Movimento dos Focolares
Emergência Filipinas

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Leggi anche: Filippine dopo il tifone (Città Nuova online)
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Venezuela: o restaurante popular de Dominga

Venezuela: o restaurante popular de Dominga

Dominga, uma voluntária do Movimento dos Focolares em Valencia (Venezuela), há muitos anos administra um restaurante popular para os idosos do bairro onde mora. Esta iniciativa nasceu com a intenção de que as pessoas da terceira idade que se encontram na pobreza possam ter uma alimentação adequada em um ambiente acolhedor. Os idosos chegam já de manhã e podem conversar, jogar dominó ou assistir televisão, mas, sobretudo, eles encontram um ambiente no qual recebem cuidados com muita atenção.

Dominga se ocupa atenciosamente dos idosos que frequentam o restaurante e quando algum deles deixa de frequentá-lo, ela vai visitá-los e, frequentemente, os encontra em situação de abandono e sem possibilidades de locomover-se.

Ultimamente, por conta do atraso no recebimento dos gêneros alimentícios para preparar as refeições, os idosos queriam organizar-se para promover um protesto na sede do governo regional, para demonstrar que, naquele restaurante, eles não recebem somente alimento, mas são acolhidos e amados pessoalmente.

Neste ínterim, foi nomeada uma nova coordenadora para os restaurantes populares. Assim que assumiu a função ela cancelou alguns idosos da lista dos beneficiados do restaurante, afirmando que, quando havia feito a sua inspeção eles não estavam presentes e que, portanto, pagava-se por pessoas que não recebem o serviço.

Dominga, impulsionada pelo amor àquelas pessoas, explicou com firmeza que os idosos os quais se tinha a intenção de retirar a prestação do serviço eram justamente os mais fracos e mais necessitados, justamente porque têm graves problemas de saúde e que ela mesma se incumbia de enviar as refeições às respectivas casas por meio dos familiares deles.

A lista da coordenadora serviria também para incluir aquelas mesmas pessoas em uma nova aposentadoria do governo federal e, portanto, excluí-los poderia significar uma grave injustiça.

Em outra ocasião um indigente chegou ao restaurante e queria receber uma refeição. Naturalmente as refeições são oferecidas somente a quem está registrado, mas, Dominga, não queria fechar a porta àquela pessoa. De fato, ela aprendera de Chiara Lubich e das suas primeiras companheiras, que Jesus está presente em cada pobre. E assim o recebeu na própria casa, onde ele tomou banho, recebeu roupas limpas e, depois, Dominga lhe ofereceu a refeição.

Ela ainda nos conta: “Um dia começou uma briga entre dois senhores e eu procurava acalmá-los, mas, sem êxito. Lembrei-me então de uma frase que ouvira na igreja: ‘Onde existe paz e amor Deus está presente!”. Eu a disse e eles imediatamente fizeram silêncio e se acalmaram!”.

Nestas últimas semanas surgiram dificuldades com os documentos para a declaração do Imposto de Renda que o restaurante, sendo uma associação sem fins lucrativos, deve apresentar. O processo não é muito simples. Recentemente, uma pessoa de boa vontade, sabendo que os idosos são bem tratados naquele restaurante, ofereceu-se para ajudar no complexo trabalho destes documentos, todas as vezes que Dominga precisar.

Jesus Abandonado, luz para a teologia

Jesus Abandonado, luz para a teologia

Em Cápua, perto de Nápoles, no dia 25 de novembro, Maria Voce fez a Lectio Magistralis para a inauguração do Ano Acadêmico do Instituto Superior de Ciências Religiosas “San Roberto Bellarmino” da cidade de Cápua. Expôs um dos pontos fundamentais da espiritualidade da unidade Jesus Abandonado, luz para a teologia”, diante de Bispos de várias dioceses da região da  Campanha. A presidente dos Focolares traçou “os aspectos salientes”, já que – ela mesma afirmou  – “em breve tempo não se pode esgotar toda a riqueza da doutrina contida sobre este assunto na espiritualidade de Chiara Lubich”. Transcrevemos uma parte da Lectio:

«Gostaria de partir de um trecho de uma carta que Chiara escreveu a uma amiga ainda no distante ano de 1946. Trecho emblemático, onde se lê:

“Veja […]eu sou uma alma que passa por este mundo.

Vi tantas coisas belas e boas e sempre fui atraída somente por elas.

Um dia (dia indefinido) vi uma luz. Pareceu-me mais bela do que as outras coisas belas e a segui. Percebi que era a Verdade.”

Jesus na cruz. Veio à Terra para reconduzir todos os homens (que se tinham afastado de Deus com o pecado) à plena comunhão com Ele, para tomar sobre si cada aspecto negativo do homem: os seus sofrimentos, as suas angústias, o seu desespero, os seus tormentos, os seus pecados…, tornando-se Ele mesmo, que era o Inocente, semelhante ao homem pecador. “Para transmitir ao homem o rosto do Pai, Jesus teve não apenas de assumir o rosto do homem, mas de tomar inclusivamente o ‘rosto’ do pecado”, diz João Paulo II.

Estamos no início do Movimento, em 1944, ainda em plena guerra mundial. Numa circunstância especial um sacerdote disse a Chiara que, na sua opinião, a maior dor de Jesus foi  quando na cruz gritou: “Meu Deus, meu Deus por que me abandonaste?” (Mt 27, 46). Chiara imediatamente conclui: se foi o vértice da sua dor, foi certamente o vértice do seu amor por nós. Desde então se sente chamada a ser, junto com as suas primeiras companheiras e com todos aqueles que teriam seguido o seu Ideal, a “resposta de amor” àquele grito.

Jesus abandonado se manifesta a ela como “a viva demonstração do amor de Deus aqui na Terra”.

Isso é bem evidenciado em um conhecido “canto” de louvor e de gratidão dedicado a Jesus  Abandonado, que jorrou espontâneo do seu coração:

Para que tivéssemos a Luz, veio-te a faltar a vista.

Para que tivéssemos a união, sentiste a separação do Pai.

Para que possuíssemos a Sabedoria, fizeste-te “ignorância”.

Para que nos revestíssemos da inocência, fizeste-te “pecado ”

Para que tivéssemos a esperança, quase te desesperaste…

Para que Deus estivesse em nós, sentiste-o longe de ti.

Para que o Céu fosse nosso, tu experimentaste o Inferno.

Para dar-nos uma jubilosa permanência na Terra, entre cem irmãos e mais, foste expulso do Céu e da Terra, pelos homens e pelas mulheres.

És Deus, és meu Deus, o nosso Deus de amor infinito”.

Por este amor infinito que Jesus teve pelos homens no abandono na cruz, todos os nossos sofrimentos se transformaram, todo vazio se preencheu, todo pecado foi cancelado. A nossa distância de Deus foi anulada pela união reencontrada com Ele e entre nós.

Em Jesus Abandonado se encontra a chave para penetrar e responder ao mistério mais profundo que envolve a vida do homem e da humanidade inteira: o mistério da dor, do sofrimento.

Este é um grande mistério, que toca profundamente o coração de Chiara:

“Jesus na terra… – escreve com palpável emoção – Jesus nosso irmão… Jesus que morre por nós entre ladrões: Ele, o Filho de Deus, nivelado aos outros. ‘(…) Se vieste entre nós, foi porque nossa fraqueza te atraiu, nossa miséria te despertou a compaixão’. Não há na terra nem mãe, nem pai que espere um filho perdido e tudo faça para que ele volte, tanto quanto o Pai celeste”.

Do mistério vivido por Jesus na cruz, Chiara vê difundir-se uma luz capaz de iluminar e dar sentido a cada experiência de sofrimento e de abandono vivida pelos homens. E fala sobre isso com simplicidade, confiando que a partir do momento em que Jesus Abandonado se manifestou a ela, teve a impressão de descobri-lo em todos os lugares:

“Ele, o seu semblante, o seu misterioso grito, pareceram colorir cada instante doloroso da nossa vida”.

“As trevas, a sensação de fracasso, a aridez desapareciam – escreve Chiara -. E começava-se a entender como é dinamicamente divina a vida cristã, que não conhece tédio, cruz, sofrimento, senão de passagem, e nos faz saborear a plenitude da vida, isto é, a ressurreição, a luz, a esperança, mesmo entre as tribulações”».

Burkina Faso: “Festival dos Jovens”

Burkina Faso: “Festival dos Jovens”

“No momento de iniciar o ‘Festival dos Jovens’, no grande anfiteatro de Bobo-Dioulasso, moderno e muito bonito, faltou energia elétrica… e estavam presentes quatrocentas e vinte pessoas!” Assim começa a narrativa do aventuroso início da alegre manifestação do dia 19 de outubro passado, organizada pelos Jovens pelo Mundo Unido do Burkina Faso.

O motivo: na cidade o fornecimento da energia elétrica é distribuído por setores e exatamente aquela era a hora do black out no setor onde aconteceria o espetáculo. Os jovens continuam a nos contar: “Quando nos demos conta disso fomos imediatamente à sede da Empresa que regula a distribuição da energia elétrica no país e, para a nossa alegria, aceitaram logo a mudança de turno evitando que faltasse eletricidade durante todo o evento”.

Omar, muçulmano, um dos Jovens por um Mundo Unido disse: “Foi magnífico o período de preparação do Festival, quatro meses de trabalho realizado juntos, indo além das nossas diferenças, todas as vezes que nos encontrávamos!”.

E, finalmente, chegou o dia do evento. “A surpresa começou já de manhã na entrevista coletiva – explica Liberata – nos encontramos com cerca cento e cinquenta pessoas, entre as quais o vigário geral, o vice-prefeito de um dos Cantões de  Bobo-Dioulasso e a rádio e televisão que fizeram a cobertura”. E continua: “Também foi uma surpresa os quatrocentos e vinte participantes do evento porque, mesmo no show de alguém conhecido, quase nunca se atinge este número”.

Entre os jovens havia muçulmanos, membros da Comunidade de Santo Egídio, cristãos de diversas Igrejas e representantes das religiões tradicionais. O Vigário Episcopal, o vice-prefeito, o representante do governador, o pastor Presidente da Associação das Igrejas Protestantes e dos templos das Assembléias de Deus também estavam presentes.

“Criou-se logo um diálogo entre os apresentadores e o público, uma atmosfera familiar, também por meio das experiências contadas pelos Jovens por um Mundo Unido”, diz Richard. E acrescenta: “Lemos a mensagem de Maria Voce que nos convidava a difundir ao nosso redor a cultura da paz e da unidade, para que o amor triunfe sobre o ódio e para que terminem as guerras. As suas palavras foram acolhidas com muita atenção pelos jovens presentes”.

O programa era composto por canções, danças e coreografias realizadas, além dos Jovens por um Mundo Unido, pelo grupo artístico “Titiama” e pelos jovens protestantes. Madame Toussy, uma cantora famosa do Burkina Faso, cantou a música intitulada “Amemo-nos”, e um cantor do Togo apresentou uma música de sua autoria sobre a paz.

>Um senhor muçulmano, filho de um imã, ex-presidente das comunidades muçulmanas do Burkina Faso, fez um discurso comovente. Ele encorajou os presentes a não se deixarem vencer pelas dificuldades que podem surgir nas relações entre cristãos e muçulmanos. E concluiu dizendo que “o Movimento dos Focolares é uma corrente de amor sem proselitismo, ao contrário, deseja criar o mundo da fraternidade.”

Um dos pastores presentes afirmou: “Encontro-me diante de algo que supera todas as minhas expectativas: eu não imaginava que esse evento fosse deste porte, se soubesse teria convidado todos os jovens da minha Igreja”. De fato, os participantes partiram levando a alegria, desejosos de levar adiante o ideal da fraternidade que conduz à paz e à unidade. “Trabalhando juntos nos demos conta de que esta fraternidade é demasiadamente bela e não pode permanecer somente entre nós”, afirmou um jovem da Comunidade de Santo Egídio.

A rede nacional de televisão transmitiu, repetidas vezes, uma parte do evento durante o telejornal e por dois dias seguidos a rádio transmitiu algumas músicas do concerto.

“Agora queremos nos empenhar na continuidade da colaboração e diálogo entre nós, nesta atmosfera de abertura recíproca. E, para o próximo evento, queremos lotar o estádio!”, concluem, com entusiasmo, os Jovens por um Mundo Unido.

Gen Verde estreia o show “Start Now!”

Gen Verde estreia o show “Start Now!”

“O show é comunicativo, direto, cheio de alegria e energia, se veem pessoas felizes e que têm entre si um verdadeiro relacionamento de amor recíproco”. “Uma performance leve, espontânea, com qualidades notáveis de vozes e instrumentos. Um ritmo e dinâmica que nos deixam sem fôlego”. “O espetáculo me transformou sem que me desse conta. Quando terminou eu estava diferente”. São algumas impressões do público logo após o fim do concerto “inaugural” da mais recente criação do grupo musical Gen Verde.

“START NOW” foi lançado dia 11 de outubro passado, com a presença de 300 delegados dos Focolares, do mundo inteiro, no “Teatro Estável do Gen Verde”, na Mariápolis permanente Loppiano, quando a banda subiu ao palco acompanhada por 67 jovens, também eles provenientes de vários países.

Durante a preparação, com três dias de workshops de canto, dança, teatro e música, os participantes do projeto foram encorajados a desenvolver os próprios talentos e a descobrir novos. Num processo criativo no qual o respeito e a transparência são a norma, as artistas do Gen Verde e os que participaram dos workshops trabalharam lado a lado, como membros do mesmo time, concluindo o programa com o concerto que tem características de performance pop-up.

“Os objetivos educativos do projeto – explica o Gen Verde – são a promoção das artes como catalisadoras da educação à paz, da valorização das diversidades culturais, do diálogo intercultural, dos direitos e da dignidade da pessoa, de relações interpessoais que incentivem o desenvolvimento humano”.

Para alcançar esses objetivos são realizados workshops artísticos multidisciplinares. “Esta é uma metodologia pedagógica baseada numa abordagem experiencial, na qual os participantes dos workshops partilham o crescimento do grupo trabalhando não só como alunos, mas como coprotagonistas no palco, junto conosco”, afirmam as artistas.

“Antes eu pensava que para recitar era preciso ser egocêntrico – comentou um dos jovens envolvidos -. Agora entendi que estar no palco não é pensar em mim, mas nos outros”. “Enquanto estávamos no palco – completou uma jovem – sentia que não havia diferença entre nós e o Gen Verde”.

A iniciativa quer dar a possibilidade de descobrir a arte como linguagem universal, que transcende qualquer tipo de barreira, partilhando competências que podem ser aplicadas na vida de todos os dias, além do campo artístico.

START NOW é pensado para escolas, universidades, encontros e grupos de jovens, capaz de adequar-se segundo as condições de idade e de experiência artística dos participantes.