Movimento dos Focolares

Escola Loreto: crescer como família

Dez 13, 2017

Leaving behind everything for a year, to grow together as a family was the brave decision of ten families from many countries of the world, who return home completely transformed by the Gospel. 

IMG-20160806-WA0042Cada início de novo ano, na Escola Loreto, nada é igual a antes. Isto acontece desde 1982, ano da sua fundação, devido à cada vez mais variada proveniência dos agregados familiares que a frequentam. Igualmente diferentes são as expetativas que impelem estas famílias a vir até Loppiano. O ritmo das aulas adequa-se à diversidade de línguas e culturas; o trabalho, parte integrante da Escola, tem que ser repensado; os momentos de festa são enriquecidos com novos sons e cores. Os cursos, centrados em temáticas familiares, na perspetiva da espiritualidade da unidade, coincidem com o ano escolar, para que os filhos frequentem as escolas públicas nos arredores. Japão, Coreia, México, Brasil, Colômbia, Itália, Argentina, Vietname, são estes os países das oito famílias do curso que acabou de ser inaugurado. Todas elas unidas num único desejo: crescer como família no amor recíproco do Evangelho. Com efeito, esta é a única lei que vigora na Cidadela, na qual estas famílias desejam fazer uma experiência full immersion. “Porque viemos para cá?” – a esta pergunta respondem Indian Henke e Emílio, de Pelotas (Brasil): “À procura do essencial da vida. Não quisemos ficar encerrados no círculo vicioso do lucro; por isso, inserimos a nossa empresa no projeto EdC, vendemos o automóvel, distribuímos pelos pobres metade das nossas roupas e alguns electrodomésticos. Foi uma revolução, cuja consequência foi uma vontade irresistível de fazer uma experiência de formação juntamente com os nossos filhos”. IMG-20160805-WA0028E Bao Chau, vietnamita e pai de dois filhos conta: “Por razões familiares, tivemos que esperar quatro anos para poder vir. Estávamos já decididos a retirar a inscrição, quando, ultrapassadas as dificuldades, sentimos fortemente que Deus nos esperava em Loppiano. Estamos cá desde 2016, mas por causa da língua, não pudemos compreender tudo no ano anterior. Por isso, pensámos ficar um ano mais. Pedi ao meu patrão uma prorrogação da licença, aos meus irmãos pedi ajuda no pagamento do empréstimo da casa e aos responsáveis da Escola permissão para permanecer mais um ano. Finalmente, passados quase dois meses todas as respostas são afirmativas”. “Estamos muito contentes por ficar mais um ano – acrescenta a esposa Bao Vy – para aprendermos mais profundamente a vida do Evangelho, porque, quando regressarmos, queremos partilhá-la com as famílias do Vietnam, e assim crescermos juntos no amor todos os dias”. “Vimos da Coreia e esta é a nossa filha Maria Graça, de 13 anos”. Assim se apresentam Irema e Miguel, donos dum Instituto que, há quinze anos, Miguel fundou para responder à exigência generalizada duma melhor preparação para a universidade. Contam que começaram com dez alunos e em três anos atingiram mil inscrições. “O trabalho absorvia-nos cada vez mais e o nosso projeto de construir uma família unida e harmoniosa começava a estar em risco”. IMG-20170201-WA0007Após uma profunda comunhão entre ambos, no início de junho tomaram a decisão de vender o Instituto e procurar outro trabalho. Entretanto, vem uma ideia a Miguel: “Se vendemos o Instituto, vamos para Loppiano durante um ano!” Era a proposta que Irema lhe tinha feito logo a seguir ao casamento, mas naquela altura não se tinha podido concretizar. “Tínhamos de conseguir vender antes das férias. Rezámos muito e no último sábado de junho o Instituto foi vendido. Verdadeiramente Deus queria-nos aqui!”. Para compor este variado mosaico internacional estão aqui também Francisca (34), italiana, e Roberto (37), argentino de Córdova. “Depois de várias experiências vividas noutros países – contam eles – agora residimos na Itália, em Loreto. No nosso percurso familiar, breve mas intenso até agora, não faltaram as dificuldades: os contextos familiares diferentes, algumas vicissitudes que nos são alheias, bem como o nosso modo diferente de reagir, criaram-nos obstáculos, mas o amor e a vontade de construir uma família sã e aberta, são mais fortes. Assim amadureceu em nós a decisão de vir à Escola Loreto com a nossa filha de 3 anos, Isabel, para aprendermos a ter na nossa vida as justas prioridades e crescermos como pessoas e como pais. Vivendo a partilha e o encontro com os outros, talvez um dia possamos também nós tornar-nos testemunhas do Evangelho no mundo”.

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