Movimento dos Focolares

No castelo de Seggau

Ago 9, 2018

De 24 de julho a 1º de agosto se realizou em Seggau (Áustria) o costumeiro encontro de verão dos bispos que animam os encontros de bispos amigos do Movimento dos Focolares nas diversas partes do mundo. 63 participantes de 31 países, para viver e aprofundar a espiritualidade de comunhão.

Foto: Fabio Ciardi, omi

«Quem nos convidou a este lugar encantador – a Estíria, o “coração verde” da Áustria, como o chamam aqui – foi D. Wilhelm Krautwaschl, atual bispo desta diocese que acabou de fazer 800 anos», escreve o cardeal tailandês Francis Xavier Kriengsak, coordenador dos bispos amigos do Movimento dos Focolares. «Para nós esta estadia foi a ocasião para vivermos juntos como irmãos, compartilhar alegrias e dores, regenerar as forças e nos ancorar novamente no essencial». Um pouco de história. O primeiro encontro de bispos amigos dos Focolares se realizou em 1977, por convite do teólogo Klaus Hemmerle (1929-1994), que era bispo de Aachen (Alemanha). Naquela vez os participantes foram doze, provenientes dos cinco continentes. Na audiência geral no Vaticano, Paulo VI, saudando-os, os encorajou a ir em frente. No ano seguinte, encontrando-os pela última vez, disse a eles: «Como chefe do colégio apostólico vos encorajo, vos estimulo, vos exorto a continuar nesta iniciativa». O mesmo encorajamento chegou dos papas seguintes, até o Papa Francisco que enviou uma saudação. Depois, em 1981, começaram estas férias de verão entre bispos com um pequeno grupo. Chiara Lubich, em 1984, os convidou a «se projetarem decididamente, junto com a Obra de Maria, na direção da unidade das igrejas e o diálogo com as religiões e com todas as pessoas de boa vontade», em sintonia com o objetivo da Igreja e da espiritualidade dos Focolares. «Este convite – escrevem –provocou um salto de qualidade da nossa comunhão».

Foto: Fabio Ciardi, omi

Este ano, os participantes foram 63, provenientes de 31 países, dentre os quais, por alguns dias, o bispo luterano Christian Krause, ex-Presidente da Federação Luterana Mundial. O objetivo, o mesmo de sempre: «aprofundar e viver a espiritualidade de comunhão» e «explorar os modos de como ela pode potencializar a caminhada da Igreja» nas várias circunstâncias socioculturais. O contexto: o belo Castelo de Seggau (séc. XII), antiga sede dos bispos de Graz, hoje transformado em centro para congressos, imerso no verde. O encontro começou num clima de grande alegria e fraternidade, «repercorrendo – escrevem – os primórdios da participação dos bispos no carisma da unidade, que os levou a almejar a vida de comunhão não só durante as férias de verão, mas também, à distância, durante o ano inteiro». Muitos os discursos. Pe. Fabio Ciardi (OMI), responsável da Escola Abba, expôs algumas meditações sobre a experiência de luz vivida por Chiara Lubich em 1949. D. Vincenzo Zani, secretário da Congregação para a Educação Católica, explanou o Sínodo dos bispos sobre o tema dos jovens, que acontecerá em outubro. D. Brendan Leahy (Irlanda), fez uma palestra sobre o Encontro mundial das famílias, que se realizará no final de agosto em Dublin, com a presença do Santo Padre. Maria Voce, presidente dos Focolares, antecipou o tema que será aprofundado, durante o próximo ano, por todos os membros dos Focolares: “O Espírito Santo, alma da Igreja e do mundo”. Depois, junto com o copresidente Jesús Morán, falou sobre a viagem deles a alguns países asiáticos, no mês de março passado, para se encontrar com as comunidades do Movimento, e sobre a recente grande manifestação dos jovens, o Genfest em Manila. Ainda mais, foi assistido novamente o discurso do Papa na cidadezinha de Loppiano (no dia 10 de maio passado), definido por Morán «uma espécie de vademecum para a caminhada da Obra de Maria». O Governador da Região acolheu os bispos na Sala Magna da antiga universidade dos Jesuítas, oferecendo a eles uma recepção. Um evento – disse – sem precedentes, que se insere na boa colaboração entre instituições civis e igreja «em espírito ecumênico e com abertura a todas as religiões».

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