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Viveu os últimos anos longe dos holofotes, no seu focolare em Rocca di Papa, junto com alguns dos primeiros focolarinos, companheiros de viagem de sempre: Marco Tecilla, Bruno Venturini, Giorgio Marchetti. A sua é uma figura muito importante na história dos Focolares: tinha apenas 20 anos quando, em 1949, Chiara Lubich lhe pediu para partilhar a responsabilidade do nascente Movimento. Chiara Lubich sempre percebeu que Pasquale Foresi tinha um papel especial para o desenvolvimento do Movimento dos Focolares: o da encarnação do carisma da unidade, e por isso o considerava, junto a Igino Giordani, um seu cofundador. Em 1949, ano em que conheceu Chiara e o Movimento, Pasquale Foresi era um jovem em busca. Havia sentido a vocação ao sacerdócio e frequentava o seminário de Pistoia e o Colégio Capranica, em Roma. Ele conta: “Estava contente, satisfeito com a minha escolha. Porém, num determinado momento, não tive uma crise de fé, mas simplesmente comecei a ver tudo com outros olhos. (…). Foi nesse período que conheci o Movimento dos Focolares. Nas pessoas que participavam dele notei uma fé absoluta na Igreja católica e, ao mesmo tempo, uma vida evangélica radical. Entendi que aquele era o meu lugar e, muito em breve, a ideia do sacerdócio retornou”. Tornou-se o primeiro focolarino sacerdote. Depois dele outros focolarinos perceberam este chamado especial, a serviço do Movimento. Pasquale reconheceu, nos primeiros passos dados por Chiara Lubich e o primeiro grupo que começou com ela, “uma fonte jorrada do Evangelho que irrompeu na Igreja” e, iniciou uma colaboração que o levou a contribuir de forma fundamental para o desenvolvimento do Movimento, como estreito colaborador da fundadora. Com relação aos principais encargos confiados a ele, o próprio Foresi escreve: “Sendo sacerdote, fui encarregado de manter os primeiros relacionamentos do Movimento dos Focolares com a Santa Sé. Outra função minha, com o passar do tempo, foi a de acompanhar o desenvolvimento do Movimento e colaborar, diretamente com Chiara, na redação dos vários estatutos. Pude também suscitar e seguir obras concretas a serviço do Movimento, como o Centro Mariápolis, para a formação dos membros, em Rocca di Papa, a Mariápolis permanente de Loppiano, a casa editora Città Nuova, em Roma, e outras obras que foram se multiplicando pelo mundo”. Mas existe ainda outro aspecto característico da sua vida ao lado de Chiara, que talvez represente melhor que os outros a contribuição especial que ele deu ao desenvolvimento do Movimento. Escreveu: “Está na lógica das coisas que cada nova corrente de espiritualidade, todo grande carisma, traga incrementos culturais, em todos os níveis. Se olhamos a história constatamos que isto sempre aconteceu, com reflexos na arquitetura, na arte, nas estruturas eclesiais e sociais, nos vários setores do pensamento humano e especialmente na teologia”. Várias vezes ele interveio, com a palavra e com a escrita, ao apresentar a teologia do carisma de Chiara na sua dimensão social e espiritual, salientando, com autoridade, a novidade que encerra, seja relativamente à vida que ao pensamento. Das suas páginas brota “uma perspicácia de análise, uma amplitude de visão e um otimismo no futuro, possíveis devido à sabedoria que nasce de uma forte e original experiência carismática, além dos abismos de luz e de amor, de humildade e fidelidade, que somente Deus pode escavar na vida de uma pessoa” (Do prefácio de “Colóquios“, perguntas e respostas sobre a espiritualidade da unidade). O Movimento dos Focolares no mundo inteiro o recorda com imensa gratidão.
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