florença, onde há vários anos, no dia 1° de maio, jovens de toda a Itália e não só, encontram-se para um meeting que é, ao mesmo tempo, uma ocasião de testemunho, de partilha e de festa. Este ano o habitual encontro conecta-se idealmente a um grande evento internacional que se realizará em Manila no próximo mês de julho, o Genfest (info: http://y4uw.org/it/events/genfest-2018/). A etapa realizada na última terça-feira, 1° de maio, foi a italiana. Estiveram presentes 3700 jovens para uma jornada onde entrou em cena a fraternidade que passa pela partilha de projetos, de ações de empenho social, de experiências pessoais em contato com o sofrimento pessoal e com os dramas da humanidade. Como no caso de George e de Michael que deixam os presentes sem fôlego, com o relato daquilo que se vive há anos na maltratada Síria. «Vimos muitas pessoas morrerem – continua George. Por um periodo eu também comecei a levar comigo uma faca, por segurança, para defender-me em caso de perigo. Foram anos de ódio, de morte, sem dignidade, que envaziaram o meu coração e comecei a pensar que o amor não existe. Pude tirar de mim essa ideia só quando partecipei da Mariápolis (alguns dias vividos à luz do Evangelho, experiência típica dos Focolares ndr). Depois daquele encontro não levei mais a faca e decidi começar a responder ao ódio com o amor». O convite final dirigido a todos os jovens foi acolhido plenamente: «Não se lamentem da vida que vocês têm. É muito bonita, mas vocês não percebem». O fio condutor da manifestação, expresso pelo título “Beyond me”, era o desejo de superar os próprios limites e fronteiras para realizar uma mudança pessoal e principalmente social, para transformar o ambiente ao redor de si. Deram o próprio testemunho Roberto Spuri e Elena Sofia Ferri, contando a experiência do terremoto no centro da Itália; Alessio Lanfaloni e Maria Chiara Cefaloni, com o compromisso por uma economia desarmada; Alessandra Leanza, com uma experiência de voluntariado com as crianças Rom na Sardenha. E ainda Marco Voleri, tenor de fama internacional e fundator de “Sintomas de Felicidade” que sensibiliza o público sobre o tema da esclerose múltipla; Simone Barlaam, campião paraolímpico de natação nos mundiais do México. Michele Tranquilli, autor do livro Una buona idea (Uma boa ideia) e promotor da ponte com a África YouAid; Sara Fabris, artista plástica. Progetos. Cada história contada no Genfest Itália é porta-voz de uma experiência concreta, uma associação, uma ação social, que cada um dos participantes poderá “adotar” durante o ano. Foi o apelo à ação lançado no fim do evento, com o convite dirigido a cada um para escolher uma ação para replicar por toda a parte. Para agilizar a adesão dos jovens, no site do United world project, estão presentes, subdivididas por região, as associações ativamente comprometidas nas várias cidades italianas, para conhecer e contactar. O Genfest Itália concluiu-se com a cenografia de uma cidade que “voa”, uma cidade composta na coreografia final sobre as palavras do texto de Chiara Lubich “Uma cidade não basta”: «Com Deus, uma cidade é pouco demais. Foi Ele que fez as estrelas, que guia os destinos dos séculos e com Ele pode-se mirar longe, à patria de todos, ao mundo. Façamos de modo que, no fim da vida, não devamos nos arrepender de ter amado tão pouco». Agora Loppiano prepara-se para receber, no próximo dia 10 de maio, o Papa Francisco. Não foi por acaso que estiveram presente no Genfest Itália e alguns jovens de Nomadelfia, comunidade que o Papa irá visitar no mesmo dia e com a qual, neste período de preparação, intensificaram-se os laços de amizade. Fonte: www.cittanuova.it Flickr
Colocar em prática o amor
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