© CSC Audiovisivi – Caris Mendes
Os nove Fon representavam seus respectivos povos de Fontem, Nwametaw, Nwangong, Essoh Attah, Akum, Lewoh, Nkar, personalidades de Bamenda e Duala, e estavam acompanhados pelas Mafuas (rainhas), dois prefeitos e figuras notáveis dos seus reinos. O motivo dessa viagem, além o de
celebrar o Jubileu da Misericórdia com Papa Francisco, era agradecer a Deus pelo 50º aniversário do primeiro encontro, em Fontem, entre o povo Bangwa e o Movimento dos Focolares. De modo especial desejavam agradecer “Mafua Ndem
Chiara Lubich” (rainha enviada por Deus), como o povo Bangwa ama chamá-la, por tudo o que fez pelo seu povo. Com efeito foi Chiara, com os Focolares, que deu uma resposta às orações deles, no início da década de 1960, quando a endemia da doença do sono e outras doenças tropicais, provocava uma mortalidade infantil de 90%, ameaçando a extinção da população.
Atualmente, em Fontem, existe uma Mariápolis permanente que traz o nome da fundadora dos Focolares, e essas doenças quase desapareceram, graças à intervenção de médicos e enfermeiros do Movimento.
A peregrinação começou com a
audiência pública com Papa Francisco, na Praça de São Pedro e a visita ao túmulo de São Pedro e dos papas. Em seguida, uma visita à cidade eterna.
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«É meu preciso dever continuar a ensinar a todos este espírito que mudou o meu povo», disse o
Fon de Akum, vice-presidente dos Fon amigos dos Focolares, durante a visita à Mariápolis internacional de Loppiano, a segunda etapa da peregrinação. Naquela ocasião, o secretário regional para a Cooperação Internacional, paz e reconciliação, Massimo Toschi, recordou a sua primeira ida a Fontem, dez anos atrás: «Em dezembro celebraremos o 50º aniversário de Fontem e lá veremos o rosto luminoso de uma igreja “hospital de campo”, como foi definida pelo Papa Francisco».
No dia 24 de setembro aconteceu a terceira etapa, com a visita a Trento, cidade natal de Chiara Lubich, aos lugares onde ela viveu e onde teve início, durante a Segunda Guerra Mundial, o Movimento dos Focolares. Houve o encontro com alguns moradores, representantes de instituições, o prefeito e o arcebispo de Trento. A última etapa foi a
visita ao Centro Internacional do Movimento, em Rocca di Papa (Roma), onde Chiara morou por muitos anos e onde está sepultada. O
Fon de Fonjumentaw recordou a última visita de Chiara a Fontem, em 2000, quando ela propôs que fosse feito um pacto: prometer-se reciprocamente de amar-se como Jesus teria feito. «Este era o testamento de Chiara – ele explicou – o seu legado não apenas para os nossos povos. Depois daquele pacto não fomos mais os mesmos de antes. Por isso eu os convido a fazer hoje a mesma coisa, entre nós aqui presentes, por toda a humanidade».
Foto: SIF Loppiano
Durante o jantar de despedida houve as saudações, agradecimentos e entrega dos presentes que alguns Fon e Mafuas ofertaram aos Focolares. O Fon de Essoh Attah recordou um provérbio do seu povo que afirma que nenhum Bangwa naufragará enquanto houver um só do vale (de outra tribo). E desejou transformá-lo referindo-o a Chiara: «Enquanto ela existir, com a sua gente, nenhum de nós naufragará». Um jornalista de Bamenda, que acompanhava o grupo, concluiu: «Nestes dias os meus olhos se preencheram com a luz da “mãe Chiara” e gostaria de voltar para a minha gente e levá-la a cada um». Leia também:
A história de Fontem Chiara Lubich e as religiões: religiões tradicionais Fontem: Um Jubileu de agradecimento
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