Movimento dos Focolares

Uma celebração “de família”

Abr 23, 2018

O “povo” de Chiara Lubich espalhado no mundo inteiro celebra este ano o décimo ano do falecimento da fundadora dos Focolares. Ocasião para uma nova compreensão do carisma da unidade, especialmente nos contextos difíceis de guerra e vulnerabilidade social.

«Hoje, por ocasião do décimo aniversário do seu falecimento, recordamos uma grande mulher». São palavras do Arcebispo de Belgrado (Sérvia), Mons. Hočevar, durante a celebração de uma Missa no dia 14 de março passado: «Enquanto o mundo era governado pelas trevas, uma nova Luz iluminou o coração de Chiara Lubich. Onde o pecado, o ódio e o mal criavam a divisão, o amor aproximou-se, para conectar, unir, construir e restaurar. Sob o choque de conflitos históricos, culturais e sociais, hoje, como naquela época, somos chamados a acender uma nova luz de compreensão, unidade e cooperação». Aproximar, conectar, unir, construir: são os verbos que talvez melhor exprimam o sentido de uma “festa” planetária iniciada no último mês de março, e ainda em andamento, para recordar e lançar novamente a herança espiritual deixada pela fundadora dos Focolares. «Se hoje tivesse que deixar esta terra e me pedissem uma palavra, como a última que define o nosso Ideal, diria, certa de ser entendida no exato sentido da palavra: sejam uma família». Pronunciadas por Chiara Lubich em dezembro de 1973, estas palavras ressoam como um testamento sempre atual. Damos alguns flash, das muitas notícias que chegaram de todos os cantos do mundo. Em Chiang Mai, entre as montanhas da Tailândia setentrional, onde centenas de templos budistas ricamente decorados são o símbolo cultural da nação, cerca de sessenta membros da comunidade dos Focolares, recordaram Chiara Lubich com uma iniciativa de ajuda a uma comunidade pobre da tribo Kachin. Os membros pertencem a cinco diferentes grupos étnicos (Thai, Karen, Akha, Lahu, Kachin), além de outros provenientes das Filipinas, «Depois da Celebração Eucarística, crianças e adultos da comunidade fomos até uma aldeia pobre, a 7 km da cidade, onde vivem alguns amigos nossos da tribo Kachin. Os habitantes dali pediram-nos para limpar e preparar um lugar onde as crianças pudessem brincar. No fim, aquele pequeno lugar era muito diferente, mas a verdadeira transformação aconteceu no coração e nos relacionamentos pessoais, enquanto trabalhamos e suamos sob o sol que queimava. Naquele bairro pobre Deus estava presente. Procuramos mudar o mundo, uma aldeia de cada vez». Em seis regiões do Quênia, em contextos político-sociais caracterizados por tensões, incertezas, desconfiança e, em alguns casos, verdadeiros conflitos entre as pessoas, as comunidades organizaram dias de convívio para incarnar com um novo impulso a mensagem da unidade e enfrentar os desafios de um país multiétnico e multirreligioso. Houve reuniões em Garissa, na região oriental, atingida por fortes tensões entre cristãos e muçulmanos, em Amukura e em Seme no oeste, em Mombasa, na costa, e também em Karatina no centro e Meru no nordeste. «Chiara continua a guiar-nos neste momento da nossa história». Quase por toda a parte, nos vários países, as autoridades religiosas ou os representantes da Igreja são presentes e participantes. Em Varsávia (Polônia) o Bispo da Igreja Metodista enviou uma mensagem à comunidade reunida, enquanto o Núnzio da Igreja católica levou a todos a saudação de Papa Francisco. Em Moscou (Rússia), durante uma noite enriquecida pela troca espontânea de experiências entre os participantes, a recordação da chegada, nos anos 70, dos primeiros focolarinos na então União Soviética foi um motivo para expressar a gratidão. Também em Chelyabinsk, na encosta oriental dos Montes Urais, a cerca de 1900 km de Moscou, reuniu-se a comunidade dos Focolares, enquanto em Krasnojarsk, na Rússia siberiana central, realizou-se durante três dias uma “mariápolis”, definida não por acaso como “de família”. A “herança” de Chiara Lubich ressoa com uma intensidade especial em Dublim, na Irlanda, escolhida para hospedar, no próximo mês de agosto, o Encontro Mundial das Famílias. Aqui a sua figura também será recordada com testemunhos de acolhimento e cuidado entre as gerações. Em Estocolmo, na Suécia, um grupo de jovens está preparando um jantar para todos da comunidade. Sera uma oportunidade para uma troca entre os participantes sobre os efeitos da espiritualidade da unidade na própria vida. Também aqui será uma festa “de família”. Chiara Favotti

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