Fev 7, 2013 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Gabriel de Almeida tem 25 anos. Nasceu no Rio de Janeiro, uma metrópole brasileira ativa e dinâmica: será sede da próxima Jornada Mundial da Juventude e, em 2014 da Copa do Mundo de Futebol. E da grande cidade do Rio, Gabriel trouxe ao Instituto Universitário Sophia (IUS) a vivacidade e o impulso para o futuro do povo carioca. O itinerário de estudos que conclui apresenta vários pontos de interesse. Porque você se inscreveu no IUS? « Depois de formar-me em Relações Internacionais, sentia a necessidade de fazer um passo além dos confins da teoria política e de explorar o horizonte do humanismo. Depois dos quatro anos e meio de universidade, encontrava-me … com grande sede: procurava onde e como responder as minhas perguntas. As histórias dos meus amigos que já tinham feito Sophia me fizeram intuir que o IUS poderia ser o lugar justo.» Porque escolheu a especialização em Ontologia Trinitaria, você que tinha estudado politica? Qual relacionamento há entre os dois percursos? « Cheguei a Sophia pensando em seguir a especialização em política; era uma escolha natural. Mas depois de alguns meses vieram à gala duas novas impressões. A primeira era a da surpresa: a maravilha de conhecer Jesus, de modo tão pessoal, sobretudo frequentando o curso do Evangelho de Marcos. A segunda: uma nova compreensão sobre mim, amadurecida no seminário sobre temas teológicos; sentia a capacidade de aproximar-me do pensamento de Jesus, daquilo que Paulo chama o “noûs christos”. Não com alguma ambição de conhecer o sentido de tudo, de possuir a lógica do real, ma a descoberta de um lugar completamente humano para ler o mundo e seus desafios, respeitando suas linguagens e razões.» Está inscrito para o segundo ano: já está preparando a tese? « Sim. Já tenho o tema, a fenomenologia do estrangeiro. Podemos dizer que é um argumento de grande impacto na política, mas que quero analisar a partir dos seus fundamentos filosóficos. Encontro-me de novo com a política, mas meu olhar será diferente, porque tratarei dos fluxos imigratórios que atravessam nossas sociedades fazendo emergir, de um “lugar” de conhecimento que se inspira nas razões do Amor, novas declinações políticas e culturais.» Está no IUS há quase dois anos: como definiria este tempo que está vivendo? «Eu quero continuar a usar a metáfora do “lugar”. Sophia é primeiro de tudo um lugar da onde olhar … as mil e variadas realidades humanas a partir da fraternidade, de uma ideia profundamente inovada de sociabilidade. Além disso, Sophia está dando-me instrumentos não só para refletir, mas agir concretamente tendo ao centro a pessoa em toda a riqueza de suas relações. Sei que infinitos momentos de “surpresa” ainda esperam-me, aquela surpresa filosófica que antecipa e desvela o conhecimento, e junto aos outros estudantes e toda a comunidade do IUS sinto-me mais que nunca em caminho». Fonte: Istituto Universitário Sophia
Fev 2, 2013 | Focolare Worldwide, Senza categoria
O Sínodo para a nova evangelização foi concluído há três meses. Uma experiência colegial universal, a partir da qual deve-se ver e enfrentar os desafios que o mundo contemporâneo coloca diante do testemunho e do anúncio do Evangelho. São nítidos os frutos e o estímulo provenientes daquele momento nos 32 bispos amigos do Movimento dos Focolares que reuniram-se em Roma, de 29 a 31 de janeiro. Na audiência geral de quarta-feira, dia 30, receberam “a especial saudação” e o encorajamento de Bento XVI. As suas palavras tocaram a alma dos bispos, ao assegurar-lhes “a minha oração”, auspiciando que “o carisma da unidade, por vós particularmente apreciado, possa sustentar-vos e animar-vos em vosso ministério apostólico”. E, como nos encontros de família, também nessa ocasião seguiu-se o seu cumprimento pessoal a cada um e uma alegre foto de grupo, saudação que o Papa desejou estender aos bispos que “participarão dos encontros organizados em várias regiões do mundo”.
Este ano, de fato, o tradicional encontro do início do ano será multiplicado em outras cidades, entre as quais Melbourne (Austrália), Beirute (Líbano), Seul (Coréia do Sul), Buéa (Camarões), Ambatondrazaca (Madagascar), Nova Iorque (Estados Unidos), São Paulo (Brasil), Berlim (Alemanha), ocasiões de reencontro entre os bispos de nações próximas e de respostas às exigências das Igrejas locais.
Por esse motivo, no encontro de Roma estavam presentes sobretudo europeus, principalmente da Itália, com representantes da Espanha, Luxemburgo, Alemanha, Polônia, República Tcheca, Eslovênia, República da Moldávia. Muito significativa a presença de dois bispos do Oriente Médio que fizeram alargarem-se as orações sobre aquela parte sofredora do mundo.
Três dias permeados pela espiritualidade da unidade, reflexões e testemunhos, inseridos na atualidade do Movimento dos Focolares, que é a mesma da Igreja. Ano da Fé e amor a Jesus no irmão; nova evangelização e desafios do continente europeu; 50º aniversário do Concílio Vaticano II e dimensão profética do carisma da unidade. A este propósito foi muito significativa a análise do secretário geral do Sínodo dos Bipos, D. Nikola Eterovic, que aprofundou a consciência da crise no Velho Continente e a exigência de encontrar novos caminhos para a transmissão da fé. Uma resposta foi dada por meio dos frutos do compromisso evangélico das comunidades do Movimento presentes na Europa. Outra reflexão que enriqueceu o intercâmbio recíproco foi a do teólogo pe. Hubertus Blaumeiser sobre a Igreja na transição da perspectiva do seu dever ser “sacramento da unidade”, como emerge do Concílio Vaticano II.
Agradou muito aos bispos a vinda de um grupo de jovens que trouxe a onda de esperança e coragem que caracterizaram o Genfest de Budapeste: “algo inusitado, porque normalmente são os jovens que escutam os bispos, enquanto aqui eles quiseram escutar-nos”. Outro depoimento que suscitou interesse, no âmbito da nova evangelização, foi o do grupo musical Gen Rosso e a incidência do trabalho deles com adolescentes, em escolas de vários países.
Inéditas nesse encontro foram as entrevistas concedidas pelos bispos a jornalistas de vários veículos de comunicação. D. Anton Cosa, bispo de Chisinau, na República da Moldávia, respondeu à Rádio Vaticana sobre o significado da reflexão central da programação, o tema do amor a Jesus no irmão, aprofundado este ano pelo Movimento dos Focolares: “Entendi que não existe outro caminho para evangelizar, para criar pontes e oferecer esperança. Viver ao lado do irmão que o Senhor coloca ao nosso lado é um desafio, mas cada irmão que você encontra, que escuta, é um modo para viver o Evangelho, é um ato de fé. É o que nos pede também esse Ano da Fé, fazer crescer a nossa fé, mas sem caridade não existe fé. Antes devemos acreditar que Ele nos amou e depois dar o passo que nos cabe. Eu, como bispo, não poderia servir a Igreja nem cumprir o meu ministério se não trilhando este caminho: o caminho do irmão”.
Jan 29, 2013 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Se existe uma característica indiscutível dos jovens australianos, esta é a espontaneidade. Foi o que levou os representantes das novas gerações presentes no meeting dos Focolares de Melbourne, por ocasião da visita de Maria Voce e Giancarlo Faletti, a receberem os dois convidados numa roda, dançando ao ritmo da sua música. Havia só duas cadeiras postas em cima de um tapete, no centro de uma conferência imaginária, muita vontade de se movimentarem e, sobretudo, de comunicarem. Vestiam t-shirts (apesar do frio “do verão”) pretas ou muito coloridas, com os cortes de cabelos mais originais, piercings, tatuagens e os pés descalços.
Relataram as suas aventuras, positivas ou menos positivas, a busca da felicidade e de uma vida verdadeira, entre as amizades que desiludem e outras que preenchem o coração. Também dirigiram-se aos dois convidados com perguntas sinceras e exigentes: sobre o significado do sofrimento, a necessidade de não perder o contato com aqueles que procuram seguir a mesma espiritualidade, a diferença de visão com os adultos.
Uma interrogação parecia transparecer por trás de todas as perguntas: como conseguir ouvir a voz de Jesus? Maria Voce explica: «Não sei aquilo que Jesus lhes diz, mas posso garantir que ouvir a sua voz é a coisa mais inteligente que podem fazer». Todos aplaudem. «Jesus – continua – quer coisas grandes para nós. Na criação, quando criou cada um, Deus disse uma Palavra. Ele poderia fazer o mesmo também agora, mas quis vir com o Seu Filho à Terra para que todos colaborem com Ele. E é deste modo que Jesus fala com cada um. Mas a sua voz é sutil e muitos rumores a cobrem, nos destroem e nos deixam inertes».
O caminho é este: «Se nós amamos, o amor se torna o alto-falante desta voz. Quanto mais amamos, mais conseguimos ouvir. Talvez possa parecer que esta voz peça coisas muito grandes, mas devemos ter a coragem, e ele mesmo nos ajudará a realizar aquilo que pede. Assim a nossa vida será maravilhosa».
A um jovem que lhe pergunta qual a sua impressão ao encontrar os jovens nas suas viagens pelo mundo, responde que se sente realmente confortada, porque «onde quer que estejam os jovens que vivem o mesmo ideal de Chiara Lubich, mesmo que não tenham ainda desabrochado completamente as suas potencialidades, têm aquela força, aquela esperança e aquela vida que mais cedo ou mais tarde explodirá».
E conclui: «Por isso, feliz Austrália, feliz Nova Zelândia, felizes ilhas do Pacífico! E como fazer explodir estas potencialidades? By loving, amando farão coisas grandes. E nós iremos atrás de vocês!».
de Michele Zanzucchi, enviado
Dez 31, 2012 | Senza categoria
«Vivemos num tempo em que se vê uma “guinada epocal”, uma gestação atribulada de um mundo novo. Mas é necessário um princípio vital: o amor.
(…) O amor – foi o que constatei cada vez mais, em contato com membros e grupos de religiões, etnias e culturas diferentes – está inscrito no DNA de cada ser humano. É a força mais potente, fecunda e segura que pode unir a humanidade inteira. Mas requer uma mudança radical naquilo que sentimos, pensamos, escolhemos.
De resto, houve uma sensibilização geral na vida internacional sobre a necessidade de dar uma nova interpretação ao sentido da reciprocidade, um dos pontos fundamentais dos relacionamentos internacionais.
Na época atual, cada povo deve ultrapassar a própria fronteira e olhar além, a ponto de amar a pátria alheia como a própria.
Reciprocidade entre os povos, significa superação de antigas e novas lógicas de organização e de lucro, estabelecendo, ao invés, um relacionamento com todos, inspirado na iniciativa livre de condicionamentos e interesses, porque se considera o outro como a si mesmo, parte da nossa mesma humanidade, e se projeta, segundo esta linha: desarmamento, desenvolvimento, cooperação.
Surgirá uma reciprocidade capaz de fazer com que cada povo, inclusive o mais pobre, seja protagonista na vida internacional, partilhando a sua pobreza e as suas riquezas. Não somente nas emergências, mas na vida quotidiana. Identidade e potencialidade serão desenvolvidas justamente quando colocadas a disposição dos outros povos, no respeito e no intercâmbio recíproco.
Aí sim, se nós, indivíduos e governantes, fizermos a nossa parte, poderemos sonhar em formar uma única comunidade planetária.
Utopia? O primeiro a lançar a globalização foi Jesus, quando disse: “Que todos sejam um”. Não só: ele nos fez capazes de viver aquele amor que tem a força de compor a família humana na unidade e na diversidade.
Basta abrir os olhos: estão espalhados pelo mundo muitos “laboratórios” desta “humanidade nova”. Será que chegou a hora de projetá-los em escala mundial?»
Chiara Lubich
(Extraído de “Il pianeta al bivio”, publicado em Città Nuova, 13 de julho de 2001)
Dez 31, 2012 | Focolare Worldwide, Senza categoria
Da Síria (Aleppo): «…Continua a faltar gasolina e só a encontramos a preços exorbitantes, assim como as botijas de gás (5.500 LS em comparação com os 400 LS de março), a eletricidade está cortada há muitos dias e isto, entre outras coisas, faz com que a cidade, depois do por do sol, fique numa escuridão assustadora. O pão torna-se escasso e só o podemos comprar – depois de muitas horas numa fila – pagando 250 LS por pacote (em março o preço era 20 LS). O exército procura fornecê-lo, mas não é suficiente para todas as necessidades. As escolas que não estão destinadas ao acolhimento dos refugiados continuam as aulas, mas a falta de eletricidade torna o estudo difícil e muito cansativo (até as velas já são escassas). Alguns de nós começam a ficar doentes por causa do frio e, muitas vezes, não têm os medicamentos necessários (cerca de 70% das indústrias farmacêuticas estão concentradas na periferia da cidade e procurá-las em outras partes do País é muito difícil, porque as estradas estão bloqueadas). Teme-se não ser possível continuar a prestar os serviços hospitalares necessários e também começa a faltar oxigênio. As comunicações telefônicas são cortadas muitas vezes. Apesar disso, as pessoas dão prova de grande solidariedade. Continuamos – com a comunidade dos Focolares e outros – ações de ajuda; a pequena escola para surdos-mudos recomeçou os trabalhos num bairro mais seguro, em espaços disponibilizados pelos Padres Franciscanos. As famílias que visitamos, antes de aceitar ajuda, perguntam-nos: “Mas não há outras famílias que precisem mais do que nós?”. Rim, uma senhora que tem um filho de dois anos, estava muito preocupada porque, com o frio, o risco de doenças se agrava. Quando recebeu a nossa ajuda monetária, comoveu-se! Era exatamente o correspondente à quantia que ela e o marido tinham dado, poucas semanas antes, a um colega que precisava muito. Tinham economizado com esforço, mas ao dá-la pensaram: “Deus pensará em nós!”».
De Cuba (Santiago): «A destruição provocada pelo furacão Sandy causou muitos danos, principalmente em Santiago. A reconstrução ainda não teve início, porque o Governo não estava preparado. De fato, devido à localização geográfica de Santiago, que é circundada por montanhas, geralmente os furacões chegam do mar e, ao encontrar a barreira natural das montanhas, passam sem causar danos. Neste caso, o furacão entrou e permaneceu ativo durante três horas (um tempo longuíssimo).
Os danos sofridos pelas 16 famílias atingidas perto de nós chegam a cerca de € 42.000. A quantia recolhida até agora pelo projeto da AMU, mesmo se ainda insuficiente, já lhes foi entregue.
O tempo para a reconstrução é imprevisível, porque depende do difícil fornecimento de material causado pelo embargo que há anos afeta a ilha. Em geral estão disponíveis apenas por um breve período e não todos ao mesmo tempo: chega só cimento, ou só madeira, ferro, etc. Quando se encontra o que é necessário é preciso ter a disponibilidade econômica para poder comprar antes que tudo termine.
Agradecemos pela ajuda recebida e continuamos a contar com a solidariedade de todos».
Para saber mais ou para ajudar o projeto:
Associação Ação por um Mundo Unido
Banca Popolare Etica, filial de Roma.
Código IBAN: IT16G0501803200000000120434
Código SWIFT/BIC CCRTIT2184D
Motivo: Projeto: A minha casa é a tua casa
Motivo: Emergência Síria
Dez 12, 2012 | Focolare Worldwide, Senza categoria
«Devido ao narcotráfico – contou Willie aos 12 mil jovens reunidos em Budapeste, no Genfest 2012 – a violência tomou conta do México: o medo, o ódio e a desconfiança envolvem muitas pessoas. Famílias ameaçadas viram-se obrigadas a se esconder ou fugir para outras cidades. Desencadearam-se lutas entre grupos rivais para a posse de determinados territórios, provocando massacres de muitos jovens inocentes em bares, discotecas e em outros lugares públicos. Meu primo Maurício foi um dos jovens assassinados. Ele estava voltando da inauguração de um bar e um grupo de “narcos” disparou na multidão, matando ele e outros jovens. Foi um golpe duro para mim. Fiquei desorientado e com raiva: por quê? Dois dias depois, numa reunião de família, chegou um parente, feliz, dizendo que a justiça tinha sido feita porque haviam encontrado os corpos de 10 jovens, prováveis culpados do massacre. Experimentei um sofrimento ainda maior, porque estava convencido de que a situação não se resolveria com vingança e ódio. Podia escolher se começar a odiar ou tentar romper o círculo da violência com o perdão. Escolhi o segundo caminho: continuar a construir relacionamentos de fraternidade com quem estava ao meu lado, embora meu primo não estivesse mais perto de mim. Com o grupo dos Jovens por um Mundo Unido, que sempre me apoiou nesse momento difícil, continuamos a realizar com mais força e decisão as atividades para difundir a cultura da não violência. Temos a certeza de que juntos é possível deter o ódio e fazer voltar ao nosso país a paz, a harmonia e a hospitalidade que sempre caracterizaram o nosso povo mexicano. A nossa primeira atividade foi “a Festa da Amizade”, com o intuito de suscitar relacionamentos renovados. Com os fundos recolhidos ajudamos um jovem que ficou paralisado depois de um acidente. Outra iniciativa foi ir a um estádio de futebol para distribuir adesivos com a mensagem: “A paz nasce do amor.” Mas além de todas essas ações acreditamos principalmente nos pequenos gestos cotidianos de amor e de paz, que no silêncio geram a fraternidade universal, até em Torreón» Genfest 2012