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As escrituras tradicionais do hinduísmo e o carisma de Chiara Lubich foram colocados em confronto em três mesas-redondas, dia 7 de fevereiro passado, no departamento de Sânscrito da
Mumbai Vidya Peeth. No contexto atual, qual formação acadêmica é necessária para dar relevo ao diálogo?
Uma formação orientada à valorização da alteridade. As colocações evidenciaram a experiência de diálogo vivida, nestes anos, pelos membros dos Focolares e professores de tradição hindu. Sucederam-se considerações, pautadas no ensinamento de alguns recentes reformadores do hinduísmo, como Swami Vivekananda, Juddi Krishnamurty e o Mahatma Gandhi. Participaram do encontro, além de diversos representantes da comunidade local do Movimento dos Focolares, vários estudantes e assistentes dos departamentos de Filosofia e Sânscrito da Universidade de Mumbai. Positivos os comentários que, segundo palavras das Professoras Shubada Joshi, Madhavi Narsalay e Meenal Katarnikar, fazem esperar em futuros desenvolvimentos no caminho iniciado quinze anos atrás por Chiara Lubich, na sua primeira visita a Mumbai.
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O
Prof. Sureshchandra Upadhyaya – acadêmico de Mumbai – declarou, em um vídeo-entrevista, a respeito do seu relacionamento com os Focolares:
«Entrei profundamente na filosofia de Chiara, a filosofia do Amor, e percebi que esta é voltada a cada ser humano. Chiara pertence à toda a humanidade. E quando falas com ela, quando lês os seus livros, percebes que estás lendo de ti mesmo».
«Upadhyaya é um homem de um calibre espiritual e intelectual extraordinários», salientou Jesús Morán, copresidente dos Focolares, durante a transmissão do
Collegamento CH, dia 13 de fevereiro passado
, «é um profeta, no sentido mais belo da palavra. Uma das professoras que conhecemos disse: “O fulcro do hinduísmo é a divinização do homem e a humanização de Deus”. Sobre este conceito pode-se trabalhar muito, juntos
».
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Nas pegadas de Gandhi – Em Coimbatore existem, há anos, vários tipos de colaboração, seja no âmbito social que cultural, assim como projetos de formação informal à paz e à prevenção dos conflitos. Neste contexto houve várias manifestações. O início foi a celebração do 25º aniversário de fundação dos
Bala Shanti, creches presentes nas aldeias da região de Coimbatore, nascidas da colaboração entre Ação Famílias Novas e Shanti Ashram, que continuam a garantir o acesso à escolaridade, inclusive a crianças de classes sociais descriminadas. A XXI Mesa-redonda Sarvo-Foco (entre membros do movimento gandhiano e os Focolares) mostrou o caminho realizado nestes anos e o envolvimento espiritual, vital e social daqueles que se comprometeram no caminho de diálogo, juntamente com as respectiva instituições e comunidades (Gandigram University, Madurai Kamaraj University, Shanti Ashram, Gandhi Museum, Bharatya Vidya Bhavan de Coimbatore, para citar só algumas). Seja em Mumbai que em Coimbatore, foram avaliadas as possibilidades de colaboração com o Instituto Universitário Sophia, de Loppiano. Intercâmbio de professores e estudantes e o estudo de textos de Chiara Lubich, nos quais inspira-se o diálogo e que são considerados de natureza mística, no primeiro caso; acordos de colaboração com três instituições gandhianas do Tamil Nadu, no segundo, com o objetivo de inserir os estudos gandhianos no curso de diálogo inter-religioso de Sophia.
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Antes de deixar Coimbatore, Maria Voce e Jesús Morán, com toda a delegação, participaram da cerimônia em memória do assassinato do Mahatma Gandhi, realizada na Escola de Bharatya Vidya Bhavan, na periferia da cidade. Foi ali que Maria Voce propôs uma reflexão sobre a dimensão espiritual da riquíssima personalidade de Gandhi, sublinhando como «nestes anos, nós, cristãos, recebemos de presente muitos valores e intuições do Mahatma e encontramos neles uma surpreendente proximidade com o espírito que Deus doou a Chiara Lubich».
«No Memorial Gandhi, o mausoléu construído no local onde Gandhi foi morto –
contou a presidente após seu retorno -,
um lugar de fala de martírio e violência, tudo falava de paz, havia uma harmonia que deixava no coração uma serenidade sobrenatural, divina. Era o testemunho de um homem que venceu a violência com a não violência. E isso podia ser visto em todas as pessoas presentes». Leia também:
Na Índia, um diálogo de corações e mentes
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