Movimento dos Focolares

Evangelho Vivido: A força criativa da misericórdia

Fev 17, 2022

Chiara Lubich escreveu em uma de suas meditações: “a misericórdia é a última expressão da caridade, aquela que a realiza[1]”. Portanto, não é um sentimento, mas uma ação concreta, unida a uma intenção interior, que nos impulsiona a nos distanciar de nós mesmos e voltar o olhar ao outro. Um movimento revolucionário que cura e gera vida.

Chiara Lubich escreveu em uma de suas meditações: “a misericórdia é a última expressão da caridade, aquela que a realiza[1]. Portanto, não é um sentimento, mas uma ação concreta, unida a uma intenção interior, que nos impulsiona a nos distanciar de nós mesmos e voltar o olhar ao outro. Um movimento revolucionário que cura e gera vida. Não perder a oportunidade Na estação, eu havia comprado uma passagem de ida e volta para uma certa cidade. Cheguei sem ar na plataforma, mas vi com decepção que o trem tinha acabado de sair. Voltei para a bilheteria para tentar um ressarcimento e pedir outras informações, mas a senhora responsável insinuou que, com tantas pessoas para atender, não podia perder tempo comigo. Contrariado, estava a ponto de ir embora com raiva, quando, ao colocar a passagem na agenda, li uma frase que havia escrito de manhã: “Não perder nenhuma oportunidade”. Parei e refleti. Depois, tomei a decisão: “Não devo perder a oportunidade de amar!”. Voltei para a bilheteria e, quando chegou a minha vez, disse à senhora responsável que sentia muito se havia sido exigente demais com ela e que compreendia sua reação. Ela mudou de expressão e tom de voz e, sem que eu precisasse pedir, começou a resolver o meu problema. Não só: procurou uma alternativa de viagem para que eu pudesse chegar ao meu destino. No fundo, basta pouco para reestabelecer uma harmonia nos relacionamentos. (R.J. – Romênia) A lista de inimigos Jesus quer que nós, seus seguidores, amemos nossos inimigos, quer que perdoemos. Por muito tempo, pensei que isso não dizia respeito a mim. Tenho uma vida tranquila, uma boa posição social, uma família serena. Não machucamos ninguém e procuramos nos proteger do negativo da sociedade. E, mesmo assim, aquela frase não me deixava em paz. Inimigos? Pensando bem tive e ainda tenho, mas os relegava a uma região do cérebro em que não me incomodassem. Uma a uma, me vieram à mente situações em que, mais que enfrentar as contrariedades de um “inimigo”, eu fugia. A fuga se transformou em um verdadeiro hábito. Mas Jesus exige outra coisa. Então, fiz uma lista de “inimigos” pelos quais me esforçaria para fazer algo: telefonar, mandar mensagem, encontrar pessoalmente para dizer que cada um estava presente na minha vida. Não foi fácil, continuamente obstáculos e pensamentos me faziam desacelerar. Agora, que venci a mim mesmo, posso dizer que aquele mandamento de Jesus atingiu o seu objetivo: o de fazer com que me sentisse um homem vivo. (G.R. – Portugal)

por Maria Grazia Berretta

(trecho de O Evangelho do Dia, Città Nuova, ano VIII, n.1, janeiro-fevereiro 2022) [1] C. Lubich, “Quando si è conosciuto il dolore”, em  La dottrina  spirituale, Città Nuova, Roma, 2006, p. 140-141

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