Movimento dos Focolares
Mariápolis

Mariápolis

Mariapoli2016 O que é a Mariápolis? É o encontro mais característico do Movimento dos Focolares: juntos, crianças e adultos, pessoas das mais variadas proveniências, encontram-se por alguns dias, para viver um laboratório de fraternidade, à luz dos valores universais do Evangelho. Esta experiência original, que se repete em numerosos países do mundo, tem como guia de conduta a “regra de ouro”, que convida a fazer aos outros o que se gostaria fosse feito a si. São dias para experimentar como é possível viver a gratuidade e a doação na vida cotidiana, colocando-as como base de qualquer relacionamento.   História das Mariápolis No difícil contesto do pós-guerra, quando ainda buscava-se reparar, entre os povos europeus, as feridas causadas pelo Segundo Conflito Mundial, no verão de cada ano, nos montes da região do Trentino, no norte da Itália, juntava-se ao grupo do nascente Movimento dos Focolares, um número cada vez maior de jovens, famílias, operários, profissionais, políticos. Dessa maneira compunha-se a Mariápolis, uma maquete de sociedade renovada pelo amor evangélico. Encontravam-se tiroleses e italianos, franceses e alemães, que viam dissolverem-se ódio e rancor. “Ferroviários, estudantes, médicos, farmacêuticos e deputados, entrando na Mariápolis estão já unificados. De que valem os cargos se aqui somos irmãos?”, recitava uma antiga canção, de moda nas primeiras Mariápolis, que exprime bem o sentido de fraternidade que se respirava, e que se respira ainda hoje, em muitos países do mundo, onde esta original experiência se repete. A característica da internacionalidade logo caracteriza o Movimento, em rápida expansão, primeiramente em toda a Itália, a partir de 1952 nos outros países da Europa, e, desde 1958, nos continentes extra-europeus. Em 1959 foram mais de 10 mil as pessoas que chegaram a Fiera di Primiero, na região das montanhas Trentinas. Estavam representados 27 países, dos vários continentes. Naquela Mariápolis – e depois em Friburgo, em 1960 – falando sobre a unidade dos povos a grupos de várias nações, Chiara Lubich transferiu à relação entre as nações a lei evangélica do amor, e propôs de “amar a pátria alheia como a própria”. As Mariápolis repetem-se ainda hoje, nos cinco continentes. Seguindo o mesmo modelo surgiram pelo mundo as “Mariápolis permanentes”, as pequenas cidades do Movimento, atualmente cerca de vinte, em vários estágios de desenvolvimento; a primeira nasceu em 1964, na Itália, em Loppiano.

Chiara Lubich aos jovens da JMJ 2005

Chiara Lubich aos jovens da JMJ 2005

ChiaraLubichStoccarda2004“Por que você vai à JMJ?” “Porque, ali, espero encontrar Jesus”, respondeu uma jovem que também está aqui, em Colônia, com milhares de jovens do mundo inteiro. Acho que ela não é a única a sentir no coração esse desejo ardente: encontrar Jesus! É este o lema desta JMJ: procurar Cristo, encontrá-lo e adorá-lo. A “Jornada Mundial da Juventude” – essa invenção inspiradora do nosso muito amado papa João Paulo II – é uma ocasião privilegiada para encontrar Jesus vivo na sua Igreja, na unidade com o novo papa Bento XVI, com os bispos e entre os jovens que vieram de todos os ângulos da Terra. Encontrar Jesus, adorá-lo e depois levá-lo aos outros, aonde quer que formos. Caríssimos jovens, vocês sabem que existe um segredo para nunca mais perder esse Jesus que, no evento da JMJ, se apresenta a nós como alguém tão belo, vivo e fascinante? O segredo é este: é preciso amar! Para amarmos a Deus, para permanecermos nele, para estarmos sempre na luz, temos que amar os outros. Falo a partir da minha experiência de mais de 60 anos, mas baseada também na experiência de um povo inteiro, espalhado em todo o planeta, de milhões de homens, mulheres e crianças que escolheram o amor como estilo de vida! É esse o segredo de uma vida feliz, realizada, interessante, sempre nova, nem um pouco monótona, sempre surpreendente! Agora lhes dou um pequeno, mas significativo exemplo. Soube que, recentemente, um grupo de jovens, num campo de refugiados na África, onde lhes falta quase tudo, quer transformar, com o amor vivido, esse lugar onde vivem num paraíso. Eles me contam experiências concretas, onde isso está se realizando. Vocês entenderam o que isso significa? Que o amor vence tudo! Poderíamos dizer milhares de coisas sobre o amor que Jesus nos ensina com a sua vida, com as suas palavras, com o testemunho dos seus santos. Mas, hoje, gostaria de ressaltar somente dois pontos que são, porém, de fundamental importância: É preciso amar a TODOS, sem exceção, sem seleção, sem preferências – como Deus age conosco! Trata-se de amar o amigo e o inimigo, o simpático e o antipático, o professor e o vizinho de casa, o carteiro e o colega. Amar a TODOS significa também amar aos que estão longe de nós, embora presentes graças à mídia, como, por exemplo, as vítimas do Tsunami, no Sudeste Asiático, ou os jovens da JMJ que vieram dos países pobres, que vocês ajudaram com o fundo de Solidariedade. O segundo ponto: é preciso SER OS PRIMEIROS a amar. Normalmente, amamos quando somos amados, respondemos ao amor que recebemos. E se ele não chega? Não, é muito melhor tomarmos a iniciativa, sermos os primeiros a fazer um gesto de amizade, de perdão, de vontade de recomeçar do início. Experimentem amar assim. Sentirão uma grande liberdade, porque são vocês os protagonistas! Caríssimos jovens, coragem! Vale a pena viver assim. Vocês não foram feitos para coisas pela metade. Deem o próprio coração Àquele que sabe plenificá-lo. Deus precisa de jovens assim, inflamados, que não se deixam paralisar pelos próprios problemas, pelos eternos obstáculos que se opõem ao amor. Ele precisa de pessoas que queimaram tudo no fogo do Amor de Deus e que atraem os outros. Que Jesus, a quem encontraram, permaneça sempre com vocês! No Amor verdadeiro. (Chiara Lubich, Colonia, 16 agosto 2005) Fonte: Centro Chiara Lubich

Evangelho vivido: a força dos pequenos gestos

Evangelho vivido: a força dos pequenos gestos

Pdv luglio 2 internaAcolhida «A administração da minha cidade estava implantando um serviço especial para os imigrantes. Senti o impulso a dar a minha disponibilidade para este novo serviço. Procurei saber, no edifício onde moro, se alguém havia respondido ao convite. Visitando várias famílias me dei conta de quanta aversão existe com relação aos estrangeiros. E no trabalho muitos colegas estavam aborrecidos pela presença dos imigrantes, vistos somente como concorrentes para um emprego ou uma casa. Inicialmente, conversando com os colegas e procurando salientar a importância de acolher o outro, ainda que seja diferente de nós, parecia que o meu esforço era totalmente ineficaz. Mas, lentamente, eu vi que, seja eles, seja os inquilinos do prédio, começaram a demonstrar um comportamento mais “brando”.» (E. M. – Itália) O início de uma nova fé «Lembro que tinha acabado de chegar ao trabalho quando começou um bombardeio brutal. Corremos para o subsolo para nos protegermos, e eu e meus colegas ficamos com os ouvidos colados no rádio, para ter notícias. Assim fiquei sabendo que o bairro onde meu marido trabalha havia sido bombardeado. Senti-me mal e estava para desmaiar. Naquele momento, um pensamento começou a se infiltrar: «Deus, agora estás me pedindo para renovar a minha fé em ti». Confiei a Ele as nossas crianças, o meu marido, os pais, pedindo que não permitisse que nos afastássemos Dele; pedi especialmente pelos nossos filhos, se tivessem que ficar órfãos, que encontrassem em seu caminho pessoas que os levassem a Ele. Foi um momento inesquecível, de coração aberto, com Deus. Desde aquele momento vivo a vida com fé e uma infinita gratidão.»  (H. S. – Líbano) Limpeza «Um dia, o proprietário do prédio onde moro decidiu eliminar todas as antenas de televisão do telhado, provavelmente por questão de estética. Mesmo assim, no condomínio instaurou-se um clima de batalha. Mas, como vencer o “Golias”? O Evangelho sugeriu-me tomar o caminho da humildade. O porteiro estava ausente, por motivos de saúde, e a limpeza das escadas e da entrada deixava muito a desejar. Como os outros inquilinos nem sonham em limpar o próprio saguão, tomei a iniciativa e comecei a limpar as escadas, desde cima até a calçada. O fiz com alegria e dedicação. Na mesma noite o proprietário tocou a minha campainha e, com grande gentileza, propôs de recolocar, ele mesmo, a minha antena de TV no lugar. Desarmado e surpreso, aproveitei as suas boas intenções para pedir que instalasse também as outras antenas. No final tudo ficou em seu lugar. Desde aquele momento começou um relacionamento diferente com os vizinhos. E não só, agora existe um turno e todos limpam as escadas.» (B. M. – França)

A Igreja rejuvenesce pela força do Evangelho

A Igreja rejuvenesce pela força do Evangelho

20160615-01A CartaIuvenescit Ecclesia”, assinada pelo cardeal prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, Ludwig Müller, e pelo arcebispo secretário, Luis Ladaria, aprovada pelo Papa Francisco, é dirigida aos bispos da Igreja Católica e detêm-se “sobre a relação entre dons hierárquicos e carismáticos para a vida e a missão da Igreja”. Inserida no percurso da Igreja “em saída”, nesta nova fase da história, a Carta é motivo de alegria e gratidão para as novas realidades eclesiais, das quais o Movimento dos Focolares é uma expressão. A reciprocidade entre dons hierárquicos e dons carismáticos, que a Carta reitera, interpreta plenamente a experiência que acompanhou os Focolares até hoje. Este esteve imerso nas torrentes das “ondas de movimentos” suscitados pelo Espírito Santo para a renovação da Igreja em sinergia com os seus pastores, como afirmou o então cardeal Ratzinger, em maio de 1998, em preparação ao Jubileu de 2000. O Movimento dos Focolares sente-se ulteriormente impulsionado, pela “Iuvenescit Ecclesia, a corresponder, com autenticidade, à coessencialidade entre os dons hierárquicos e os dons carismáticos, que São João Paulo II indicou, na esteira do Concílio Vaticano II. Tal coessencialidade mostra-se hoje mais necessária do que nunca à vida e à missão da Igreja, ao serviço da humanidade em suas aspirações, feridas e instâncias, com o objetivo, comprometedor, mas real, de edificar juntos a civilização do amor. Leia o documento integral Fonte: Serviço Informações Focolares -SIF

Indonésia: pelos refugiados, por meio da música

Indonésia: pelos refugiados, por meio da música

20160615-01A crise dos refugiados na Europa interpelou o mundo inteiro, com suas cifras e os seus mortos, as fronteiras fechadas e a grande generosidade de muitas pessoas. Esta notícia chegou da Indonésia, dos Jovens por um Mundo Unido da cidade de Medan (4 milhões de habitantes). «Os numerosos refugiados acampados na Grécia nos interpelavam. Queríamos fazer alguma coisa. E assim decidimos viver a nossa Semana Mundo Unido 2016 organizando um concerto, para arrecadar fundos para eles. Era também uma maneira de declarar com força que a paz é possível e começa por nós mesmos, por gestos concretos. Tínhamos dois meses à disposição, não era muito, mas decidimos que íamos conseguir e começamos a trabalhar, deixando de lado o cansaço e as dificuldades econômicas. Para cobrir as despesas da organização fomos tocar nos restaurantes, mas também a Providência de Deus não faltou, e conseguimos pagar o aluguel da sala, de parte da aparelhagem de som e outras despesas». «Quando vi todos aqueles jovens na minha frente – conta Ika – procurei não pensar em mim mesma, mas nos refugiados, e tomei coragem». Do ponto de vista técnico – confessam com simplicidade – «houve muitos erros, mas a atmosfera de entusiasmo e de alegria dos cerca 350 participantes nos convenceu de que tinha valido a pena!». Também o coral de uma universidade católica e quatro cantores quiseram dar sua contribuição no concerto pela paz. «Ganhamos 600 euros, que correspondem a três ou quatro meses de salário mínimo na Indonésia, não é muito, mas estamos felizes porque pudemos dar a nossa “gota” para os nossos irmãos em dificuldade». «Foi uma experiência fantástica – afirma Randi -. Senti fortemente que as diferenças, seja de religião seja de etnia, na verdade são muito preciosas. Espero que muitos corações tenham sido tocados e comecem a amar com gestos concretos». «Num painel com a escrita “Let’s bridge”(“vamos construir pontes”), os participantes escreveram o seu propósito pessoal para construir a paz».