Movimento dos Focolares

Julho 2012

“A quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem”.

Qual é, então, o significado dessas palavras? Jesus nos convida a abrirmos nosso coração à Palavra que Ele veio anunciar e da qual nos pedirá contas no final da vida.

Os textos evangélicos mostram que o anúncio dessa Palavra é o centro dos anseios e de toda a atividade de Jesus. Vemos como Ele vai de cidade em cidade, pelas ruas e praças, pelos campos, às casas e sinagogas, anunciando a mensagem da salvação, dirigindo-se a todos, mas especialmente aos pobres, aos humildes, àqueles que tinham sido marginalizados. Ele compara a sua Palavra à luz, ao sal, ao fermento, a uma rede lançada ao mar, à semente jogada na terra. E haverá de dar a sua vida para que o fogo contido na Palavra se alastre.

“A quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem”.

Jesus espera a transformação do mundo pela Palavra que Ele anunciou. Consequentemente, Ele não aceita que, diante desse anúncio, alguém fique numa posição de neutralidade ou morno ou indiferente. Não admite que um dom tão grande, uma vez recebido, possa permanecer improdutivo.

Para deixar bem clara sua exigência, Jesus reafirma uma de suas leis, que é o fundamento de toda a vida espiritual: se alguém coloca em prática a sua Palavra, Ele o introduzirá cada vez mais nas riquezas e alegrias incomparáveis do seu Reino; por outro lado, se alguém não der importância a essa Palavra, Jesus a tirará dele e a entregará a outros para que ela frutifique.

“A quem tem será dado ainda mais, e terá em abundância; mas a quem não tem será tirado até o que tem”.

Essa Palavra de Vida nos alerta, portanto, contra um grave erro em que poderíamos cair: acolher o Evangelho, considerando-o talvez apenas como objeto de estudo, de admiração, de debates, mas sem colocá-lo em prática.

Jesus, pelo contrário, espera que nós acolhamos a Palavra e a transformemos em vida dentro de nós, deixando que se torne a força que permeia todas as nossas atividades; e que, desse modo, através do testemunho de nossa vida, ela seja aquela luz, aquele sal, aquele fermento que, aos poucos, transforma a sociedade.

Então, durante este mês, vamos evidenciar uma das muitas Palavras de Vida do Evangelho e colocá-la em prática. Assim a nossa alegria será acrescida de mais alegria ainda.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em julho de 1996.

Junho 2012

O “alimento que não perece” é a própria pessoa de Jesus e é também o seu ensinamento, pois o seu ensinamento e a sua pessoa constituem uma só coisa. E lendo mais adiante outras palavras de Jesus, percebe-se que esse “pão que não perece” se identifica também com o corpo eucarístico de Jesus. Podemos afirmar, portanto, que o “pão que não perece” é Jesus em pessoa, que se doa a nós na sua Palavra e na Eucaristia.  “Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará”. A imagem do pão, bem como a da água, é muito empregada na Bíblia. Ambos representam os alimentos básicos indispensáveis para a vida humana. Ora, Jesus, aplicando a si mesmo a imagem do pão, quer dizer que a sua pessoa, o seu ensinamento, são indispensáveis para a vida espiritual do homem, assim como o pão é imprescindível para a vida do corpo. O pão material, sem dúvida, é necessário. Tanto que Jesus mesmo o providencia de forma milagrosa para as multidões. Porém, só o pão material não é suficiente. O homem traz dentro de si – talvez sem ter plena consciência disso – uma fome de justiça, de verdade, de bondade, de amor, de pureza, de luz, de paz, de alegria, de infinito, de eterno, fome que nada no mundo pode saciar. Jesus se propõe a si mesmo como o único capaz de saciar essa fome interior do homem. “Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará”. No entanto, apresentando-se como o “pão da vida”, Jesus não se limita a afirmar a necessidade de nos nutrirmos dele – ou seja, que precisamos acreditar nas suas palavras para termos a vida eterna – mas quer nos fazer experimentar a sua vida. De fato, ao afirmar: “Trabalhai não pelo alimento que perece”, ele nos faz um convite insistente. Diz que é necessário ir atrás, imaginar de tudo para conseguir esse alimento. Jesus não se impõe, mas quer ser descoberto, quer que experimentemos a sua vida. É claro que o homem, unicamente com as suas forças, não é capaz de chegar até Jesus. Só por um dom de Deus isso é possível. Mas Jesus está sempre convidando o homem a colocar-se na disposição de acolher o dom Dele mesmo, um dom que Jesus deseja lhe fazer. E é justamente se esforçando por colocar em prática a sua Palavra que a pessoa chega à plena fé Nele, a saborear a sua Palavra como se saboreia um pão cheiroso e gostoso. “Trabalhai não pelo alimento que perece, mas pelo alimento que permanece até à vida eterna, e que o Filho do Homem vos dará”. A Palavra de Vida deste mês não tem por objetivo um ponto determinado do ensinamento de Jesus (como, por exemplo, o perdão das ofensas, o desprendimento das riquezas, etc.), mas nos conduz de volta à própria raiz da vida cristã, que é o nosso relacionamento pessoal com Jesus. Acredito que todo aquele que começou a viver com empenho a sua Palavra, sobretudo o mandamento do amor ao próximo – síntese de todas as palavras de Deus e de todos os mandamentos –, percebe ao menos um pouco que Jesus é o “pão” de sua vida, capaz de saciar os desejos de seu coração, que é a fonte de sua alegria e de sua luz. Colocando-a em prática, experimentou, ao menos um pouco, que a Palavra de Deus é a verdadeira resposta aos problemas do homem e do mundo. E uma vez que Jesus, “pão da vida”, faz o dom supremo de si mesmo na Eucaristia, o cristão procura espontaneamente recebê-la com amor, e ela ocupa um lugar importante em sua vida. Então, é preciso que aquele que já fez essa fantástica experiência não guarde para si a sua descoberta, mas, com a mesma insistência com que Jesus exorta a buscar o “pão da vida”, a comunique aos outros, a fim de que muitos encontrem em Jesus aquilo que seu coração procura desde sempre. É um enorme gesto de amor que ele fará aos irmãos para que também eles possam conhecer o que é a verdadeira vida já a partir desta terra, e tenham a vida que não morre. E o que haveria de melhor para desejar?

Chiara Lubich


Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em agosto de 1985.       

Maio 2012

«Eu vim lançar fogo sobre a Terra, e como gostaria que ele já estivesse aceso!».

Jesus nos doa o Espírito. Mas de que modo age o Espírito Santo?

Ele age derramando em nós o amor, aquele amor que, segundo o Seu desejo, devemos manter aceso em nossos corações.

E como é esse amor?

Não é um amor terreno, limitado; é um amor segundo o Evangelho. É universal como o amor do Pai celeste, que manda a chuva e o sol para todos, para os bons e os maus, inclusive para os inimigos (cf Mt 5, 44-45).

É um amor que não espera nada dos outros, mas que toma sempre a iniciativa, que é o primeiro a amar.

É um amor que se “faz um” com toda e qualquer pessoa: partilha com ela o seu sofrimento, sua alegria, suas preocupações e esperanças. E faz isso concretamente, com fatos, quando se apresenta a ocasião. Portanto, não é um amor simplesmente sentimental, ou feito só de palavras.

É um amor que nos faz amar Cristo no irmão ou na irmã, porque nos faz lembra aquelas palavras Dele: «… a mim o fizestes» (Mt 25,40).

É, ainda, um amor que tende à reciprocidade, que busca realizar com os outros, o amor mútuo. É este amor que, sendo expressão visível, concreta da nossa pautada pelo Evangelho, reforça e confirma nossa palavra que, depois, poderemos e deveremos oferecer para evangelizar.

«Eu vim lançar fogo sobre a Terra, e como gostaria que ele já estivesse aceso!».

O amor é como o fogo: o importante é que permaneça aceso. E, para que isso aconteça, é preciso sempre queimar alguma coisa. A começar pelo nosso “eu” egoísta. E nós o conseguimos porque, quando amamos, estamos completamente projetados no outro; ou em Deus, cumprindo a Sua vontade, ou no próximo, ajudando-o.

Um fogo aceso, ainda que pequeno, se for alimentado, pode tornar-se um grande incêndio. Aquele incêndio de amor, de paz, de fraternidade universal que Jesus trouxe à Terra.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em agosto de 2001.

Abril 2012

«Já estais purificados…». De que pureza se trata? É aquela disposição de ânimo necessária para estar diante de Deus, aquela ausência de obstáculos (como o pecado, por exemplo) que se opõem ao contacto com o sacro e ao encontro com o divino. Para ter esta pureza é necessária urna ajuda do Alto. Já no Antigo Testamento o homem tinha tomado consciência da sua incapacidade de se aproximar de Deus apenas com as suas próprias forças. Era necessário que Deus lhe purificasse o coração, lhe desse um coração novo. Há um Salmo lindíssimo que diz: «Cria em mim, ó Deus, um coração puro» (1). «Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado». Segundo Jesus, existe um meio para se ser puro: é a Sua Palavra. Aquela Palavra que os discípulos ouviram, e à qual aderiram, purificou-os. A Palavra de Jesus, na verdade, não é como as palavras humanas. Nela está presente Cristo tal como, de outro modo, está presente na Eucaristia. Por meio dela, Cristo entra em nós. Aceitando-a, pondo-a em prática, faz-se com que Cristo nasça e cresça no nosso coração. Paulo VI dizia: «Como é que Jesus se torna presente nas almas? Através da comunicação da Palavra passa o pensamento divino, passa o Verbo, o Filho de Deus feito Homem. Poder-se-ia afirmar que o Senhor Se encarna dentro de nós, quando aceitamos que a Palavra venha viver dentro de nós» (2). «Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado». A Palavra de Jesus é também comparada a uma semente lançada no íntimo do crente. Quando é recebida, ela penetra em cada pessoa e, como uma semente, desenvolve-se, cresce, dá fruto, “cristifica”, tornando-nos semelhantes a Cristo. Quando é interiorizada pelo Espírito, a Palavra tem realmente a capacidade e a força de manter o cristão afastado do mal: enquanto deixar agir em si a Palavra, ele estará livre do pecado, e, portanto, é puro. Pecará só se deixar de obedecer à verdade. «Vós já estais purificados pela palavra que vos tenho anunciado». Como devemos viver, então, para merecermos também nós o elogio de Jesus? Pondo em prática cada Palavra de Deus, nutrindo-nos dela, momento após momento. Fazendo da nossa existência uma obra de contínua reevangelização. Deste modo podemos chegar a ter os mesmos pensamentos e sentimentos de Jesus, para O revivermos no mundo, para mostrarmos à sociedade – muitas vezes enredada no visco do mal e do pecado – a pureza divina, a transparência que o Evangelho dá. Durante este mês, ainda, se for possível (isto é, se as nossas intenções forem partilhadas por outros), procuremos pôr em prática, de modo especial, a Palavra que exprime o mandamento do amor recíproco. Na verdade, para João evangelista – que refere a frase de Jesus que hoje consideramos – existe uma ligação entre a Palavra de Cristo e o mandamento novo. Segundo ele, é no amor recíproco que se vive a Palavra com os seus efeitos de purificação, de santidade, de impecabilidade, de fruto, de proximidade com Deus. O indivíduo isolado é incapaz de resistir durante muito tempo às solicitações do mundo, ao passo que, no amor recíproco, encontra um ambiente são, onde pode proteger a sua existência cristã autêntica.

Chiara Lubich

1) Sl 51, 12; 2) Insegnamenti di Paolo VI, V, Cidade do Vaticano 1967, p. 936. Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em maio de 1982.

Março 2012

“A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.” Pedro tinha entendido que as palavras do seu Mestre eram diferentes das palavras dos outros mestres. As palavras que vão da terra para a terra pertencem à terra e têm o destino da terra. As palavras de Jesus são espírito e vida porque vêm do Céu. Elas são uma luz que desce do Alto e tem a potência do Alto. As suas palavras possuem uma densidade e uma profundidade que as outras palavras não têm, sejam elas de filósofos, de políticos, ou de poetas. São “palavras de vida eterna” (Jo 6,68) porque contêm, expressam e transmitem a plenitude daquela vida que não tem fim, porque é a própria vida de Deus. Jesus ressuscitou e vive. E as suas palavras, embora pronunciadas no passado, não são uma simples recordação, mas são palavras que Ele dirige hoje a todos nós e a cada pessoa de todos os tempos e de todas as culturas. São palavras universais, eternas. As palavras de Jesus! Devem ter sido a sua maior arte, se assim pudermos dizer. O Verbo, falando com palavras humanas: que conteúdo, que intensidade, que inflexão, que voz! “Um dia – conta-nos, por exemplo, Basílio Magno (330-379, bispo de Cesareia, um dos grandes Padres da Igreja) – como que despertando de um longo sono, olhei a luz maravilhosa da verdade do Evangelho e descobri a vaidade da sabedoria dos príncipes deste mundo.” (Ep. CCXXIII, 2) Teresinha do Menino Jesus escreve, numa carta de 9 de maio de 1897: “Às vezes, quando leio certos tratados espirituais… o meu pobre e pequeno espírito não demora em se cansar. Fecho o livro dos sábios, que despedaça a minha cabeça e resseca o meu coração, e tomo em mãos a Sagrada Escritura. Então, tudo se torna luminoso para mim; uma só palavra descortina horizontes infinitos à minha alma e a perfeição me parece fácil” (Lettera 202; Scritti, Postulação Geral dos Carmelitas Descalços, Roma 1967, p. 734). Sim, as palavras divinas saciam o espírito, feito para o infinito; iluminam interiormente não só a mente, mas todo o ser, porque são luz, amor e vida. Elas dão a paz – aquela que Jesus define sua: “a minha paz” – inclusive nos momentos de inquietação e de angústia. Dão alegria plena, mesmo em meio à dor que por vezes atormenta a alma. Dão força, sobretudo quando sobrevém a perplexidade e quando nos desencorajamos. Libertam, porque abrem o caminho da Verdade.  “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna.” A frase deste mês lembra-nos que o único Mestre que queremos seguir é Jesus, mesmo quando as suas palavras podem parecer duras ou exigentes demais: ser honesto no trabalho; perdoar; preferir colocar-se a serviço do outro em vez de pensar de modo egoísta em si mesmo; permanecer fiel na vida familiar; assistir um doente terminal sem ceder à ideia da eutanásia… São muitos os mestres que nos induzem a adotar soluções fáceis, a fazer concessões. Queremos escutar o único Mestre e segui-lo, a Ele, o único que diz a verdade, que tem “palavras de vida eterna”. Assim também nós podemos repetir essas palavras de Pedro. Neste período de Quaresma, em que nos preparamos para a grande festa da Ressurreição, devemos colocar-nos efetivamente na escola do único Mestre e tornar-nos seus discípulos. Também em nós deve nascer um amor apaixonado pela Palavra de Deus. Vamos acolhê-la com atenção quando for proclamada nas igrejas; vamos ler a Palavra, estudá-la, meditá-la… Mas nós somos chamados, sobretudo, a vivê-la, de acordo com o ensinamento da  Escritura: “Todavia, sede praticantes da Palavra, e não meros ouvintes, enganando-vos a vós mesmos” (Tg 1,22). É por isso que nós, a cada mês, consideramos uma Palavra em especial, deixando que ela nos penetre, nos modele, “seja ela a viver em nós”. Vivendo uma Palavra de Jesus, vivemos todo o Evangelho, porque em cada uma de suas Palavras Ele se doa inteiramente, é Ele mesmo que vem viver em nós. É como se uma gota de sabedoria divina Dele, do Ressuscitado, lentamente fosse escavando-nos por dentro e substituindo o nosso modo de pensar, de querer, de agir em todas as circunstâncias da vida.

Chiara Lubich

Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em março de 2003.                   

Fevereiro 2012

“Convertei-vos e crede no Evangelho.” A Palavra de Deus acolhida e vivida, realiza uma completa mudança de mentalidade (= conversão). Coloca no coração de todos – europeus, asiáticos, australianos, americanos, africanos – os sentimentos de Cristo diante das circunstâncias, das pessoas e da sociedade. Mas de que modo o Evangelho pode realizar o milagre de uma profunda conversão, de uma fé nova e luminosa? O segredo está no mistério que as Palavras de Jesus encerram. Elas não são simplesmente exortações, sugestões, indicações, diretrizes, ordens ou comandos. Na Palavra de Jesus está presente o próprio Jesus a falar, a nos falar. As suas Palavras são Ele mesmo, são o próprio Jesus. É por isso que nós o encontramos na Palavra. E acolhendo a Palavra no nosso coração, como Ele quer que seja acolhida (ou seja, estando dispostos a traduzi-la em vida), tornamo-nos uma só coisa com Ele, e Ele nasce ou cresce em nós. É esse o motivo pelo qual cada um de nós pode e deve acolher esse convite tão urgente e tão exigente de Jesus. “Convertei-vos e crede no Evangelho.” Pode ser que alguém ache as palavras do Evangelho muito elevadas e difíceis, muito distantes do modo comum de viver e de pensar, e se sinta tentado a não escutá-las, a desanimar. Mas isso acontece quando se pensa que se deve remover sozinho a montanha da própria incredulidade. Ao passo que bastaria esforçar-se em viver ainda que fosse uma única Palavra do Evangelho, para encontrar nela uma ajuda inesperada, uma força sem igual, uma lâmpada para guiar os próprios passos (cf. Sl 118,105); porque a comunhão com aquela Palavra – sendo essa uma presença de Deus – liberta, purifica, converte, conforta, comunica alegria, doa sabedoria. “Convertei-vos e crede no Evangelho.” Quantas vezes durante o dia essa Palavra pode ser uma luz para nós! Toda vez que deparamos com a nossa fraqueza ou com a fraqueza dos outros, cada vez que nos parecer absurdo ou impossível seguir Jesus, quando as dificuldades tentarem nos abater, essa Palavra nos pode fazer alçar voo, pode ser para nós uma rajada de ar fresco, um estímulo a recomeçar. Bastará uma pequena e rápida “conversão” de rota para sairmos do isolamento do nosso eu e nos abrirmos a Deus, para experimentarmos uma vida diferente, a vida verdadeira. Depois, se pudermos compartilhar essa experiência com alguma pessoa amiga que também escolheu o Evangelho como seu código de vida, veremos a comunidade cristã brotar ou reflorescer ao nosso redor. Porque a Palavra de Deus, vivida e comunicada, realiza também este milagre: dá origem a uma comunidade visível, que se torna fermento e sal da sociedade, testemunhando Cristo em todos os pontos da terra. Chiara Lubich Esta Palavra de Vida foi publicada originalmente em fevereiro de 1997