Movimento dos Focolares
Uma jovem mulher de Gaza

Uma jovem mulher de Gaza

2009CodePinkGazaEntre o povo de Gaza domina o desalento. A única ajuda são as palavras do Papa e o apoio de tantas orações em todo o mundo, como conta uma jovem mulher do Movimento dos Focolares que mora na Faixa e que, por motivos de segurança, mantém o anonimato. «R. – Não existe trégua no conflito, vemos somente morte, destruição e refugiados pelas ruas. É algo que não se pode conceber nem acreditar. Perto de nós há uma escola de serviços da ONU para os refugiados, são cerca de setenta pessoas que vivem em 50 metros quadrados, refugiados embaixo das árvores. Como encontrar paz nessa situação? P. – Como mudou a vida de vocês desde quando começou o conflito? R. – Sinceramente, somos um povo já morto. Antes e depois dessa guerra nada mudou. Estamos sem eletricidade, sem água, sem trabalho. Os jovens estão morrendo psicologicamente, você fala com eles e parece estar falando com uma pessoa de 70 anos, sem expectativas e esperanças na vida. A única ambição é ter a eletricidade, ao menos duas horas durante o dia, e encontrar um pouco de combustível. P.- Seja o Hamas que a autoridade de Israel, até agora disseram que não é possível parar, que precisa terminar o que se começou. Você também pensa assim? R. – Nós não temos nenhuma expectativa. Tudo o que temos é a oração. Dirigir-nos a Deus e confiar-nos a Ele, porque não existe nenhum governo que possa nos ajudar, nem árabe nem estrangeiro, nem a ONU pode fazer nada. P. – E como essa situação pode mudar? R. – Se as coisas tivessem que mudar seria somente porque quem tem responsabilidade e poder se coloca diante da face de Deus. Só Deus pode fazer a diferença, pode mudar os corações cheios de ódio, pode mudar essa realidade de morte e sofrimento. P. – Chegam a vocês as notícias das orações e apelos do Papa por vocês? Ajudam a sustentá-los? R. – Recebemos todas as mensagens e apelos do Papa. Sabemos que ele está perto de nós e pede a Deus a nossa proteção, com a intercessão de Maria. E depois, todas as comunidades cristãs ao nosso redor nos telefonam todo dia, para fazer com que não nos sintamos sozinhos, e nos sustentam com a oração. Tudo isso nos ajuda. P.- Você pertence ao Movimento dos Focolares, portanto à espiritualidade da unidade que se constrói com o amor recíproco, como diz o Evangelho. Como faz para coloca-la em prática agora? R.- Todo dia, de manhã e à noite, tento manter contato com familiares e amigos, saber como estão. Muitos não têm mais uma casa porque foi destruída pelas bombas, e nós estamos acolhendo duas famílias refugiadas. Justamente ontem, falando com eles, eu dizia: não pensem na casa, nas coisas materiais, o importante é que estamos vivos e juntos. O importante é que vivemos um pelo outro. E ainda, todo dia dou graças a Deus por mais um dia de vida. Isso já é muito: ainda existimos e ainda podemos fazer alguma coisa. P.- Se pudesse lançar um apelo, o que diria? R. – Gostaria de me dirigir ao mundo inteiro, em nome do meu povo, para que retorne a Deus e lembre-se que, em Gaza, cristãos em muçulmanos, somos uma única família, um único povo e uma única vida, e estamos todos passando pelo mesmo sofrimento. Obrigada».

Fonte: Radio vaticana online

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NÃO ESQUEÇAM DE NÓS!

NÃO ESQUEÇAM DE NÓS!

1406032894 “Não se esqueçam de nós”, não podemos fazê-lo. Como cristãos e como homens e mulheres deste planeta, não podemos ficar passivos diante das situações difíceis que são vividas em tantos lugares do mundo. Por isso unimo-nos à intensa oração do Papa Francisco pedindo a paz, especialmente na terra de Jesus. E para que sejam percorridos todos os caminhos possíveis, que excluam o uso das armas e assim sejam evitadas tantas mortes de inocentes. Queremos assegurar aos nossos irmãos cristãos, mas também aos de outro credo, que nós não os esquecemos. Que assumimos o compromisso cotidiano de oferecer e rezar ao Onipotente para que cesse a violência, que abra-se o diálogo entre as partes envolvidas e tenha-se a “coragem da paz”. Para aqueles que desejam ajudar: Associazione “Azione per un Mondo Unito – Onlus” Via Frascati, 342 – 00040 Rocca di Papa (Roma, Italy) c/c bancario n. 120434 Banca Popolare Etica – Filiale di Roma codice IBAN: IT16 G050 1803 2000 0000 0120 434 codice SWIFT/BIC: CCRTIT2184D Motivo: Emergência Oriente Médio Para os doadores europeus existe a possibilidade de dedução/imposto. Para aqueles que desejam ajudar os cristãos do Iraque: IBAN JO09 ARAB 1110 0000 0011 1210 9985 98 Account: 0111 210998 0 598 Swiftcode: ARABJOAX100 Motivo: ajudar os cristãos no Iraque ARAB Bank – Amman branch Amman – Jordan 2014_07_banner_gaza_1

Evangelho vivido: a resposta de Deus

Evangelho vivido: a resposta de Deus

Gravidez e trabalho 2014_07_gravidanzaDiante da notícia que eu esperava uma criança, não obstante as promessas recebidas, a empresa onde trabalhava não estava mais disposta a dar-me licenças, indenizações, garantias para o futuro. Assim fui obrigada a pedir demissão. Nesse momento um amigo ofereceu-me um lugar em seu escritório profissional. Seria uma admissão fictícia, eu não iria trabalhar, mas teria reconhecidos os meus direitos de mãe trabalhadora. Eu já estava preparando os documentos quando a minha consciência se rebelou: saindo da legalidade eu estaria organizando um furto contra o Estado, mas eu queria ser uma mãe honesta para o filho que esperava. Rejeitei a proposta, enfrentando a opinião contrária dos meus parentes. Eles mesmos, porém, alguns dias depois, ficaram impressionados de como Deus respondeu com a sua providência: um novo curso profissional para o meu marido, berço, carrinho e roupas para o bebê e um trabalho novo para mim. M. L. – Itália A tábua de passar roupa Há pouco tempo meu filho foi morar sozinho. Ele vem sempre me visitar e um dia, vendo que eu passava roupa, disse: «Sabe de uma coisa? Está me faltando justamente uma tábua de passar». Não pensei muito tempo e já ofereci a minha. Ele foi embora contente, mas eu fiquei ainda mais feliz, porque tinha dado algo que realmente ele precisava. Dois dias depois uma amiga me fez a pergunta: «Você precisa de uma tábua de passar? No meu depósito há uma que não uso mais». Fiquei sem palavras! Aquela era até mais cômoda do que a que eu havia doado. R. B. – Suíça Um colega de escola Um dia um meu colega de classe começou a jogar os livros e cadernos para cima, imprecando contra Deus: «Por que não estás aqui quando eu preciso? O que ficas fazendo lá em cima?». Eu não entendia a sua atitude até que fiquei sabendo que sua mãe devia ser operada de um câncer. Fiquei ao lado dele, partilhando este grande sofrimento, e no final pedimos juntos, para Jesus, que a cirurgia fosse bem sucedida. Os nossos outros colegas também rezaram. A classe parecia transformada porque esse fato nos havia tornado mais unidos. A cirurgia teve sucesso e todos nós agradecemos a Deus. J. S. – Alemanha Trabalho de tradução 2014_07_interpreteEu precisava de dinheiro e tinha conseguido encontrar um trabalho de traduções. Uma amiga me contou que estava passando um momento de dificuldade financeira e eu, então, ofereci a ela dividir o trabalho que estava fazendo. No mesmo dia recebi uma proposta de outro trabalho, que me daria o dobro do valor que havia partilhado com a minha amiga. E. M. – Açores

Assembleia dos Focolares: a palavra chave é “participação”

Assembleia dos Focolares: a palavra chave é “participação”

2014_07_camerun_mariapoli«Por que nos foi pedida esta contribuição? A primeira reação do meu povo foi a surpresa – conta Patience Lobe, dos Camarões -. Depois, entrou em ação esta dimensão da nossa cultura: quando é a comunidade que pede é preciso dar uma resposta, enfrentando as questões antes de tudo em família. Desse modo, as respostas enviadas à comissão eram resultado de uma reflexão comum, não tanto expressão de um indivíduo». Patience é um dos 20 membros da comissão que reuniu e organizou reflexões, análises e balanços das comunidades dos Focolares, de todo o mundo. São 3050 as intervenções enviadas, e mais de 600 às destinadas ao documento dos jovens dos Focolares. Representam um tesouro precioso e mostram o vasto envolvimento e participação no processo de preparação da Assembleia geral, que é convocada a cada seis anos. Emergiu uma “fotografia” dos Focolares em suas diferentes expressões geográficas e especificidades de vocações e gerações, com seus desafios, esperanças, criticidades, gratidão, alegria pelo caminho percorrido, e com aspirações e propostas na luz do carisma da unidade. «No início deste trabalho, pensávamos na Assembleia como o momento para eleger os novos responsáveis do Movimento», explica Bill Neu, dos Estados Unidos. «Depois percebemos a importância dela para acolher as instâncias que chegam de todo o Movimento e enfrentá-las». 2014_07 Padre Egidio CanilPara o padre Egidio Canil, franciscano conventual de Assis (Itália), além disso, «tendo experiência de outros capítulos, assembleias, sínodos eclesiais, religiosos, posso dizer que o “método” de Jesus em meio (Mt 18,20 “Onde dois ou três estão reunidos em meu nome eu estou no meio deles”, ndr) é um método original e novo, novíssimo, na Igreja e também na sociedade. Significa colocar Jesus presente entre os membros de uma assembleia antes de proceder. De modo que seja Deus, presente entre eles unidos no nome de Jesus, que torne presente o Espírito Santo, para guiar os trabalhos e produzir, para toda a Obra, frutos a altura do projeto de Deus. O carisma da unidade é onde se apoia o Movimento dos Focolares, que de outra maneira não poderia agir». E Giuliana Taliana, focolarina  que está há 33 anos na Índia: «Encontramo-nos com as várias comunidades para realizar este trabalho e imediatamente houve uma grande adesão em exprimir a própria ideia. Constatei o amor por esta Obra, um chamado de autenticidade para viver melhor – com um retorno às raízes – pela finalidade pela qual ela nasceu, pelo mundo». Pablo Loyola, voluntário da Argentina, afirma: «No início havia muitas dúvidas sobre como proceder. Como este trabalho seria recebido? Fazendo uma síntese vemos que o resultado vai além das expectativas. Posso dizer que todas as vozes são escutadas. Eu tento levar a voz da América de língua espanhola, que represento. Agora, o desafio é que esse trabalho de envolvimento continue». Objetivo e augúrio para quem participará dos trabalhos: colocar-se na escuta daquilo que veio à tona, para compreender juntos como continuar o caminho do “povo dos focolares” nos próximos anos. E ao aproximar-se da Assembleia, no dia 7 de julho passado, a presidente Maria Voce escreveu, em uma carta a todos os membros dos Focolares: «Enquanto entrego completamente o mandato ao Espírito Santo, na expectativa de descobrir o que Ele desejará indicar-nos, desejo partilhar com vocês os três sentimentos que dominam a minha alma neste momento: gratidão, alegria, novo ardor». Uma comunhão profunda, com o desejo declarado de «multiplicar tais sentimentos de gratidão, alegria e empenho, e fazer com que partamos novamente, todos juntos e ninguém excluído, nesta extraordinária aventura».

USA, cristãos e muçulmanos a caminho

USA, cristãos e muçulmanos a caminho

20140616-02«Após anos de intensa colaboração e conhecimento recíproco com os nossos amigos muçulmanos da mesquita de Harlem – escrevem alguns membros da comunidade dos Focolares de Nova Iorque – no dia 29 de maio passado realizamos o encontro conhecido como “Our Journey towards the Excellence of the Human Family” (ndr, “A nossa viagem rumo a uma nova humanidade”)». Antes de contar aos 200 participantes a história do caminho feito em todos estes anos, os jovens muçulmanos e os do Movimento dos Focolares recitaram o pacto de respeito, fraternidade e amor mútuo, que está na base desta trajetória comum. «Foi potente – conta Lumi – ver a convicção desses jovens, que assumiam com responsabilidade e seriedade o mandato de construir a fraternidade universal, remetendo-se ao pacto feito entre Chiara Lubich e W. D. Mohammed». Foi em maio de 1997 que abriu-se, nos Estados Unidos, uma nova página nas relações entre cristãos e muçulmanos. Chiara Lubich, mulher cristã, fora convidada pelo Imã W. D. Mohammed, líder carismático de muçulmanos afro-americanos, a dirigir a sua mensagem aos fieis reunidos na mesquita de Malcom X, no Harlem. Na conclusão daquele dia especial, o Imã afirmou: “Hoje, aqui em Harlem, Nova Iorque, foi escrita uma página de história”. Foi então que os dois líderes firmaram aquele pacto de fraternidade. 20140616-01Enquanto eram projetadas as imagens desse caminho, para alguém foi como “reviver a potência daquele extraordinário encontro de 1997 na minha mesquita. O meu desejo é que juntos mantenhamos acesa esta chama que pode iluminar muitos…”. Para outros foi uma descoberta conhecer as origens, e também o desenvolvimento, dessa original experiência de fraternidade entre afro-americanos muçulmanos e cristãos americanos. As expressões dos participantes falam por si só: “Tocou-me a atmosfera de família e de reconciliação entre alguns muçulmanos de comunidades diferentes”. “Devemos continuar a trabalhar juntos, porque este não é um relacionamento superficial e abre à esperança”. “Tivemos a clara impressão de que as palavras de Chiara e do Imã estavam mais vivas do que nunca, profecia de um milagre que continua!”. O padre McWeeney, diretor do diálogo inter-religioso da arquidiocese de Nova Iorque, transmitindo a saudação do cardeal Dolan, salientou que Chiara Lubich e o Imã W. D. fizeram aquele pacto “para sempre”, convidando a transmitir essa experiência aos jovens. Atualmente, nos Estados Unidos, estão envolvidas mais de 40 mesquitas e comunidades dos Focolares, que desenvolvem com regularidade encontros de comunidades cristãs e muçulmanas, com brancos e negros, que miram construir a fraternidade. Um espírito de fraternidade que torna-se concreto em várias iniciativas em favor da própria cidade e bairro.

O que é o Collegamento CH?

O que é o Collegamento CH?

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dev.focolare.org/collegamentoch

«O Collegamento CH. Uma família no mundo. Conectada». Este é o anúncio que apresenta na web o Collegamento, uma das características originais dos Focolares no aspecto da comunicação. A explicação é a esta: Quando. Nasceu em 1980. Era o dia 11 de agosto, festa de Santa Clara de Assis. Naquela ocasião, Chiara Lubich estava na Suíça com algumas pessoas que festejavam o seu onomástico: era uma festa de família e criou-se uma comunhão profunda. Quem. Nos dias seguintes, da casa da própria Chiara, ativou-se uma cadeia de telefonemas, para alimentar a realidade vivida por aquele grupo, de ser uma única família. Comunicavam-se as notícias que chegavam das comunidades dos Focolares nos vários países do mundo. Chiara propôs àquele grupo de pessoas um pensamento espiritual para que, todos juntos, vivessem com maior intensidade, a espiritualidade da unidade. Como. Naqueles dias, descobriu-se, na Suíça (CH), a existência do serviço de “conferência telefônica coletiva” e imediatamente começou-se a utilizá-lo. Nas semanas seguintes, esta ligação estendeu-se a outras nações, até alcançar todos os países onde os Focolares estão presentes. 20140614-01Porque. Com o passar do tempo e com rápido progresso das telecomunicações, passou-se da conferência telefônica ao streaming e ao satélite, porque, afirmava Chiara, “uma Obra que tem como ideal a unidade”, uma família “que já está espalhada em todo o planeta” deve partilhar “entre todos, com os meios mais rápidos e adequados”,  “alegrias, sofrimentos, esperanças, projetos”, experimentar “o amor que vai e que volta”, para fazer juntos a viagem, “a santa viagem” da vida. Por um mundo unido. Faz-se a experiência forte e alegre da “unidade e da universalidade” que liga centenas de milhares de pessoas, espalhadas nos cinco continentes, orientadas à fraternidade universal.