No verão de 1962, Chiara Lubich teve a primeira intuição do que hoje são as “mariápolis permanentes” ou “cidadelas”. «E foi em Einsiedeln (na Suiça, ndr.) que entendi, olhando do alto de uma colina a basílica e o seu contorno, que deveria surgir no Movimento uma cidade, a qual não seria formada por uma abadia ou por hoteis, mas por casas, lugares de trabalho, escolas, como uma cidade qualquer”, escreve Chiara no seu diário (março de 1967). Hoje, existem 32 mariápolis permanentes espalhadas em todos os continentes e habitadas por pessoas que querem fazer uma experiência de vida e de doação aos irmãos. São como laboratórios de fraternidade onde a espiritualidade da unidade permeia os relacionamentos humanos, construindo um modelo de sociedade baseada na lei evangélica do amor recíproco. Cada uma tem uma característica particular, em harmonia com o contexto social em que se localiza. Loppiano, a primeira cidadela, que nasceu nos anos 60, perto de Florença (Itália), e Montet (Suíça) tem o timbre da internacionalidade, da multiculturalidade e da formação. Ottmaring (Alemanha) tem uma vocação ecumênica: seus habitantes são membros de várias igrejas. As cidadelas da América Central e do Sul são mais orientadas para o compromisso social. Tagaytay (Filipinas) e Luminosa (USA) para o diálogo interreligioso; Fontem, na República dos Camarões, para a inculturação. E assim por diante. Nestes dias, aproveitando o período das festas de Natal, as cidadelas oferecem momentos de repouso no espírito da fraternidade que as caracterizam. De Loppiano os jovens escrevem: «Muito mais do que uma ceia, muito mais que uma festa. É assim que queremos que sejam estes três dias que estamos organizando de 30 de dezembro a 1° de janeiro». Não vai faltar nem a experiência de fazer música com o grupo internacional Gen Verde que tem a sua sede na cidadela, com a possibilidade de subir no palco, em 31 de dezembro, com as artistas durante o “One World Celebration“, na noite do ano novo no Auditorium de Loppiano. No dia seguinte, haverá o Concerto de Ano Novo oferecido por um grupo de artistas, dirigidos pelo maestro Sandro Crippa. Nos Estados Unidos os habitantes da Mariápolis Luminosa, que se localiza em Hyde Park (NI) na bela Hudson Valley, oferecem, a partir da metade de dezembro, uma sequência de Coros polifônicos que interpretam os típicos Christmas Carols, com um programa especial também para as crianças. A mariápolis Luminosa também é sede de uma mostra de 50 Presépios, iniciada em 1987 e que teve um sucesso imediato. O número de visitantes, estudantes, famílias e adolescentes continua a crescer. No Centro Mariápolis “Am Spiegeln” (Viena), de 27 a 30 de dezembro é previsto um interessante programa com passeios, excursões ao parque e ao castelo de Schönbrunn, além de jogos, reflexões e momentos de oração: «Queremos oferecer um espaço onde as pessoas possam encontrar-se sem preconceitos», escrevem os organizadores. Na Bélgica, a “Mariápolis Vita”, localiza-se em Rotselaar. A sua especificidade esta na sua orientação ecologica. Nestes dias, estão previstos um Mercado anual de antiguidades e no domingo, 17 de dezembro, e o tradicional leilão para arrecadar fundos para a manutenção da cidadela. Da “Mariápolis Lia” (Argentina), escrevem: «Convidamos para o almoço de Natal algumas pessoas idosas que vivem sozinhas. Isso já é uma tradição. Oferecemos aos nossos convidados momentos de reflexão e de partilha da vida. A ceia de 24 de dezembro e o almoço de 25 de dezembro também representam momentos de fraternidade entre todos. Com os parentes dos numerosos jovens presentes na cidadela faremos o presépio vivo depois da missa de Natal, enquanto o coro da Mariápolis brindará a assembleia executando músicas de Natal de vários países. Este ano também participaremos no presépio vivo na paróquia da cidade vizinha de O’Higgins. Vamos festejar o nascimento de Jesus nos pampas argentinos».
Colocar em prática o amor
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