Movimento dos Focolares

Bispos amigos do Focolare: 35º encontro ecumênico

Nov 8, 2016

Na Alemanha, na Mariápolis permanente ecumênica de Ottmaring, o encontro anual, de 24 a 28 de outubro, de bispos de várias igrejas. Lançar pontes e construir a paz entre as confissões e as religiões.

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Foto: Ursel Haaf

A 500 anos da Reforma de Lutero, na Mariápolis permanente de Ottmaring, na Alemanha, realizou-se o 35º encontro internacional de 25 bispos de várias igrejas que se inspiram na espiritualidade do Movimento dos Focolares. A reflexão sobre os pontos da espiritualidade do Carisma da unidade, a oração em comunidade e a celebração de várias liturgias colocaram bases para reuniões e diálogos profundos que deixaram uma marca indelével nos participantes. O tema do encontro, “Jesus crucificado e abandonado fundamento de uma espiritualidade de comunhão”, foi a linha mestra de todo o encontro que os bispos quiseram concluir junto à comunidade do Carmelo, que se encontra no campo de concentração de Dachau, lugar de uma das etapas mais dolorosas da história da humanidade. Abriu-se uma perspectiva que suscitou esperança: “Visitar Dachau foi para mim uma visita a um santuário de Jesus Abandonado. Ali eu encontrei Deus, Deus no seu abandono”, assim expressou-se Jesús Morán, copresidente do Movimento dos Focolares. E o bispo maronita Simon Atallah, do Líbano, acrescentou: “Ao lado de um lugar de sofrimento e ódio encontramos um lugar de amor”. Um dos momentos culminantes do encontro foi a liturgia ecumênica na igreja evangélica de Sant’Ana, em Augsburg, com a presença do bispo emérito Christian Krause, um dos principais bispos que assinou a “Declaração conjunta sobre a doutrina da Justificação”, acontecida no dia 31 de outubro de 1999, naquele mesmo local. O grupo dos bispos colheu aquela ocasião para redigir uma mensagem para a celebração da abertura dos 500 anos da Reforma, realizada em Lund, na Suécia. O prefeito da cidade da paz augustana, Kurt Gribl, recebendo os bispos, evidenciou como o “Movimento dos Focolares e, em particular, o grupo dos bispos, representam confissões que não negam as diferenças.” E, vendo uma estreita ligação entre a cidade de Augsburg e o empenho da comunidade ecumênica dos bispos, acrescentou: “Os senhores nos demonstram, com o exemplo de vocês, que é possível uma convivência pacífica e espiritual e isto nos encoraja a seguir em frente na colaboração, como cidade da paz”. Para selar esta profunda amizade e a ligação espiritual, o grupo reuniu-se depois na igreja evangélica de Sant’Ulrich. Já se tornou uma tradição nesses encontros que os bispos participantes formulem uma solene promessa, a de sustentarem-se reciprocamente na oração e na vida, partilhando preocupações e sofrimentos, alegrias e conquistas dos irmãos. “Que a cruz de um torne-se a cruz do outro e as aspirações de um torne-se as aspirações do outro”, como está escrito no texto do “Pacto de amor recíproco”, que todos assinaram. O próximo encontro ecumênico dos bispos, promovido pelo Movimento dos Focolares, se realizará em 2017, na Polônia.

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