Movimento dos Focolares

Gen Verde em Manila

Começamos a contagem regressiva para o Genfest – (evento dos jovens do Movimento dos Focolares – julho 2018). Junto com os jovens que participarão do Genfest em Manila e aqueles que seguirão o evento em todo o mundo, queremos ser uma “Wave of Love – onda de amor” que ultrapassa as barreiras dos nossos relacionamentos, das incompreensões, dos grandes desafios da humanidade. Para vocês uma pequena prova do que o Gen Verde cantará no Genfest e….. até logo! https://www.youtube.com/watch?v=Mh75HR_YI1g&list=UUuSTi05GBlACXtCu4zEY7FQ

Olhares de luz sobre a cidade

Olhares de luz sobre a cidade

«Olhares de luz. Fazem sempre bem, especialmente num mundo onde existem poucos». São as primeiras expressões que recolho de Anna, que se declara não crente, na saída da sala que este ano sediou a primeira Mariápolis do Piemonte. Olhares de luz era o título do evento de três dias vividos por mais de 200 pessoas de todas as idades e categorias sociais, provenientes de diferentes cidades desta região. Luz que brotou de momentos de espiritualidade e de partilha, que iluminou temas quentes de atualidade, como Europa, imigração, Oriente Médio, final da vida e terapias paliativas, alternados com programas de relax, excursões. Para regenerar alma e corpo. Não só. Sobre um fundo, um tanto quanto escuro, dos desafios da vida pública e das incertezas econômicas e políticas, num clima que mostra a fraternidade como um luxo para poucos, um olhar de luz iluminou também a vida de Bra, cidade com uma história antiquíssima, mas projetada no futuro. Aqui a fraternidade, elevada a categoria política, está inscrita há anos no Estatuto da cidade. E não permaneceu letra morta. Dois adolescentes, com o apoio de um power point, a mostram em ação, com um slogan, “vAMOs colorir” a cidade. Muitas as iniciativas, como pintar as paredes da escola ou as muretas danificadas da cidade, a coleta das “bitucas” do chão, a limpeza das ervas daninhas, a visita aos idosos nos asilos. Para deixar por toda a parte uma marca de amor e contagiar os outros com a felicidade que se experimenta quando se põe em ação a revolução do Evangelho. A mesma compreendida por uma cidadã honorária de Bra, Chiara Lubich. «As iniciativas destes adolescentes – salientou Bruna Sibille, prefeita de Bra – contaminaram os que têm alguns anos a mais, outras comunidades, como a albanesa, trabalhadores do setor da construção civil, grupos de ortodoxos, juntos ao pope deles, um grupo de romenos e outras realidades dos bairros. No próximo mês de setembro – anunciou – antes do início das aulas, nos reencontraremos para continuar a trabalhar juntos». Um dos pontos programáticos na base do seu mandato, que está para se concluir, foi “o aumento da coesão social passando da ideia de cidade para a ideia de comunidade inclusiva”. «Os adolescentes foram um aglutinante muito importante nesta direção. Assim – acrescentou – se colocam as bases para dar um sinal importante sobre como administrar uma cidade e formar as futuras gerações de administradores, num momento em que existem muitos exemplos negativos. Se se cuida da própria cidade e do bem comum – concluiu – se tem uma cidade mais segura e se superam muitos males, que nem sempre são reais, mas virtuais, e ainda mais difíceis de vencer».

Carla Cotignoli

Mente, coração, mãos pela fraternidade

Mente, coração, mãos pela fraternidade

Nas periferias de grandes megalópoles ou em pequenas aldeias rurais, em bairros marginalizados e periféricos, dentro de orfanatos ou prisões, ou então ao longo de uma praia turística a ser limpada, sempre em contato direto com a população local. Quatrocentos jovens estão se preparando assim, em vinte diferentes localidades do sudeste asiático, para o Genfest 2018, que abrirá os batentes no próximo dia 6 de julho no “World Trade Center” de Manila, com workshops distribuídos em diversas universidades da grande cidade filipina. Uma semana de empenho social e de intercâmbios no rastro da interculturalidade, que antecipa o espírito de uma manifestação da qual participarão seis mil jovens de várias partes do mundo. Uma grande oportunidade para experimentar concretamente o abatimento das fronteiras, antes de tudo as culturais, e para interagir com pessoas de culturas e religiões diferentes. Tudo isto é o “pré-Genfest”. «O seu objetivo – explica Romè Vital, um dos coordenadores deste empreendimento – é o de oferecer a estes jovens, que estão para participar do Genfest de Manila, a oportunidade de fazer uma experiência concreta “em miniatura” de fraternidade universal. E é também o de abri-los para as realidades sociais distantes muitos quilômetros do seu país de origem. Quisemos oferecer a eles a possibilidade de saber mais sobre as diversidades culturais presentes na Ásia». Um grupo de jovens está fazendo experiência da vida frenética dos bairros periféricos de megalópoles como Hong Kong e Seul; outros estão visitando áreas rurais em Masbate ou em Pangasinan, nas Filipinas; outros ainda estão fazendo uma experiência de diálogo inter-religioso, como em Chiang Mai (na Tailândia), em Medan (Indonésia) e em Yangon (no Myanmar). Em Coimbatore, na Índia, esta experiência intercultural e inter-religiosa é guiada pelo lema de Gandhi “seja a mudança que você quer ver”, enquanto que em Taipei (Taiwan) os jovens estão interagindo com os habitantes indígenas da ilha. Em Aklan, nas Filipinas, está se realizando uma autêntica “imersão” na cultura da comunidade de Atis (Aetas), tribo que se pensa que esteja entre as originárias da ilha de Boracay. Mas também existem iniciativas baseadas na ecologia e na proteção do território, como em Hanoi, no Vietnã, onde os jovens estão participando da colheita do arroz, ou em Palawan, famosa localidade turística das Filipinas, onde um grupo está limpando algumas praias». «Em muitas localidades – continua Vital – um percurso sociocultural ajuda a entrar profundamente na história daquele país. É o caso de Seul, na Coreia, onde os jovens presentes estão aprofundando os eventos que levaram à divisão entre Coreia do Norte e do Sul, guiados por especialistas que conduzem workshops sobre a paz, exportáveis para qualquer latitude. Também outras localidades acolheram os jovens, como Mumbai (na Índia), Ho Chi Min (no Vietnã), Bangkok (na Tailândia), além de diversas cidades das Filipinas como Baguio, Cebu, Dumaguete, La Union e Tacloban. Fundamental na preparação da semana foi a colaboração com organizações como “Bukas Palad” e “Fazenda da Esperança”, nas Filipinas, e “Shanti Ashram”, na Índia». «Esta semana “pré-Genfest” terá um impacto indelével na vida dos jovens que estão participando dela, porque a construção de um mundo unido começa sempre com ações concretas, como disse recentemente, durante a sua visita a Loppiano, no dia 10 de maio passado, também o Papa Francisco: “é preciso treinar para usar juntas as três linguagens: a da cabeça, a do coração e a das mãos”. Este é um elemento fundamental na formação das novas gerações. Na mesma ocasião, o Papa convidou o Movimento dos Focolares para se colocar “a serviço de todos, com o olhar que abraça toda a humanidade, começando por aqueles que de algum modo estão relegados às periferias da existência”. Quando chegarem a Manila para o Genfest, estes jovens já terão experimentado em pequena escala o que significa “fraternidade universal”, porque o mundo unido precisa das mãos de todos. Aí sim que será uma verdadeira “experiência de Deus”. E este é o objetivo para o qual nasceu o Genfest». María Clara Ramírez Veja o video

Fábrica de bombas e desejo de paz

Fábrica de bombas e desejo de paz

Sulcis-Iglesiente é uma região histórica da Sardenha, caracterizada não apenas pelas belezas naturais, que impressionam, mas também pela história dos trabalhadores das minas: um patrimônio humano, espiritual, cultural e ambiental de primeiro nível. Uma joia única no mundo, que ainda não consegue exprimir totalmente todo o potencial de que dispõe, inclusive do ponto de vista econômico. No dia 3 de março de 2017, em Cagliari, no sul da Sardenha, realizou-se uma conferência sobre o tema do desarmamento, organizada pela Escola de Participação Política “Domenico Mangano”. Naquele encontro alguns habitantes de Sulcis-Iglesiente sentiram-se diretamente interpelados: em seu território, com efeito, tem sede a RWM Itália, controlada pela Rheinmetall, uma fábrica de bombas vendidas à Arábia Saudita e utilizadas para a guerra no Iêmen. A partir desta tomada de consciência, surgiu, um ano atrás, um comitê que atua localmente, unindo as forças por um objetivo comum: a conversão da fábrica da produção militar para a civil. É o “Comitê conversão RWM para a paz, o trabalho sustentável, a conversão da indústria bélica, o desarmamento, a participação cívica em processos de mudança, a valorização do patrimônio ambiental e social do Sulcis-Iglesiente”. Entre os promotores desta ação encontra-se Cinzia Guaita, do Movimento dos Focolares. Com ela fizemos o ponto da situação. «A ação do Comitê não é fácil porque Sulcis-Iglesiente é um território onde não existe trabalho, e o que existe é defendido a golpe de espada. Não é fácil desencadear um processo que leve a uma mudança de mentalidade para optar por algo diferente, mas talvez mais arriscado». «Somos uma rede muito compacta e variada. Antes não se falava no assunto, hoje a questão ética, ambiental e legal tornou-se patrimônio geral. Já existe um resultado cultural, ainda que o processo seja a longo prazo». Em quê é possível perceber a maior mudança? «Tomemos o tema do trabalho: antes não se podia discutir, agora, ao lado do trabalho, há os temas da paz, da justiça, e isso não é pouco para um lugar pobre como o nosso». Você fala de confronto, mas vocês utilizam principalmente o diálogo..; «É verdade, estamos dialogando, e fazemos isso com todos porque esse é um problema que diz respeito a todos, e só pode ser resolvido olhando a situação de vários pontos de vista. Dou um exemplo: abrimos uma mesa de reflexão técnica, com especialistas da universidade, para o estudo de um projeto de conversão; estão juntos os técnicos, os professores universitários, outros agentes, como Banco Ético, Igreja Protestante. O comitê é uma espécie de laboratório, não resolutivo, o início de um percurso concreto». Localmente, como é vista a fábrica RWM? «A fábrica inseriu-se com muita benevolência na dinâmica social local, mas viola uma lei nacional que proíbe a venda de armas a países em guerra ou que não respeitem os direitos humanos, mas prevê a possibilidade de um fundo para a conversão das empresas que produzem armas. Portanto, existem possibilidades. Conversão não significa um salto no escuro, mas um processo compartilhado de amadurecimento e melhorias na vida, para todos». Neste processo, que papel a imprensa está exercendo? «Eu diria um papel decisivo, e nós mesmos ficamos surpresos de que a imprensa internacional tenha se interessado por nós. Inclusive a TV alemã está acompanhando e contou, na Alemanha, o que está acontecendo aqui. Há muito silêncio sobre as guerras, como a do Iêmen. Acender os refletores sobre aquele conflito chamou a atenção de todos sobre o problema que se vive aqui. Para construir a paz não podemos fechar os olhos. Precisamos de todos, porque até as pequenas empresas locais podem ter um alcance maior. Amar um território quer dizer isso. Pode ser também um risco, mas para construir a paz vale a pena corrê-lo». Fonte: United World Project

Jornalismo e migração

Jornalismo e migração

Acabou de se concluir, em Bodo-Dioulasso, no Burkina Faso, um seminário sobre o Jornalismo Dialógico (9 a 13 de junho), com a presença de jornalistas e profissionais da comunicação: Michele Zanzucchi (Itália), Guy Roland (Benin) e Armand Djoualeu (República dos Camarões) e a participação de professores, estudantes e profissionais, cristãos e muçulmanos, do Níger, Mali, Costa do Marfim, Benin e Burkina Faso. Objetivo do seminário foi o de formar os jornalistas para o diálogo, pondo a pessoa no centro da atenção, com respeito e senso de responsabilidade. Na abertura do seminário se realizou uma mesa redonda sobre “jornalismo e migração”, na presença de autoridades do Governo e da Igreja católica. A proposta que veio à tona foi a de constituir uma rede regional de jornalistas para formar e informar corretamente a população sobre o fenômeno da migração, especialmente em direção à Europa.

A caminho rumo a Dublin

A caminho rumo a Dublin

Lough Key Forest Park, 800 hectares de silêncio, percursos naturalistas, imponentes cedros e um lago, na costa meridional de Lough Key, 40 km a sudeste de Sligo Town, e 3 km a leste de Boyle, foi a moldura de um dia para as famílias, organizado pela diocese de Elphin, no final do mês de abril passado. Entre os promotores, em colaboração com o bispo Kevin Doran, também o Movimento dos Focolares. «Numa atmosfera de brincadeiras, partilha e amizade, todos são convidados – disse o bispo – inclusive as famílias de outras convicções religiosas, os vizinhos, os amigos». O objetivo era o de se preparar para o grande evento com o Papa Francisco, que reunirá na capital irlandesa, no final de agosto, famílias do mundo inteiro sobre o tema “O Evangelho da família: alegria para o mundo”. A cada três anos, este encontro marcado internacional traz de novo a família cristã ao centro da atenção, como pedra angular da sociedade. Após a abertura, no dia 21 de agosto, que se realizará simultaneamente em todas as dioceses da Irlanda, em Dublin haverá um Congresso internacional de três dias (22 a 24) com conferências de especialistas de várias partes do mundo, testemunhos, workshops e atividades para crianças e adolescentes. Com a chegada do Santo Padre, no sábado, 25 de agosto, um grande festival das Famílias será a ocasião para ouvir música e testemunhos vindos dos vários continentes, além, naturalmente, das suas tão esperadas palavras. A solene celebração eucarística do dia 26, presidida por ele no Phoenix Park de Dublin, encerrará o evento.  «Não somos muitos nesta região da Irlanda, mas quisemos acolher o convite do bispo» escrevem da comunidade do focolare. Já faz um ano, a Irlanda mais atenta às dinâmicas complexas de cada família e ao seu papel na sociedade está se preparando, junto com todas as famílias da diocese, com uma reflexão comum à luz da exortação apostólica “Amoris Laetitia”. Evelyn, ajudada pela comunidade do Focolare, faz parte de uma comissão empenhada na preparação: «Para mim, uma grande ocasião para construir com todos relacionamentos de unidade. Cada pensamento, cada contribuição, cada decisão ou ação a ser empreendida foram o fruto desta caminhada entre nós, junto com o bispo. Criou-se um clima de amor recíproco entre todos». Na entrada do grande parque público, penduradas nos ramos das árvores, as seis faces do “dado do amor”, com as frases de Chiara Lubich e de “Amoris Laetitia” sobre a família, saudavam, movidas pelo vento, o público que chegava. O mesmo dado foi feito rolar no palco, no início do programa, para se sintonizar numa única mensagem: “ser o primeiro a amar”. O dia foi uma sucessão festiva de música e workshops: cuidado da natureza, brincadeiras em família, divertimento, pintura facial, dança, ajuda aos necessitados. Particularmente intenso o momento da oração em comum, conduzido pelos bispos católico e anglicano, que depois cortaram o bolo, não por acaso em forma de “cubo”, momento este imortalizado pelo jornal local “Roscommon Hearld” e por outros sites e noticiários. Como conclusão do dia, Andrew, um participante, cantou uma canção composta por ele, sobre as três palavras “Por favor, obrigado, desculpa” sugeridas pelo Papa Francisco para a vida de família. «Circulando entre as pessoas – foi o comentário de Áine, dos Focolares – eu pensava nas palavras “a grande atração do tempo moderno”, escritas por Chiara Lubich numa sua meditação. E as sentia atuais, no meio de uma multidão composta por pessoas provenientes de lugarejos e aldeias remotas, não só católicos, mas também de outras denominações religiosas, e remotíssimas, como os muitos recém-chegados, refugiados e solicitantes de asilo, vindos da África e do Oriente Médio, na maioria muçulmanos. Uma surpresa, para eles, encontrar também na Irlanda esta atenção sobre a família».