Jesus pensava também em todos nós, que teríamos que viver em meio à vida complexa do dia a dia. Sendo Ele o Amor feito homem, deve ter pensado: “Eu gostaria de estar sempre com os homens, gostaria de partilhar com eles todas as suas preocupações, gostaria de os aconselhar, gostaria de caminhar com eles pelas ruas, entrar nas casas, reavivar a alegria deles com a minha presença”. Foi por isso que Ele decidiu permanecer conosco e fazer-nos sentir a sua proximidade, a sua força, o seu amor. O Evangelho de Lucas narra que os discípulos, depois de terem visto Jesus subir ao Céu, “voltaram para Jerusalém, com grande alegria” (Lc 24,52). Como é possível isso? É porque eles tinham experimentado o quanto são verdadeiras aquelas suas palavras. Também nós sentiremos uma imensa alegria se acreditarmos realmente na promessa de Jesus. “Eis que estou convosco todos os dias até o fim dos tempos”. Essas palavras, as últimas que Jesus dirige aos seus discípulos, assinalam o fim da sua vida terrena e, ao mesmo tempo, o início da vida da Igreja, na qual Ele está presente de muitos modos: na Eucaristia, na sua Palavra, nos seus ministros (os bispos, os sacerdotes), nos pobres, nos pequeninos, nos excluídos… em todos os próximos. Nós costumamos dar destaque a uma presença especial de Jesus, aquela que Ele mesmo nos indicou, sempre no Evangelho de Mateus: “Onde dois ou três estiveram reunidos em meu nome, eu estou ali, no meio deles” (Mt 18,20). Por meio dessa presença Jesus quer ter a possibilidade de comparecer em todo lugar. Quando vivemos tudo o que Ele manda e de modo especial o seu mandamento novo, podemos experimentar esta sua presença inclusive fora da igrejas, no meio das pessoas, lá onde elas vivem, em todo lugar. A parte que cabe a nós é manter o amor mútuo, de serviço, de compreensão, de participação nas dores, nos anseios e nas alegrias dos nossos irmãos, aquele amor que tudo cobre, que tudo perdoa, amor típico do cristianismo. Procuremos viver assim, para que todos tenham já nesta terra a possibilidade de se encontrar com Jesus. Chiara Lubich Este comentário à Palavra de Vida foi publicado originalmente em maio de 2002.
Colocar em prática o amor
Colocar em prática o amor
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