«Eu me lembrei da frase pronunciada por um amigo: “A ideia de Deus deve crescer junto conosco”. Fazia muito tempo que eu não procurava mais entender algo de Deus. Precisava saber de outros que sabiam dele mais do que eu». André, jovem universitário, três anos atrás deixou o seu lugarejo de origem, onde tinha um grupo de referência na paróquia, e se mudou para uma grande cidade. Mas aqui não encontrou de imediato pontos de referência precisos para a sua escolha de fé. No Congresso conheceu muitos deles. «Ainda estou a caminho e estou descobrindo aspectos novos desta aventura, porém tenho certezas, pontos de força. Um destes é, seguramente, a consciência de que a estrada que se abriu diante de mim é uma estrada comunitária, a ser vivida com os outros e para os outros. Às vezes acontece que eu me esqueço disso e, portanto, necessito de uma endireitada, mas dentro de mim sei que é assim», confirma Nicholas. “Empenhados no Nós” foi uma iniciativa que se realizou em Castel Gandolfo (31 de agosto a 2 de setembro), promovida pelos Movimentos Diocesano e Paroquial, ramificações do Movimento dos Focolares, e dirigida aos jovens empenhados na Igreja local. Estes movimentos se propõem a irradiar o carisma da unidade nas paróquias e nas dioceses em que prestam o seu serviço e a cooperar, junto com as outras realidades eclesiais, para a realização de uma “Igreja comunhão”, como desejado na Novo Millennio Ineunte, a Carta apostólica endereçada por João Paulo II aos sacerdotes e a todos os leigos, no final do grande jubileu do ano 2000. Para este objetivo, promove e alimenta uma unidade cada vez mais profunda dos fiéis ao redor dos párocos e dos bispos, colaborando nas diversas dioceses e propondo uma nova evangelização nas paróquias, segundo um estilo comunitário. «Escolhemos este título – especificam os organizadores – para contribuir na realização daquilo que o Papa Francisco frequentemente nos convida a fazer: passar do “eu” ao “nós”, através de um discernimento comunitário que nos ajude a crescer e a tomar decisões compartilhadas. Durante os dias transcorridos juntos, os participantes se confrontaram sobre a própria fé, mas sobretudo sobre a missão a que se sentem chamados, a de levar a “boa nova” do Evangelho. A experiência de vida baseada na espiritualidade de Chiara Lubich serviu de pano de fundo, porque cada carisma de Deus é para toda a Igreja e para a humanidade. A metodologia foi a cultura do encontro: tirar algum tempo para se conhecer e para estar juntos. Para se sentir comunidade, “povo de Deus”, no qual se pode crescer, ajudados por aqueles com quem se caminha juntos». A experiência do congresso se insere plenamente no caminho rumo ao Sínodo dos bispos sobre os jovens, que se realizará no próximo mês de outubro. «Ressoaram de maneira muito forte as palavras dirigidas pelo Papa Francisco aos jovens italianos, reunidos no dia 11 de agosto passado, em Roma: “Não se contentem com o passo prudente de quem se acomoda no final da fila. É preciso a coragem de arriscar um salto para frente, um salto audaz e arrojado para sonhar e realizar, como Jesus, o Reino de Deus, e se empenhar por uma humanidade mais fraterna. Precisamos de fraternidade: arrisquem, vão em frente!”».
Colocar em prática o amor
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