Movimento dos Focolares
Argentina: renovado o site da Mariápolis Lia

Argentina: renovado o site da Mariápolis Lia

Com seções dinâmicas e um designe ágil, o novo site da Mariápolis Lia, a cidade-testemunho do Movimento dos Focolares imersa nos pampas argentinos, está totalmente renovado.

A nova veste digital permite ao internauta manter-se informado sobre o que acontece na Mariápolis, as suas programações e as várias atividades. Os diferentes locais da cidade podem ser visitados virtualmente na galeria fotográfica, sempre atualizada.

Pelo menu de navegação pode-se conhecer as origens da Mariápolis permanente, as várias “escolas” para as pessoas que vem para experimentar a vida do Evangelho nas 24 horas do dia, e também os ateliês de trabalho, os alojamentos e o projeto da Economia de Comunhão, ativo no Polo Solidariedade, adjacente à Mariápolis.

Uma seção é dedicada aos numerosos grupos que a visitam durante o ano, com fotos, testemunhos e impressões, depois de terem vivido a lei do amor recíproco durante os dias passados com os moradores dali.

No mês de abril passado uma equipe de audiovisuais dos Focolares (Centro Santa Clara) realizou um documentário sobre a Mariápolis, mostrando seus desenvolvimentos e as numerosas atividades. É enriquecido por muitas entrevistas com os moradores, entre estes muitos jovens de vários países que passam lá períodos mais ou menos longos. O documentário é completado por um folder fotográfico e um libreto onde explica-se, de modo aprofundado, este “milagre florescido em plenos pampas argentinos”.

Fazenda Didática em Loppiano

Fazenda Didática em Loppiano

Com os olhos arregalados as crianças escutam as explicações de Pietro durante uma aula que dura o dia inteiro, em uma escola onde não existem as carteiras e nem o quadro negro, mas a única “cátedra” é a natureza. Muitos estudantes visitam a Fazenda Loppiano onde se aprende a cultivar o amor pelas plantas e pelos animais.

Pietro Isolan é um jovem técnico agrário e há 18 anos trabalha com afinco na Fazenda Loppiano: «Foi também a crise econômica que nos impulsionou a procurar outras iniciativas para garantir o futuro da empresa. Uma delas é a “fazenda didática”, um projeto que oferece às crianças, bem como aos estudantes de institutos técnicos e profissionais, um laboratório a céu aberto, com um espaço dedicado à criação de animais e à horta da empresa. O objetivo é fazer com que se experimente, estando na fazenda, um método de produção, conhecendo a diversidade das espécies animais e vegetais, oferecendo a nossa experiência cujo centro é o respeito pelas pessoas e pelo ambiente».

A proposta didática apresenta diferentes módulos que se adaptam às exigências das escolas e são organizadas em diferentes etapas ao longo do ano.

Uma experiência pessoal de Pietro está na origem desse ulterior desenvolvimento e ele a comunicou aos outros colegas da empresa, fazendo com que uma possível fragilidade se tornasse, ao contrário, uma segurança para todos: «Após muitos anos de trabalho, e depois de uma crise espiritual e pessoal, constatei que eu tinha experiência suficiente para contribuir com a empresa, tinha também competência, mas ainda não completamente desenvolvida e que, em caso de necessidade, talvez eu não soubesse procurar o sustento para a minha família».

Pietro fala de uma profunda busca pessoal, que encontrou o seu centro fundamental na relação com a natureza, descoberta como manifestação da criação de Deus. Uma busca espiritual que conduziu o jovem técnico a aprofundar os segredos da permacultura (a utilização sustentável da terra) e de várias técnicas que miram a obtenção das produções agrícolas, mas, também a conservação do agro ecossistema. Portanto, uma agricultura “sustentável”, concorde com a filosofia de produção da Fazenda que sempre preza esses valores: «Assim, fizemos uma horta totalmente sustentável, onde se trabalha de modo a enriquecer o ecossistema agrícola que foi implantado e mantido com as crianças que nos visitaram nos primeiros anos. Atualmente cultivamos as verduras próprias de cada estação e existe também a criação de animais domésticos».

É possível ainda encontrar nesta etapa do desenvolvimento da Fazenda Loppiano a raiz comum que sustentou cada passo dado nesses anos, ou seja, instaurar relações de fraternidade, relacionamentos genuínos entre as pessoas, mas, também, com o ambiente: «Tenho a convicção de que – conclui Pietro – como na natureza tudo é coligado, também nas relações entre os indivíduos e nas relações entre as instituições, se possam criar sinergias e coligações que aumentem de modo exponencial a eficácia e a difusão das práticas positivas. Ao término dessas atividades, parece-me ter em mãos a realização de uma frase que li há muito tempo e que me tocou profundamente: “O teu verdadeiro trabalho é criar beleza, a tua verdadeira ação social é criar consciência”».

Paolo Balduzzi

(Fim da V Parte… continua)

Sophia: adquirir profissionalismo investindo a própria vida

Sophia: adquirir profissionalismo investindo a própria vida

«Muitas revoluções na história começaram de forma inesperada. Com frequência os jovens estavam no âmago delas. Mergulhado, como muitos outros, nos problemas das megacidades dos nossos países, eu também me perguntei: quando chegará a mudança? Discutia com os amigos, estudava as trajetórias dos grandes protagonistas da história; eu tinha muitos questionamentos. Quando comecei a trabalhar como jornalista na sede da ANSA, em São Paulo, em meus artigos eu não perdia a ocasião para evidenciar os sinais da crise,buscando a verdade. Sentia-me pleno de grandes aspirações. No entanto, à medida que ganhava experiência sentia que o ímpeto do idealismo não bastava. A complexidade do mundo contemporâneo exigia de mim competência e experiência, e não me sentia preparado para dar essa resposta. Ainda mais numa situação de crise galopante como a das nossas sociedades interdependentes, com os problemas do trabalho, da finança internacional, os conflitos, com mecanismos institucionais obsoletos. Percebi que o risco era o de trabalhar… fora dos trilhos, enquanto a história corre rumo a cenários que eu não sabia decifrar. A decisão de matricular-me do Instituto Universitário Sophia (IUS) derivou desta reflexão. Decidi investir tudo o que tinha na passagem aérea e nos preparativos e dedicar dois anos da minha vida para percorrer um caminho que une teoria e ação cotidiana, para aprofundar uma cultura nova, a cultura da unidade. Inscrevi-me na área de estudos políticos e entrei num laboratório de vida onde, dia a dia, com estudantes e professores de diversas proveniências, enfrentamos um programa de estudo intenso, que descerra a cultura da unidade em numerosos âmbitos, das ciências e da ação humana. No IUS fazemos a experiência de que um alto objetivo de mudança social pode, ou melhor, deve ser acompanhado por um preparo aprofundado: é preciso formar-se profissionalmente, são necessários conhecimentos multidimensionais, é preciso adquirir um método de diálogo a 360º , a fim de relacionar-se com pessoas e povos, próximos e distantes, e saber administrar a rede das interdependências que caracteriza o nosso tempo. O denso confronto entre as disciplinas, iluminado pelo carisma de Chiara Lubich, é sustentado pelo esforço cotidiano de traduzir em prática as intuições e os resultados acadêmicos que obtemos na sala de aula. Tudo isso me envolveu e deu-me perspectivas muito diferentes e novos instrumentos. Chegando ao final do percurso posso afirmar ter adquirido algumas competências ou especialidades, que me ajudarão no meu trabalho de jornalista, não apenas a escrever artigos mais elaborados tecnicamente, mas principalmente a captar elementos daqueles fatos que, antes, provavelmente teriam passado despercebidos. Entendi que o “novo” que procuro é construído no relacionamento com as pessoas, com os colegas de trabalho, com as pessoas que entrevisto, com o público que me lê. Virá somente de uma intensa vida de diálogo, de partilha e de verificação comunitária. E valorizando os sinais daquela tensão à unidade, viva e operante na história, que encontro em toda parte, nas histórias que conto. Aspirar a um mundo melhor é algo muito importante, mas buscar os instrumentos adequados é igualmente fundamental. No IUS entendi que não se pode improvisar, que devemos dedicar tempo e recursos para criar as condições necessárias». (Fonte: Instituto Universitário Sophia online)

Abertura do Ano da Fé

Abertura do Ano da Fé

Uma celebração cheia de «sinais que evocam o Concílio», assim D. Rino Fisichella, presidente do Conselho Pontifício para a nova evangelização, descreveu os vários momentos da celebração presidida pelo Papa, que inaugurou o Sínodo e o Ano da Fé, que aconteceu nesta quinta-feira, dia 11 de outubro, na Praça de São Pedro.

O primeiro desses momentos foi a leitura de trechos das quatro Constituições Conciliares, textos que marcaram os trabalhos do Concílio e a renovação na vida da Igreja. Em seguida repetiu-se a longa procissão – que no imaginário coletivo faz retornar ao dia 12 de outubro de 1962 – com todos os padres sinodais, juntamente com os 14 padres que, não obstante a idade, conseguiram ir à Roma, do total de 70 ainda vivos.

Assim como no fechamento do Concílio Paulo VI entregou mensagens ao povo de Deus, aquelas mesmas mensagens conciliares foram entregues pelo Papa Bento XVI a personalidades do mundo inteiro: aos governantes, aos homens de ciência e de pensamento, aos artistas, às mulheres, aos trabalhadores, aos pobres, doentes e sofredores, aos catequistas e aos jovens. Entre estes últimos, um por continente, também dois jovens do Movimento dos Focolares: Chiara Azwaka (Congo) e Ivan Luna (Filipinas).

Alguns números do Sínodo: 262 participantes (o número mais alto na história de todas as assembleias), 103 Padres Sinodais provem da Europa; 63 da América, 50 da África, 39 da Ásia e 7 da Oceania.

Significativa a participação de 45 especialistas e de 49 auditores: homens e mulheres que trazem a experiência viva dos leigos e que foram escolhidos entre os tantos especialistas e pessoas comprometidas na evangelização, em todos os cinco continentes. Entre os auditores: Maria Voce (Movimento dos Focolares), Salvatore Martinez (Renovação Carismática), Marco Impagliazzo (Santo Egídio), Enzo Bianchi (Bose).

A importância dos movimentos eclesiais como instrumentos para a nova evangelização foi salientada por D. Rylko em seu discurso do dia 8 de outubro.

Significativa ainda a presença dos delegados fraternos de outras Igrejas e comunidades eclesiais, e a notável contribuição ecumênica dada pela participação do arcebispo de Cantuária e primaz da Comunhão Anglicana, Rowan Williams, que falou no dia 10 de outubro para ilustrar o tema sinodal do ponto de vista anglicano. E ainda do patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I.

No Sínodo estão três convidados especiais: irmão Alois, prior de Taizé, com a experiência de evangelização dos jovens em um ambiente ecumênico; o reverendo Lamar Vest, americano, presidente da Sociedade Bíblica Americana, e Werner Arber, Prêmio Nobel de Medicina em 1978, protestante, professor de microbiologia no Centro de Biologia da Universidade suíça de Basileia e presidente da Pontifícia Academia das Ciências, que dia 12 de outubro oferecerá algumas reflexões sobre o relacionamento entre ciência e fé.

Além dos habituais narradores de várias línguas, há um de língua árabe. Esta decisão dá continuidade à recente viagem do Papa ao Líbano e à publicação da exortação pós-sinodal «Eclésia no Oriente Médio».

Neste mesmo dia, no mundo inteiro, foi recordada a abertura oficial do Sínodo e do Ano da Fé.

Genfest. Onde o mundo unido já é realidade

Genfest. Onde o mundo unido já é realidade

Há algumas dezenas de anos as manifestações juvenis tinham um significado especial. Atualmente os jovens podem fazer experiências internacionais válidas. Através das redes sociais eles se encontram em nome de ideais comuns. Neste contexto, como vê a função e o significado do Genfest?

Após 12 anos da última edição esse Genfest era muito esperado, por todos no Movimento. E os jovens se propuseram um ano de Genfest, de 1º de maio de 2012 a 1º de maio de 2013, justamente para dizer que dois aspectos fazem parte dele, o da grande manifestação internacional e o da continuidade na vida cotidiana, que eles vivem também na web.

Na mensagem para o dia das comunicações sociais, de 2012 (…) o Papa faz uma análise lúcida das potencialidades e dos limites dos social network, nos quais os jovens vivem, e convida os cristãos a estar presentes neles com criatividade, “porque esta rede é parte integrante da vida humana”. “A web – diz o Papa – está contribuindo ao desenvolvimento de novas e mais complexas formas de consciência intelectual e espiritual, de consciência partilhada”. Por outro lado ele salienta que “o contato virtual não deve substituir o contato humano direto com as pessoas, em todos os níveis da nossa vida”. Disso nós também estamos convencidos (…), os jovens tem sede de relacionamentos autênticos, “globalizantes” eu diria, que envolvam integralmente a pessoa. Somente no contato direto pode-se experimentar plenamente a alegria do encontro com o outro, o desafio e a riqueza da diversidade, a força de um ideal partilhado pelo qual doar-se juntos. O Genfest é um momento em que pode-se ver realizada aquela unidade e fraternidade na qual esses jovens acreditam e pela qual se comprometem.

O Movimento coloca-se diante desse desafio com a consciência de que o dom que Deus que lhe fez, o carisma da unidade, está mais do que nunca ligado ao chamado da humanidade a viver como uma única família, numa interdependência e solidariedade que esta nova situação cultural acelera e sublinha (…). Esse Genfest, não apenas como manifestação, mas como fenômeno de compartilhamento que os jovens iniciaram na preparação e prossegue com os projetos concretos, é um passo importantíssimo, uma experiência que trará estímulos notáveis. E é interessante, sobretudo, prosseguir com esta reflexão, jovens e adultos juntos.

Até agora os Genfest foram feitos sempre em Roma. A escolha de um país da Europa Central, a cidade de Budapeste, contém uma mensagem especial?

Certamente, muito forte! Para o Movimento trata-se, antes de tudo, de uma fase decididamente nova, na qual vemos a necessidade de descobrir, todos juntos, as riquezas e peculiaridades que cada povo e país pode oferecer no concerto global (…). A Hungria, e a cidade de Budapeste em particular, tem justamente no DNA da própria história a busca da unidade na diversidade: Budapeste é uma cidade-ponte por excelência. Creio que este lugar seja favorável para lançar hoje uma mensagem de fraternidade possível, salvando as riquezas de cada um.

Logo após o término do Genfest, como tracejaria um balanço dele?

(…) Parece-me que uma das características desse Genfest seja exatamente ter dado um novo impulso à confiança recíproca e complementaridade entre gerações, que tem muitas coisas a nos ensinar. (…) Posso dizer que ele me deixa uma grande alegria e esperança por ter visto o radicalismo e o empenho concreto desses jovens. Eles acolheram com grande participação o convite a mirar alto, a estar do lado de Deus e dar a própria contribuição insubstituível à sociedade, arriscando tudo, começando concretamente a amar cada próximo, sem esperar. A passagem alegre e luminosa deles transformou Budapeste e muitos perceberam isso e agradeceram a eles, unindo-se à marcha. O retorno aos vários países de onde vieram levará uma nova onda de amor e de alegria ao mundo inteiro.

Fonte: Tünde Lisztovszki/Magyar Kurír: http://www.magyarkurir.hu/node/41764


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