Movimento dei Focolari

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Um alívio nas emergências humanitárias

Um alívio nas emergências humanitárias

Graças às doações de muitas pessoas foi possível intervir para aliviar o sofrimento de populações atingidas por desastres naturais ou guerras. A Coordenação de Emergências do Movimento dos Focolares faz um balanço da situação na captação de recursos para a Síria, Turquia, Ucrânia, Itália, Paquistão e Filipinas.

Conflitos armados, epidemias e desastres ambientais, como inundações ou terremotos, podem colocar populações inteiras em sérias dificuldades, com efeitos imediatos e de longo prazo. Para enfrentar estas situações graves, foi criada, no Movimento dos Focolares, a Coordenação de Emergência que, depois das situações de emergência humanitária, busca angariar fundos para ajudar as populações afetadas, com ações feitas através de programas apoiados por membros ou organizações do Movimento dos Focolares, em várias partes do mundo, atuando diretamente ou em parceria com outros.

Recentemente, a Coordenação de Emergência apresentou o Relatório 2023, demonstrando que, de 2016 até o final de 2023, um total de 5.361.505 euros foi coletado para emergências na Síria, Turquia, Ucrânia, Itália, Paquistão e Filipinas.

Na Síria, o projeto “Sementes da Esperança”, iniciado em setembro de 2018, permitiu oferecer assistência social e de saúde às famílias, acesso a medicamentos essenciais, serviços de saúde e cirurgia básica para pacientes de doenças crônicas, apoio educacional para crianças e adolescentes. Até agora, 23.170 pessoas se beneficiaram do programa.

Para o terremoto na Síria e na Turquia, que ocorreu em fevereiro de 2023, 6.273 pessoas foram socorridas de várias formas: assistência financeira a 405 famílias, distribuição de detergentes para 490 famílias e alimentos e roupas para 712 famílias, bem como apoio psicológico a idosos, adultos e jovens e cuidados médicos. Além disso, o Work Empowerment (para a valorização das habilidades de trabalho que todos têm com o incentivo de microcréditos) para 16 famílias e 32 pessoas e ações dirigidas às habitações de 138 famílias. Foi criada também uma pequena fazenda comunitária, para fornecer leite e geração de renda para famílias em uma aldeia turca habitada por refugiados afegãos.

Na Ucrânia, no entanto, a situação de emergência está em constante mudança: o conflito é prolongado e as necessidades da população são muitas e crescentes. Nos últimos anos foram prestados cuidados básicos de saúde a cerca de 12.000 pessoas e apoio financeiro extraordinário a mais de 2000 famílias. Houve várias atividades de acolhimento, na Itália, para famílias e crianças deslocadas para este país.  Foi realizado um acampamento escolar na Áustria, com 30 crianças de uma escola de ensino fundamental de Kiev. Foi aberto um abrigo onde crianças e mães podem passar o dia.

Outra emergência deste ano foram as inundações que atingiram várias regiões do planeta. No Paquistão foi possível contribuir com material de construção para a restauração de 20 casas destruídas, além de apoio a 1.150 pessoas. Após a inundação na região da Emilia-Romagna (Itália), em 2023, 16 famílias puderam ser ajudadas a comprar ou reparar bens materiais danificados pela água e foram realizadas reformas nas casas de 7 famílias. Além disso, foi criado um campo de trabalho voluntário e feita a reestruturação de uma fazenda-escola.

A Coordenação de Emergências do Movimento dos Focolares administra esses projetos através da Amu (Ação por um Mundo Unido) e AFN (Ação por Famílias Novas), duas ONGs nascidas do Movimento dos Focolares que trabalham na esfera social.

Até o momento, as campanhas de arrecadação de fundos continuam ativas para emergências na Ucrânia e após o terremoto na Síria e na Turquia.

Carlos Mana


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Um alívio nas emergências humanitárias

IA: uma via para a paz global e/o desenvolvimento humano integral

NetOne, associação internacional de profissionais de mídia e do cinema,  de operadores de tecnologias da informação, juntamente com New Humanity, uma Organização Não Governamental (ONG), realidades fundadas no espírito e nos valores que animam o Movimento dos Focolares, em colaboração com a Missão da Santa Sé junto às Nações Unidas, lançou a iniciativa ” IA: uma via para a paz global e/o desenvolvimento humano integral”, uma reflexão sobre a ética da inteligência artificial e suas implicações.

Na quarta-feira, 21 de fevereiro, NetOne juntamente à ONG New Humanity, em colaboração com a Missão da Santa Sé nas Nações Unidas, organizou a iniciativa “AI: A Pathwayto Global Peace and Integral HumanDevelopment” (AI: uma comunidade para a paz global e desenvolvimento humano integral), que aconteceu em Nova Iorque, UNHQ, ConferenceRoom 6, das 13:15 às 14:45 e foi seguida online em diversas partes do mundo.

A saudação de abertura de Vossa Excelência Reverendíssima Arcebispo Gabriele Caccia, observador permanente da Santa Sé nas Nações Unidas, deu o tom das reflexões: “Estamos à beira de uma revolução tecnológica sem precedentes na história da humanidade. A emergência da IA está remodelando o nosso mundo de modo profundo e sem precedentes. Da revolução das indústrias à transformação do nosso modo de viver, trabalhar e interagir, a IA tornou-se uma força motriz de mudança no século 21”.

Nos últimos anos, o progresso digital trouxe oportunidades e desafios significativos, com graves implicações em todos os âmbitos da sociedade. Nessa época, as rápidas mudanças tecnológicas, a Inteligência Artificial (IA) emergiu como um dos instrumentos mais potentes, com o potencial de transformar a sociedade, de promover a paz e alcançar o desenvolvimento sustentável. Todavia, as suas implicações éticas permanecem objeto de um intenso debate.

MaddalenaMaltese, jornalista e representante da ONG New Humanity, moderadora da mesa redonda do evento, recordou que “em 1º de janeiro passado, o Papa Francisco, na sua mensagem para o Dia Internacional da Paz, levantou questões urgentes sobre a IA: “Quais serão as consequências, a médio e longo prazo, dessas novas tecnologias digitais? E quais impactos terão sobre os indivíduos e sobre a sociedade, assim como sobre a estabilidade e sobre a paz internacional?” Ele também colocou em evidência que o secretário geral António Guterres, discutindo as prioridades para 2024, sublinhou que a IA será de interesse de toda a humanidade, reiterando a necessidade de uma abordagem universal para encará-la.

A mesa redonda, por meio do diálogo entre as diversas partes interessadas sobre os desafios éticos apresentados pela IA e pelas estratégias, discutiu a interação entre considerações técnicas, éticas, políticas, legais e econômicas.

 

Padre Philip Larrey, professor de Filosofia no Boston College, decano de Filosofia da Pontifícia Universidade Lateranense, presidente do Humanity 2.0, expôs uma série de questões urgentes com base no tema da paz. “ChatGPT ou Gemini podem escrever um perfeito plano de paz, olhando para as situações que estamos vivendo, mas estaremos dispostos a seguir essas indicações?”, disse Larrey ao enfatizar o fator humano como decisivo nas decisões a serem tomadas, também quando se trata de armas letais. Outro tema central do seu discurso foi aquele da empatia que podemos demonstrar às máquinas e que, às vezes, têm preferência sobre o elemento humano. “Os seres humanos compreendem o significado. As máquinas não, embora elas estejam se tornando muito boas em simular o que consideramos significativo”, insistiu o professor do Boston College, alertando contra o desafio, sempre mais difícil, de discernir o que pertence ao homem e o que pertence à tecnologia, com máquinas que no futuro poderão ser também programadas para ter sentimentos.

Laura Gherlone, pesquisadora em Semiótica pelo Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas da Argentina e docente na Universidade Católica da Argentina, membro da Comissão Internacional de NetOne, falou da Inteligência Artificial e, de forma geral, das tecnologias digitais à luz do pensamento da deocolonização digital. Ela sustentou que “hoje, os contextos pós-coloniais se encontram em uma encruzilhada: retroceder ou alcançar. Eles são forçados a acelerar drasticamente alguns processos que hoje incorporam um modelo de consciência tecnocêntrica, presumivelmente universal: a digitalização e a implementação de sistemas de inteligência artificial estão entre esses processos”. Ela afirma que esse processo “tem sempre um custo alto, em pelo menos três níveis: em nível econômico e técnico-estruturante, em nível social e, enfim, a adoção acelerada e forçada do progresso tecnológico como percurso até um modelo universal de consciência”. Gherlone sugere que “o debate ético sobre IA poderia ser notavelmente enriquecido por uma reflexão deocolonial, integrada, por exemplo, ao trabalho daqueles movimentos coletivos empenhados em repensar e redesenhar a arquitetura técnica ‘do Sul’, ou soluções teórico-metodológicas e práticas que, muitas vezes, são deixadas de lado porque distantes das lógicas do lucro”.

No encerramento do evento, duas boas práticas da sociedade civil. Marianne Najm, engenheira de comunicações com sede em Beirute, se concentrou sobre a ética de IA e sobre o conceito de juramento digital para os engenheiros e para quem quer que seja ativo no mundo digital. O projeto foi iniciado em 2019 inspirando-se no juramento de Hipócrates, o juramento que a maior parte dos médicos e médicas fazem ao final de seu percurso acadêmico. Assim como o juramento de Hipócrates tem como objetivo visa despertar a obrigação humana dos atores digitais, direcionando o seu trabalho para um projeto eticamente centrado no homem.

Marcelle Momha, camaronesa que vive nos Estados Unidos, analista das políticas e pesquisas tecnológicas especializadas em inteligência artificial, tecnologias emergentes e cyber segurança, preparou uma intervenção sobre a comunidade AI 2030, que para o momento não foi possível ilustrar, mas que está disponível nesse link. “AI 2030 é uma vivaz comunidade de líder empresários, cientistas de dados, profissionais de tecnologia da informação e pesquisadores pioneiros dedicados a estruturar o poder de transformação da inteligência artificial em benefício da humanidade reduzindo ao mínimo o potencial impacto negativo”, explica Marcelle sobre o seu tema.

Na sua mensagem para o Dia Mundial da Paz, o Santo Padre recordou que “os progressos tecnológicos que não levam a uma melhora da qualidade de vida de toda a humanidade, mas, ao contrário, agravam as desigualdades e os conflitos, não podem jamais serem considerados um verdadeiro progresso”. Como organizações da sociedade civil, queremos acompanhar os esforços das Nações Unidas e de todos aquelas instituições que estão trabalhando por um empenho ético no campo da tecnologia que apoiam os progressos digitais como contribuição à promoção dos princípios humanos de paz e fraternidade.

Para rever a transmissão em direto, pode aceder a esta ligação: https://webtv.un.org/en/asset/k1h/

Para reler os discursos e obter mais informações, aceda a: https://www.net-one.org/ia-una-via-per-la-pace-globale-e-lo-sviluppo-umano-integrale/

Fonte: https://www.net-one.org


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Um alívio nas emergências humanitárias

Os jovens e o tráfico de seres humanos

Uma semana de mobilização e oração contra o tráfico de seres humanos, nos dias 2 a 8 de fevereiro de 2024. Em Roma (Itália) reuniram-se 50 jovens de todos os continentes, entre estes alguns do Movimento dos Focolares.

O tráfico humano é o processo pelo qual as pessoas são constrangidas ou atraídas por falsas promessas, recrutadas, transferidas e forçadas a trabalhar e viver em condições de exploração ou abuso. É um fenômeno, como denunciam os recentes informativos da ONU, em constante e dramática evolução.

De 2 a 8 de fevereiro de 2014 realizou-se a semana de oração contra o tráfico humano. Instituída pelo Papa Francisco em 2015, a semana inclui sempre o dia 8 de fevereiro, festa de Santa Bakhita, uma religiosa sudanesa que ainda jovem foi escravizada, foi vendida e maltratada, vítima de tráfico, e é símbolo universal de luta contra esta chaga da humanidade. O tema deste ano foi “Caminhar pela dignidade. Escutar, sonhar e agir”.

Milhares de pessoas, no mundo inteiro, reuniram-se para refletir, rezar e compartilhar a própria experiência de compromisso contra este fenômeno global.

Em Roma, muitos jovens provenientes de diversos países – Quênia, Japão, Estados Unidos, Tailândia, Albânia, Canadá, México, França, Itália – participaram de conferências, flash mob, momentos de oração sobre este tema, e também do Ângelus e da audiência com o Papa Francisco. Entre eles alguns eram Gen 2, jovens do Movimento dos Focolares.

Prisque Dipinda, da República Democrática do Congo contou: “O evento mais significativo para mim foi a oração vigil of prayer na Igreja de Santa Maria em Trastevere, no coração de Roma. Foi um momento importante diante de Deus, a emoção a compartilhar junto com outros jovens que levam no coração o desafio do tráfico humano. Mas também a responsabilidade de ser parte dos protagonistas contra este fenômeno. Penso que para os jovens que participaram foi útil inclusive para tomar consciência de que muitos sofrem no mundo, por vários motivos: econômicos, políticos, religiosos. Foi uma oportunidade para refletir e começar a projetar juntos algo contra o sofrimento”.

Entre os Gen 2 presentes estavam Michel Haroun, franco libanês, e Miriana Dante, italiana. “Nunca me empenhei diretamente contra o tráfico humano – afirmou Michel -. Tenho alguma experiência no serviço aos migrantes que chegam na minha cidade ou nas fronteiras. Por exemplo, há alguns anos estive em Trieste, na Itália, ponto de chegada da rota balcânica, pela qual desembarcam na Itália migrantes de muitas partes do mundo devastadas por conflitos. Mas não tinha consciência de que os refugiados, antes de chegarem à Europa – mas também é válido para a América Latina, os Estados Unidos ou outras partes do mundo – sofrem violência e abuso de forma organizada.

Estes dias passados em Roma, com jovens de diversos continentes, com línguas e culturas diferentes, pertencentes a várias Igrejas cristãs, foram uma experiência rica de relacionamentos pessoais que, espero, perdurem, porque no final enfrentaremos – e já enfrentamos – o mundo todos juntos, porque somos parte da mesma geração”.

“Fiquei emocionada ao descobrir a história de Santa Bakhita – comenta Miriana -. Foi escrava, foi vendida. Mais tarde enfrentou com coragem tudo o que havia vivido no passado, lançando mensagens contra o tráfico de seres humanos. Eu me perguntei onde ela teria encontrado tanta força. Foi muito bom para mim encontrar muitos jovens como eu que se comprometem com estas situações. Não pessoas adultas, com uma longa experiência nas costas, mas jovens da minha idade, vindos do mundo inteiro, que tem sonhos e esperanças num futuro melhor. Nós não sentimos a diferença cultural, porque estávamos ligados pela unidade entre nós graças ao objetivo comum: lutar contra o tráfico humano”.

Lorenzo Russo

 

 


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Padre Cosimino Fronzuto: juntos na paróquia e no empenho na cidade

Um sacerdote de Gaeta (Itália) que, sendo pároco, não só se dedicou a seus paroquianos, mas os envolveu em favor da cidade.

O padre Cosimino Fronzuto foi um sacerdote italiano que nasceu em Gaeta em 1939. Faleceu há 49 anos, em 1989, depois de uma vida intensa dedicada a serviço do próximo, dos mais necessitados e da sociedade da sua cidade. Morava perto do mar, mas não amava entrar na água e tinha medo de ir até o fundo. Um dia, quando criança, querendo vencer essa dificuldade, se jogou e, para demonstrar que tinha chegado ao fundo, colocou a mão na areia recolhendo, maravilhado, um pequeno crucifixo de ferro, que carregou consigo por toda a sua vida. Em 1963, foi ordenado sacerdote e iniciou o serviço como vice-reitor do Seminário diocesano local. Ao ter contato com a espiritualidade da unidade, aderiu ao Movimento dos Focolares. Em 1967, foi nomeado pároco da paróquia S. Paolo Apostolo em Gaeta, posto que ocupou até os últimos dias de sua vida. Naqueles anos, floresceu o Movimento Paroquial, expressão do Movimento dos Focolares na Igreja local, que gerou tantos frutos, sobretudo entre os jovens, que hoje estão empenhados na cidade como sacerdotes, na família, na vida política e em vários âmbitos civis e profissionais, nas diversas realidades do Movimento dos Focolares e que continuam a ser muito ativos também na vida paroquial.

Durante o ministério pastoral exercitado na paróquia, com o seu estilo cheio de amor e de atenção para com todos, de modo particular para com os últimos (jovens mães, ex-detentos, dependentes químicos, pessoas despejadas, degenerados), se impôs à comunidade mirando simplesmente, mas com força e decisão, somente a viver o Evangelho em todas as situações e nas realidades mais diversas. Assim, não lhe faltaram oportunidades para se posicionar também ao enfrentar tantas realidades sociais distantes de uma dimensão realmente humana e cristã.

Escreveu em seu diário: “Observamos que na catequese tinham crianças que não eram saudáveis, estavam desnutridas, e lembrei também que naquela mesma família os garotos mais velhos não tinham recebido nem a Crisma nem a Comunhão, realmente nada. Estávamos na metade de março e pensei: se não os pegarmos agora, não os pegaremos mais. Então, fui até aquela casa e percebi (eram 12h30) que estavam simplesmente cozinhando macarrão e que não teria outra coisa para todos comerem. Percebi que, apesar do chefe de família ser um pequeno empreendedor, faltava o vidro da porta que estava sobre a varanda e naquele quarto, no qual faltava o vidro, dormiam alguns dos dez filhos. Imediatamente comecei a falar do catecismo, mas procurei também olhar ao redor e reparar em tudo. Então, à noite, depois da adoração, falei com a comunidade sobre essa situação. À medida que eu me inteirava, recolhia todos os dados: instabilidade econômica, avisos de confisco, problemas de saúde das crianças. Então, passava a manhã pensando somente nessa família, para ver segundo diversos aspectos como estavam as coisas, compartilhar o trabalho, assegurar a comida e, ao mesmo tempo, acompanhar os mais velhos para que recebessem uma catequese verdadeira. Uma noite, me dei conta de que deveria fazer uma proposta a todos. Eu havia decidido dentro de mim, mas o que valia a minha decisão de pároco? Até podia valer, mas eu queria que a decisão viesse de Deus e, portanto, escolhida em unidade com a comunidade que me dava a garantia que fosse Deus mesmo a fazer as coisas. Assim, propus colocar à disposição dessa família os cerca de dois milhões (de liras) que tínhamos na paróquia para resolver o caso até que tivessem condições de voltar ao trabalho. Posso dizer que, desde o primeiro momento todos se mostraram favoráveis. Esse foi o início, depois essa situação teve diversos desenvolvimentos. Ainda ontem, participei de uma reunião de condomínio na qual decidiram tirar do pai o trabalho que tinha começado e não havia terminado. Fiz de tudo para que terminasse o trabalho e pudesse receber o dinheiro. O caminho ainda será muito longo, faz mais de um mês que estamos ao lado deles, próximos e ele disse: ‘A minha vontade de viver está voltando. A minha vontade de viver está voltando’. Mas a intervenção não foi feita somente por mim, foi um pouco coletiva, muitos vão levar para frente continuamente tudo o que for necessário e não nos preocupa tanto a falta de coisas, mas nos preocupa não deixar faltar amor, porque as pessoas evidentemente não-amadas, foram, de fato, exoneradas em certos direitos (…)”.

Domingo, 21 de janeiro de 2024, o arcebispo de Gaeta, monsenhor Luigi Vari, em uma catedral cheia de personalidades civis, religiosas e de fieis, deu início à causa de beatificação do Padre Cosimino Fronzuto.

Carlos Mana

Concurso 2023-2024: “Uma cidade não basta”. Chiara Lubich, cidadã do mundo

O Centro Chiara Lubich, em colaboração com o Ministério Italiano da Educação e Mérito, a Fundação Museu Histórico do Trentino e New Humanity, lançam a quarta edição do Concurso nacional “Uma Cidade não Basta”. Chiara Lubich, cidadã do mundo. Os participantes poderão enviar os trabalhos até o dia 22 de abril de 2024.

Uma oportunidade de reflexão e aprofundamento no âmbito dos valores que estão na base das relações humanas, no acolhimento da diversidade, no desenvolvimento das novas tecnologias e no âmbito do estudo. Este é o objetivo do Concurso nacional “Uma cidade não basta. Chiara Lubich, cidadã do mundo”.

Promovido pelo Centro Chiara Lubich em colaboração com o Ministério da Educação e Mérito, a Fundação Museu Histórico do Trentino e New Humanity do Movimento dos Focolares, o concurso chega este ano à sua quarta edição e se propõe, mais uma vez, a evidenciar o valor da mensagem de Chiara Lubich (Trento, 1920 – Rocca di Papa, 2008), fundadora do Movimento dos Focolares.

Considerada uma das personalidades espirituais e pensadoras mais significativa dos anos 1900, promotora de uma cultura de unidade e fraternidade entre os povos, Chiara Lubich antecipou muitos dos temas que hoje chamam a atenção mundial e, por essa razão, o concurso dedicado a ela visa ser um caminho para as novas gerações a ser percorrido com criatividade e empenho, aprofundando seu pensamento e experiência de vida.

O concurso, que nas edições anteriores contou com muitas participações, é voltado a todos os estudantes de instituições escolares primárias e secundárias de primeiro e segundo grau, inclusive os que frequentam Instituições Italianas no exterior, que poderão participar da iniciativa com plena autonomia expressiva, individualmente, em grupo ou por classes.

Será possível participar por meio de trabalhos escritos, gráficos, plásticos ou multimídias e escolhendo uma das áreas temáticas descritas nas regras, propostas que pretendem evidenciar a consonância entre o pensamento e as ações de Chiara Lubich, na segunda metade do século XX, e os pontos que chamam a atenção mundial na Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável da ONU. Os trabalhos deverão ser enviados até o dia 22 de abril de 2024 seguindo as diretrizes e os vencedores serão premiados durante uma cerimônia oficial que acontecerá no dia 17 de maio de 2024, das 10h30 às 12h30 aproximadamente, no auditório da sede do Centro Internacional do Movimento dos Focolares.

Para mais informações e para baixar as regras e conhecer os detalhes e modalidades, é possível consultar a página do Ministério da Educação (https://www.miur.gov.it/web/guest/-/concorso-nazionale-una-citta-non-basta-chiara-lubich-cittadina-del-mondo-quarta-edizione-anno-scolastico-2023-2024) ou visitar o site www.chiaralubich.org.

Maria Grazia Berretta


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Irlanda do Norte, justiça climática: juntos por um impacto maior

“Join the Dots Together”, Unir os Pontos Juntos. Esse é o título da iniciativa que envolveu quarenta organizações e a comunidade do Movimento dos Focolares na luta contra a crise climática.

Fazer algo juntos pela justiça climática e trabalhar de modo colaborativo para ter um impacto maior neste problema grave e urgente. Esses são os objetivos do evento que ocorreu em janeiro de 2024 em Belfast, na Irlanda do Norte, organizado pela comunidade do Movimento dos Focolares juntamente com o Centro dos Jesuítas de Belfast, a Capela da Universidade de Ulster, a Pastoral da Juventude Redentorista e a Diocese de Down e Connor.

A iniciativa contou com a presença de sessenta pessoas representando quarenta organizações. Aconteceu na universidade de Ulster e tinha como título “Join the Dots Together”, ou seja, “Unir os Pontos Juntos”, encontrar-se para trabalhar lado a lado por conta da emergência climática.

A dra Lorna Gold, presidente do “Movimento Laudato Sì” global – que nasceu depois da encíclica do papa Franscisco de mesmo nome sobre o cuidado com a Casa Comum – abordou em seu discurso questões espinhosas entre as quais o progresso lento da eliminação de combustíveis fósseis e, ao mesmo tempo, instigou um sentimento de esperança em todos os presentes.

Refletindo sobre o documento da COP28 (28ª conferência das Nações Unidas sobre mudanças climáticas), destacou como foi importante ter confirmado que as causas primárias da mudança climática são os combustíveis fósseis. “O gênio saiu da lâmpada agora e não pode mais voltar”, afirmou. Falou também da importância do Tratado de não-proliferação dos combustíveis fósseis. Além disso, Lorna Gold quis evidenciar a importância dos grupos religiosos como principais partes interessadas no planeta com milhares de dólares investidos nos mercados globais, e proprietários de 12% da terra do mundo. “As pessoas de fé”, reiterou, “estão em uma posição-chave para mudar a narrativa e reescrever o futuro”.

Não é por acaso que Lorna Gold acabou de ser nomeada CEO da FaithInvest, uma organização que se concentra na mobilização de todas as crenças para colocar os próprios recursos nos trabalhos, em particular os próprios investimentos financeiros, para contribuir e mudar a economia em direção a uma sustentabilidade maior.

O evento foi um testemunho forte para a sociedade civil e grupos religiosos na Irlanda do Norte, com a presença de pessoas do fórum religioso, da comunidade baha’i,, da fundação Gaelic Athletic Association, da União das Mães e de Trocaire (a Caritas da Irlanda), além de diversos grupos não-religiosos como Keep Northern Ireland Beautiful. “É muito incomum encontrar tal conglomerado de grupos unidos por uma causa comum”, afirmou Lorna Gold, “mas talvez é exatamente a questão climática o ponto sobre o qual estamos todos de acordo”.

Alguns testemunhos dos participantes.

Georgia Allen e Glen MacAuley, jovens de Fridays for Future NI fizeram greve em frente à prefeitura de Belfast todas as sextas-feiras de 2023 e sentiram a importância de participar do encontro. “Foi positivo e interessante, com um orador estimulante”, afirmou Allen. “Foi um convite a agir, a fazer algo concreto juntos”. No final, quiseram tirar uma foto com Lorna Gold como símbolo de participação da greve climática com ela!

John Barry, professor de economia e política verde na Queen’s University, declarou: “Neste momento de emergência climática e ecológica, devemos nos unir reconhecendo que é mais tarde e pior do que as pessoas pensam, mas ainda há esperança. As comunidades de fé têm um papel importante a cumprir, portanto foi bom ver um encontro interconfessional de pessoas de fé dispostas a arregaçar as mangas e começar a reparar o nosso mundo destruído”.

Edwin Graham, do Fórum inter-religioso comentou: “Unir os pontos… Juntos – uma iniciativa extraordinária que reuniu muitas pessoas provenientes de uma multidão de organizações e grupos que têm no coração o meio ambiente. A diversidade dos presentes era impressionante, desde líderes de alto nível das comunidades a pequenas organizações compostas de ativistas dedicados”.

E Nicolas Hanrahan de Trocaire: “Foi bonito ver tantas pessoas assim que fizeram um ótimo trabalho para tomar conta da nossa casa comum. (…) Não vejo a hora de chegar o próximo!”.

A irmã Nuala, da paróquia de St. John, se junta a ele: “Hoje foi além de todas as nossas expectativas, todos não só apreciaram, mas acharam extremamente útil”.

Por fim, Finbarr Keavney do grupo Newcastle Laudato Sì: “Que manhã emocionante e cheia de esperança. É tão bonito encontrar muitas pessoas adoráveis de crenças diversas, todas ligadas por um desejo de justiça climática”.

Para finalizar, Lorna Gold recordou que unir os pontos e formular planos para trabalhar de modo colaborativo pela justiça climática é a chave: “Podemos plantar as sementes de um futuro novo, mas o único modo de fazê-lo é juntos”.

Lorenzo Russo

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