Movimento dos Focolares

Famílias em crise e o mundo da separação: a ajuda de Famílias Novas

Mai 28, 2022

La sphère des couples en difficulté, des personnes séparées et des personnes séparées qui vivent de nouvelles unions est un cri de détresse qui appelle à l'aide. Le Mouvement Familles Nouvelles, une ramification des Focolari, a mis en place des parcours de soutien pour ces familles.

A esfera dos casais em dificuldade, das pessoas separadas e separadas que vivem novas uniões, é um grito de dor, no mundo, que pede ajuda. O Movimento Famílias Novas, uma das ramificações do Movimento dos Focolares, iniciou percursos de acompanhamento para estas famílias. São muitos os casais que se encontram em dificuldades e que, devido a incompreensões, escassez de diálogo, frieza na relação chegam à decisão mais drástica: a separação. Famílias em crise que se desfazem e novas uniões que se formam. Muitas vezes os problemas de casal, grandes ou pequenos, não se resolvem somente entre eles, mas é necessária uma ajuda externa. Há alguns anos o Movimento Famílias Novas tem cuidado destas famílias que se sentem ‘‘diferentes’’ só porque não tiveram um caminho linear na vida. Giulia e André (nomes fictícios) são a prova de que, apesar das imperfeições da vida, ainda é possível ser uma família. Durante sua adolescência, ela conheceu o Movimento dos Focolares e descobriu o único ideal pelo qual vale a pena viver: Deus Amor. O tempo passou, suas amigas ficaram noivas, se casaram, uma se consagrou a Deus, mas para ela ainda não havia uma perspectiva de futuro seguro. Enquanto isso, ela se formou, mas seus pais se separaram. “Eu vivi a dor de uma família e descobri, depois de quase 30 anos, que era diferente de como eu a imaginava”, disse ela. “Mas o amor é possível mesmo depois de tantos anos, porque eu o experimentei neste ideal de vida! Neste ínterim, Giulia mudou-se para outra cidade para realizar seu sonho profissional. Uma noite, uma amiga insistiu para saírem com outros amigos para uma festa da cidade. E assim ela conheceu André, simpático e gentil…, mas era separado e tinha dois filhos. “Não, obrigada! Eu respondia às suas ligações, mas quando ele me convidava para sair, eu ficava chateada porque não queria e não podia ter um relacionamento com um homem separado. Como conciliaria a minha vida, meu compromisso cristão com alguém como ele”? Com o tempo a história adquiriu forma, mas o seu coração tornou-se cada vez mais inquieto. “Conhecendo o pensamento da Igreja sobre estas uniões, assistia à missa, mas decidi não comungar mais, pois não me sentia digna. Decidi compartilhar esta história com um padre que me conhecia ao longo de toda a minha vida. E assim nós nos entregamos a Maria”. A história continua. “Eu sentia que minha história com ele talvez fosse a “minha estrada”, acrescentou Giulia, “mas o que me fazia sofrer era sobretudo a ideia de não poder mais receber Jesus na Eucaristia”. Todavia, se aquela era a indicação da Igreja, eu a respeitava e seguia em frente. Portanto, permaneci fiel à Missa dominical, mesmo não recebendo a Eucaristia. Em 2016, recebi um convite de Famílias Novas para participar de um congresso em Roma para casais separados que vivem uma nova união. “André e eu aderimos à proposta. Por um lado, eu temia a reação que ele poderia ter, por outro eu sentia que era uma oportunidade para nós. Foram três dias intensos. Eu via André bem inserido e muito feliz. Quanto a mim, eu me sentia “em casa” com a pessoa que era importante para mim, mesmo se canonicamente não fosse perfeito. Andrea levou para casa a percepção de que era uma parte viva da Igreja. Não como uma pessoa marginalizada, devido a um casamento desfeito, mas como membro de um Corpo vivo e não mais isolado ou excluído. Eu disse a André que a família que eu desejava na minha vida deveria ser construída sobre a base do amor que tínhamos experimentado naqueles dias, naquela medida e dimensão, e se ele também compartilhasse o meu pensamento, poderíamos nos casar. Sim, um casamento civil, mas a família que nasceria deveria ter esse selo: o amor mútuo que nos foi revelado”. Em setembro de 2017 celebramos o casamento no cartório. “Eu penso que meu grande desejo de juventude de sair pelo mundo se realizou, justamente no dia do nosso casamento, onde todas as gerações e culturas estavam representadas, onde havia pessoas de várias origens, crentes e não-crentes, mas todos felizes em poder compartilhar nossa alegria. Há alguns anos, estamos inseridos em um grupo de Famílias Novas onde há casais que vivem a nossa mesma realidade, e isto nos dá a oportunidade de nos expressarmos livremente, sem o temor de sermos julgados. Isto não nos faz mais sentir que somos de segunda classe, mas aceitos plenamente e reconhecidos como uma família. Isso nos ajuda na caminhada de casal a não nos fecharmos, a mantermos vivo o diálogo entre nós, compartilhando com outros casais e cultivando relações positivas e boas amizades”.

Lorenzo Russo

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